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    Time de futebol mexicano lança camiseta da Mulher-Maravilha

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    O Tigres UANL, do México, apresentou uma nova camisa de aquecimento especial para sua equipe feminina, inspirada na Mulher-Maravilha.

    Desenvolvida pela Adidas, fornecedora oficial do clube, a peça busca exaltar a “alma amazona” das jogadoras, destacando sua força e poder, características associadas à icônica heroína da DC Comics.

    Confira:

    A camisa apresenta tonalidades de roxo em todo o corpo, incorporando diversas referências à Mulher-Maravilha e à DC Comics. O logotipo da Adidas está estampado em dourado no lado direito do peito, enquanto o escudo do Tigres aparece no lado esquerdo, em uma versão que combina roxo e dourado. Além disso, o símbolo da Mulher-Maravilha está presente na nuca, também em dourado.

    Essa novidade já está disponível para compra na loja oficial do clube e na Adidas México, pelo valor de 1.599 pesos mexicanos, aproximadamente R$ 463,81.

    Batman vs Mulher-Maravilha: Quem venceria essa luta?

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    A luta entre Batman e Mulher-Maravilha é um clássico debate no universo DC Comics, envolvendo dois heróis com habilidades distintas. Enquanto Batman representa o ápice da inteligência estratégica e preparo humano, Mulher-Maravilha é uma semideusa amazona, com poderes sobre-humanos, habilidades de combate inigualáveis e armamentos mágicos. Explorar quem venceria em uma batalha requer análise de confrontos diretos entre os dois nos quadrinhos e outras mídias, além de considerar seus pontos fortes e limitações.

    Os poderes e recursos de cada um

    Mulher-Maravilha é uma guerreira treinada desde a infância, possuindo força e velocidade sobre-humanas, além de ser praticamente imortal. Seu arsenal inclui o Laço da Verdade, os Braceletes Indestrutíveis e a espada mágica, capazes de cortar quase qualquer material. Esses atributos dão a ela uma vantagem física evidente.

    Por outro lado, Batman não possui superpoderes, mas compensa com extrema inteligência, planejamento estratégico e tecnologia avançada. Ele também é um mestre em artes marciais e conhecido por estudar meticulosamente seus adversários. Equipado com gadgets e conhecimento, ele frequentemente encontra maneiras de derrotar oponentes mais poderosos.

    Confrontos nos quadrinhos

    Um exemplo relevante ocorre em “Wonder Woman” #219 (2005), durante o arco “Sacrifice”. Nessa história, Batman e outros heróis tentam impedir a Mulher-Maravilha de enfrentar Maxwell Lord, mas ela os supera com facilidade, inclusive o Cavaleiro das Trevas. Esse exemplo demonstra como a força física e habilidade da Mulher-Maravilha podem prevalecer em um confronto direto.

    No entanto, em “Justice League: Torre de Babel” (2000), Batman cria um plano para incapacitar a Mulher-Maravilha ao simular uma batalha interminável contra um oponente virtual, explorando sua resistência ao extremo. Esse evento ilustra como o intelecto e planejamento de Batman podem neutralizar até mesmo a heroína amazona.

    Confrontos em outras mídias

    Em “Justice League: Doom” (2012), baseado em “Torre de Babel”, Batman desenvolve estratégias para derrotar cada membro da Liga da Justiça, incluindo Diana. Seu plano utiliza um gás alucinógeno que a faz acreditar estar em uma luta constante, novamente destacando sua capacidade de prever situações e explorar fraquezas psicológicas.

    Em contrapartida, “Injustice: Gods Among Us” (2013), tanto nos quadrinhos quanto no jogo, apresenta a Mulher-Maravilha como uma das poucas capazes de subjugar Batman fisicamente. No entanto, ele frequentemente se mantém à frente graças à sua inteligência e uso de aliados.

    Embora Batman seja um estrategista incomparável, a Mulher-Maravilha possui vantagens claras em força, resistência e habilidades de combate. Em uma luta direta, Diana provavelmente prevaleceria, especialmente se o confronto ocorresse sem preparação prévia. No entanto, com tempo e planejamento, Batman demonstrou em diversas ocasiões que pode encontrar maneiras de neutralizar até mesmo os adversários mais poderosos.

    Assim, o resultado dependeria do contexto da batalha: em um combate direto, a Mulher-Maravilha leva vantagem; em uma disputa com tempo para planejamento, Batman poderia virar o jogo. Essa dualidade reflete a complexidade dos dois personagens e a riqueza do universo DC.

    5 histórias em quadrinhos do The Flash para conhecer mais sobre o personagem

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    Tá afim de conhecer mais sobre o herói mais rápido do mundo? Confira essas dicas de quadrinhos de The Flash!

    O Flash é um dos super-heróis mais populares da DC Comics e teve muitas histórias memoráveis ​​ao longo dos anos. Aqui estão cinco das melhores histórias em quadrinhos do Flash, que mostram por que ele é tão amado pelos fãs.

    “Flashpoint” (2011) Escrito por Geoff Johns e ilustrado por Andy Kubert, “Flashpoint” é uma história épica em que o Flash viaja no tempo para tentar salvar sua mãe do assassinato. Ao fazê-lo, ele cria uma realidade alternativa em que a Liga da Justiça nunca se formou, o Batman é Thomas Wayne, e a Mulher-Maravilha e Aquaman estão em uma guerra global. O Flash deve encontrar uma maneira de consertar a linha do tempo antes que o mundo seja destruído.

    “The Return of Barry Allen” (1993) Escrito por Mark Waid e ilustrado por Greg LaRocque, “The Return of Barry Allen” é uma das melhores histórias do Flash já contadas. Depois que o Flash original, Barry Allen, morreu salvando o universo, um novo Flash chamado Wally West assumiu o manto. Mas quando um homem que se parece com Barry aparece, Wally fica chocado e desconfiado. A história é uma meditação emocionante sobre a identidade e o legado.

    “The Flash: Rebirth” (2009) Escrito por Geoff Johns e ilustrado por Ethan Van Sciver, “The Flash: Rebirth” é uma história que traz Barry Allen de volta à vida após anos de ausência. Quando Barry retorna, ele descobre que a Força da Aceleração, a fonte de seus poderes, está em perigo e que ele deve lutar contra um antigo inimigo que busca vingança. A história é uma homenagem ao legado do personagem e também estabelece o cenário para a série em andamento.

    “Born to Run” (1990) Escrito por Mark Waid e ilustrado por Greg LaRocque, “Born to Run” é a história de origem de Wally West como o Flash. Depois que seu tio Barry é morto em ação, Wally herda seus poderes e assume o manto do Flash. A história é uma aventura emocionante que mostra o caminho que Wally percorreu para se tornar o herói que é hoje.

    “The Flash: The Dastardly Death of the Rogues” (2010) Escrito por Geoff Johns e ilustrado por Francis Manapul, “The Flash: The Dastardly Death of the Rogues” é uma história em que o Flash é incriminado por um assassinato que não cometeu. Ele deve limpar seu nome enquanto luta contra seus inimigos mais perigosos, os vilões conhecidos como os Rogues. A história é uma aventura eletrizante e uma ótima introdução aos personagens clássicos do Flash.

    Essas são apenas algumas das muitas histórias emocionantes do Flash que os fãs adoram. Com sua velocidade incrível e seus personagens cativantes, o Flash continua a ser um dos super-heróis mais amados do mundo dos quadrinhos.

    Nova série de quadrinhos do Superman contará com desenhista brasileiro

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    A DC Comics anunciou uma nova série em quadrinhos intitulada “Superman Unlimited”, com roteiro de Dan Slott, conhecido por seu trabalho em “O Espetacular Homem-Aranha”, e arte do brasileiro Rafael Albuquerque. A série faz parte da iniciativa “Summer of Superman” planejada para 2025.

    Uma nova era para o Superman!

    A trama começa com a queda de um gigantesco asteroide de Kryptonita na Terra, desencadeando uma corrida armamentista global. Criminosos, incluindo a Intergang sob nova liderança, passam a portar armas com munição de Kryptonita, representando uma ameaça sem precedentes ao Superman. Para enfrentar esse desafio, o herói precisará desenvolver novas alianças, tecnologias e táticas.

    Além disso, o Planeta Diário se fundirá com a Galaxy Communications, transformando-se em uma rede global de notícias. Essa mudança trará novos desafios para Lois Lane, agora editora-chefe, Jimmy Olsen e outros membros da equipe, incluindo a nova especialista em TI, Tee-Nah, afilhada de King Solovar de Gorilla City.

    O editor do grupo DC, Paul Kaminski, comparou “Superman Unlimited” à série “Superman/Batman” de Jeph Loeb e Ed McGuinness dos anos 2000, destacando que a nova série capturará grandes aventuras e momentos significativos para os personagens relacionados ao Superman.

    Um prelúdio de dez páginas, criado por Slott e Albuquerque, será publicado na “DC All In 2025 FCBD Special Edition #1” em 3 de maio de 2025. A primeira edição de “Superman Unlimited” está programada para lançamento em 21 de maio de 2025.

    Fonte: Newsarama.

    Descubra outros vilões que podem estar no novo filme da Supergirl

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    O filme da Supergirl logo estará chegando nos cinemas…

    A produção é baseada na HQ “Supergirl: Woman of Tomorrow” (2021-2022), escrita por Tom King e ilustrada por Bilquis Evely. No título, já temos o vilão Krem das Colinas Amarelas, um criminoso intergaláctico responsável por assassinar o pai de Ruthye Marye Knoll. E ele já está confirmado nos cinemas, Krem será interpretado pelo ator Matthias Schoenaerts.

    Além dele, teremos também o Lobo, Um mercenário e caçador de recompensas alienígena do planeta Czarnia, conhecido por sua força descomunal e comportamento imprevisível. Embora não seja tradicionalmente um vilão da Supergirl, Lobo tem interagido com diversos heróis da DC ao longo dos anos. Nos quadrinhos, ele aparece em “Lobo’s BacDescubra outros vilões que podem estar no novo filme da Supergirlk” (1992) e “Lobo: Unbound” (2003-2004). No filme, Lobo será interpretado por Jason Momoa.

    Abaixo citamos outros três vilões que poderiam também estar na trama do novo longa:

    Rainha Saturnia poderia estar no novo filme da Supergirl?
    Rainha Saturnia poderia estar no novo filme da Supergirl?
    • Rainha Satúrnia: Uma poderosa telepata e líder do planeta Titan, conhecida por manipular mentes e causar destruição. Ela apareceu em “Action Comics #279” (1961) e “Supergirl Vol. 5 #3” (2005)
    • Reação Nuclear: Um androide kryptoniano com habilidades semelhantes às de um kryptoniano sob o sol amarelo da Terra. Ele apareceu em “Superman/Batman #8-13” (2004).
    Bizarro-Girl também é uma opção de vilã para o filme da Supergirl!
    • Bizarro-Girl: Uma versão distorcida da Supergirl, criada a partir do DNA kryptoniano. Ela apareceu em “Supergirl Vol. 5 #53-59” (2010).

    O filme “Supergirl: Woman of Tomorrow” está programado para ser lançado em 26 de junho de 2026. A produção já começou no Reino Unido. Milly Alcock interpretará Kara Zor-El/Supergirl, e o filme será dirigido por Craig Gillespie, com roteiro de Ana Nogueira. A trama seguirá a história da minissérie em quadrinhos homônima, onde Supergirl e a jovem Ruthye embarcam em uma jornada de vingança através da galáxia.

    David Krumholtz relata sua empolgação com o novo filme da Supergirl

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    Novidade no elenco de Supergirl…

    David Krumholtz, conhecido por seu papel em “Oppenheimer”, foi anunciado como Zor-El, o pai da Supergirl, no filme “Supergirl: A Mulher do Amanhã”. Em suas redes sociais, o ator compartilhou sua empolgação, descrevendo a oportunidade como “um privilégio incrível” e “uma conquista pessoal significativa“.

    Com estreia marcada para 26 de junho de 2026, o longa será dirigido por Craig Gillespie, com roteiro de Ana Nogueira, e contará com Milly Alcock, de “A Casa do Dragão”, no papel principal como Kara Zor-El/Supergirl.

    O filme é inspirado na minissérie em quadrinhos escrita por Tom King e ilustrada pelos artistas brasileiros Bilquis Evely e Matheus Lopes. A trama acompanha Kara Zor-El em uma aventura espacial ao lado de Ruthye Marye Knoll, enquanto buscam vingança contra Krem dos Montes Amarelos.

    Atriz revela desejo de fazer parte do DCU de James Gunn mais uma vez!

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    Parece que alguém quer trabalhar com James Gunn mais uma vez…

    Maria Bakalova, conhecida por dar voz a Princesa Ilana em “Comando das Criaturas“, demonstrou entusiasmo em retornar ao Universo DC, mesmo após os acontecimentos envolvendo sua personagem na série.

    Em entrevista ao ComicBook.com, Bakalova destacou:

    “Meu maior desejo é trabalhar com James Gunn repetidamente, pelo resto da minha vida. Quero voltar ao DCU e fazer parte desse universo. Tenho muita esperança de que isso aconteça.”

    A atriz também revelou estar aberta a interpretar outra personagem futuramente, caso exista a oportunidade, enfatizando sua admiração pela parceria com James Gunn.

    Princesa Ilana de Comando das Criaturas, série animada de James Gunn.
    Princesa Ilana de Comando das Criaturas, série animada de James Gunn.

    “Comando das Criaturas” é uma série animada lançada recentemente no serviço de streaming Max, marcando o início do novo Universo DC sob a direção de James Gunn e Peter Safran.

    Confira 5 momentos marcantes do Superman nas animações!

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    O Superman, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, é um dos heróis mais icônicos dos quadrinhos e da cultura pop.

    Sua representação nas animações da DC ao longo das décadas destacou sua coragem, seu altruísmo e sua capacidade de inspirar esperança. Abaixo, exploramos cinco momentos marcantes que definem o Superman como um verdadeiro exemplo de heroísmo.

    1. O Sacrifício em “Superman: Doomsday” (2007)

    Em “Superman: Doomsday”, inspirado no arco clássico “A Morte do Superman”, vemos o herói enfrentando Doomsday em uma batalha épica que culmina em sua morte. Neste momento, Superman demonstra o ápice de seu heroísmo ao sacrificar sua própria vida para salvar a humanidade de um monstro imparável. A animação, produzida pela Warner Bros. Animation, está disponível na HBO Max e é um marco na representação do herói.

    2. O Discurso Inspirador em “Justice League: The New Frontier” (2008)

    Nesta animação, baseada na obra de Darwyn Cooke, Superman se torna uma figura crucial na união de heróis e humanos contra um inimigo comum, a entidade conhecida como o Centro. Seu discurso encorajador e sua liderança exemplificam como ele não é apenas um guerreiro poderoso, mas também um símbolo de esperança e unidade. Disponível na HBO Max, o filme captura o espírito inspirador do personagem.

    3. Salvando o Planeta em “All-Star Superman” (2011)

    Baseado na icônica minissérie de Grant Morrison e Frank Quitely, “All-Star Superman” retrata um herói enfrentando sua mortalidade após ser envenenado por radiação solar. Apesar de sua condição terminal, ele dedica seus últimos dias a atos de bondade e heroísmo. Um dos momentos mais emocionantes é quando ele impede um jovem de cometer suicídio, mostrando que seus verdadeiros poderes vão além da força física. Este filme também está disponível na HBO Max.

    4. Liderança em “Justice League: Crisis on Two Earths” (2010)

    Nesta animação, o Homem de Aço lidera a Liga da Justiça contra o Sindicato do Crime, uma versão maligna dos heróis em uma Terra paralela. Sua decisão de proteger outra realidade, mesmo com os riscos envolvidos, destaca sua convicção de que o heroísmo deve transcender fronteiras. Disponível na HBO Max, o filme reforça seu papel como um líder confiante e corajoso.

    5. A Declaração de Esperança em “Superman: Red Son” (2020)

    Uma reinvenção da lenda, “Superman: Red Son” imagina o que aconteceria se Kal-El tivesse caído na União Soviética. Apesar de operar sob um regime totalitário, Superman demonstra seu compromisso com a proteção da humanidade. O momento em que ele questiona suas próprias ações e escolhe o bem maior sobre a lealdade cega é um testemunho de sua natureza essencialmente heroica. Disponível na HBO Max, a animação oferece uma perspectiva única sobre os valores do herói.

    Esses momentos emblemáticos nas animações da DC ilustram o que torna o Superman tão especial: sua dedicação à justiça, sua capacidade de inspirar esperança e sua coragem inabalável. Seja enfrentando ameaças apocalípticas ou ajudando indivíduos em necessidade, ele permanece um exemplo eterno de heroísmo. Para os fãs ou novos espectadores, essas animações são uma porta de entrada perfeita para compreender o verdadeiro significado de ser o Homem de Aço.

    Para mais novidades e informações do Universo DC, acompanhe aqui no Terraverso!

     

    Crítica | 4º Temporada de Superman & Lois encerra uma era da DCTV

    O universo heroico de produções televisivas criado pelo canal de TV CW chegou ao fim com Superman & Lois, após um pouco mais de duas décadas que foram de altos e baixos, mas foram parte da história da DC se tratando de seriados.

    E tudo começou no começo dos anos 2000 em Smallville que foi um sucesso por uma década além da existência breve de Birds of Prey. Posteriormente com Arrow, Flash, Supergirl, Raio Negro e Superman & Lois, foi constituído assim o chamado Arrowverso que em 2024 encerra-se após 12 anos.

    A série do homem de aço foi estrelada por Tyler Hoechlin e Bitsy Tulloch como os protagonistas  título, com um elenco formado por Alex Garfin e Mike Bishop como Jordan e Jon Kent, sendo o último a partir da terceira temporada substituindo Jordan Elsass, além de Inde Navarrette, Emmanuele Chriqui, Dylan Walsh, Wolé Parks e Tayler Buck.

    O quarto e último ano da série teve 10 episódios, começou a ser exibido em 7 de outubro para os Estados Unidos e chegando no Brasil no dia 24 do mesmo mês no serviço de streaming Max com dublagem em nosso idioma.

    Superman & Lois
    Lois e Clark dividem as alegrias e atribulações da vida a dois

    A história segue os eventos do último episódio da temporada anterior, com o homem de aço lutando bravamente para salvar sua família, Smallville e o mundo das mãos do Apocalipse criado nesta adaptação através do trabalho nefasto de Lex Luthor (Michael Cudlitz).

    Eu acredito que Superman & Lois é um exemplo muito prático a respeito de como os olhos do universo geek/nerd, mais especificamente o fã de DC, tem grande dificuldade em compreender o que de fato é algo muito bom porque mesmo com tantas atribulações ao longo de sua existência o seriado sempre manteve muita linearidade sobre sua qualidade.

    Mesmo com episódios a menos e cortes orçamentários a temporada final da série é bem sólida, amarrando de forma muito sútil os arcos narrativos secundários para que o foco seja o confronto dos Kent com Lex Luthor que se torna um adversário formidável para concluir esta jornada.

    Falar a respeito das atuações é um ponto importante nesta última temporada pois acredito que foi o auge da química do casal protagonista que tem uma ótima sinergia em cena que resulta em uma parceria muito bonita entre Clark e Lois para lidar com todas as questões propostas na série.

    Em Superman e Lois encontramos a adaptação mais sombria de Lex LuthorOutro que merece destaque é Cudlitz que entrega um Luthor que literalmente não tem nada a perder em um arco de vingança que não mede esforço para ver os seus inimigos derrotados, seja moralmente ou fisicamente.

    Mesmo com as limitações as cenas de ação continuam sendo bem interessantes e os efeitos são bem aplicados, obviamente nada comparado às produções milionárias que andam surgindo no streaming e TV, mas é um trabalho bem realizado que não se torna um ponto negativo.

    É muito apaixonante como uma série que é sobre um personagem que biologicamente é um extraterrestre entrega questões tão humanas, provando que adaptar o Superman e seu universo é muito pouco sobre poderes e lutas. Mas sobre questões muito mais profundas, sensíveis, emocionantes que são utilizadas para compor o drama familiar que está entrelaçado nas narrativas mais heroicas.

    Ainda durante estes últimos episódios é explorado além da relação Clark e Lois, mostrando em flashbacks outros momentos que são importantes da sua vivência não apenas como um pai e marido mas com as amizades e até mesmo a desconfiança que teve de superar em relação a Sam Lane em relação a identidade que tinha tanto medo em revelar.

    Ainda neste tempo de tela conseguiu inserir pequenas referências durante os episódios que são bem interessantes, incluindo uma cena muito bonita que vemos ao longo do epílogo do seu episódio final.

    A conclusão é muito emocionante, pois não me recordo até o momento que estou aqui batendo esse papo com vocês Terraversers, algum quadrinho que retratasse os anos futuros do Superman de uma forma tão otimista.

    Superman & Lois encerrou um capítulo que considero muito importante para o vasto universo de produções da DC para o formato de TV, uma série que considero a melhor neste formato e uma das narrativas mais emocionantes do Homem de Aço em live action até o momento.

    Crítica Coringa: Delírio a Dois: A Frustração com o palhaço que tira a maquiagem

    Confira nossa crítica do filme “Coringa Delírio a Dois”!

    Já não faz tanto tempo assim, mas vivemos uma era de heróis. Saindo de todos os becos, voando por todos os lugares, balançando suas capas. Seja num mundo sombrio e realista, seja num universo compartilhado colorido e vibrante, vivemos o sonho nerd e gibizeiro que sempre sonhamos em viver. Essas histórias viraram um próprio subgênero, alguns diziam que seria como o novo faroeste, mas a verdade é que durou muito tempo – e ainda dura, por mais discreta e amena que essa febre tenha virado.

    E, ao longo desse tempo, surgiu a necessidade de explorar novos tons e possibilidades pra esses símbolos da era moderna. Brincar e mesclar com outros gêneros e abordagens. Foi nesse ambiente fértil que Coringa (2019) nasceu. Um filme com um olhar revigorante sobre muito provavelmente o maior vilão do universo dos quadrinhos e com uma proposta +18. Coringa foi um sucesso de público e crítica, por mais controverso que tenha sido, com atuação marcante de Joaquin Phoenix.

    E por mais redondo que um filme seja, em Hollywood, você nunca pode considerar um ponto final – principalmente quando temos um sucesso… E quando o diretor Todd Phillips cedeu a pressão da Warner e decidiu fazer uma continuação pra Coringa, ele foi além. Definiu que o filme teria a presença de Harley Quinn (importante personagem da DC atual), teria Lady Gaga e seria um musical. Um plano audacioso, que poderia dar muito certo ou muito errado. Mas como não dar o benefício da dúvida pra quem acertou tão bem?

    Coringa: Delírio a Dois até tem uma boa discussão de plano de fundo quando nos faz repensar o quanto amamos o Coringa, mas se perde em suas próprias propostas de transitar entre gêneros.

    Em Coringa: Delírio a Dois voltamos a acompanhar Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), tempos depois de seu atentado televisionado no programa de Murray Franklin (Robert de Niro, presente apenas em citações na sequência). Vivendo uma vida pacata no Arkham antes de seu julgamento, tudo muda ao conhecer Lee Quinzel (Lady Gaga, Stefani Germanotta para os íntimos), que o faz conhecer o amor e relembrar dos bons tempos onde era um Príncipe Palhaço respeitado.

    O filme se resume em uma palavra: frustração. E aqui, a frustração permeia os diferentes campos do longa. Ela está na história que vamos acompanhar. Ela está presente na narrativa – é o que o diretor Todd Phillips quer despertar em nós, espectadores. E ela está presente fora das telas, nos atingindo – seja por causa da proposta do filme em si como pelo resultado que o filme alcança. Ou seja, o filme nos frustra de forma intencional e também por falha, por não conseguir desenvolver muito do que se propõe fazer.

    A começar, vamos pensar na trama e no roteiro que Coringa: Delírio a Dois entrega. Somos convidados a ver a continuação da vida de Fleck após o seu auge, após ser eleito pelo povo ressentido de Gotham como um símbolo de… alguma coisa. Anarquia, violência, vingança, ódio aos super-ricos, fúria incel, escolha o seu. Nós acompanhamos a sua trajetória de evolução ou metástase até se tornar o mal encarnado. Mas aqui nesta continuação nós não vemos uma continuação direta disso.

    Nós encontramos um Arthur Fleck quebrado e sem vontade, sem propósito, que tem que fazer quase a mesma jornada do filme anterior para reconquistar esse lugar de poder – para, com o tempo, abnegar a isso também. E aqui nasce o sentimento de frustração que atinge todos dentro e fora das cenas. Porque, afinal, nós queremos o Coringa e o que ele representa, o “grande mal”. E Todd Phillips não quer nos entregar isso. O diretor retorna o comentário sobre doentes mentais e sobre nossa ânsia pela violência nunca nos mostrando, de fato, o que queremos ver. Em certo momento, já prevendo o cansaço do público, Phillips coloca uma fala na boca de Lee. “Vamos entregar pras pessoas o que elas querem”. Aqui é Phillips cutucando o público e crítica, se certificando que entendemos que ele está fazendo uma piada com nossa hipocrisia.

    Quando Coringa saiu em 2019, tivemos diferentes reações. Tivemos uma parte em polvorosa, afirmando que o filme era inadequado e que poderia causar mortes, despertar vontades homicidas, como uma espécie de Os Sofrimentos do Jovem Werther pra psicopatas. Outra parte colocou o personagem num pedestal, o glorificando – ou reclamando da adaptação porque já tinham uma visão apaixonada do personagem, que era um vilão charmoso e poderoso e não uma pessoa doente, um “louquinho de praça”, uma vítima da sociedade.

    E essa será a jornada de Fleck. Ele vai repensar os títulos que querem atribuir a ele. Nessa trajetória, que é de um filme de romance, o personagem vai se perguntar se de fato está sendo visto. Não como Coringa, mas como Arthur Fleck. E vai se questionar se Arthur Fleck, o humano, o ser complexo, é amado por alguém. Porque, do primeiro ao segundo filme, essa será a questão principal do personagem. Amor. Quem é Arthur Fleck? Alguém sabe, de fato? Alguém se importa? Alguém consegue amar Arthur Fleck? É uma visão trágica sobre esse personagem.

    E isso se estende pra nós, na vida real. Nós vamos ser provocados a não nos importar com Arthur Fleck. Nós vamos pro cinema querendo ver o Coringa. Inclusive aqueles que se incomodam com a violência. Aqueles que dizem que uma obra de arte tem de ser limitada e ser culpabilizada pelas ações violentas de alguém, mas que estão no cinema esperando o sangue jorrar da tela (crítica similar a que Michael Haneke já fez de forma primorosa em Violência Gratuita, por exemplo). E também aqueles que glorificam este tipo de personagem, que o utilizam de forma catártica, que se apoderam de forma obsessiva do que ele representa, como uma tábua de salvação. Nós que queremos ver o mal, queremos ver um adolescente sendo morto a golpes de pé-de-cabra, uma mulher levando um tiro na bacia, uma balsa cheia de inocentes explodindo. Que queremos ver o true crime da semana, o político insensível, o noticiário sensacionalista. Nós queremos violência e nos frustramos quando não temos um símbolo para espelhar nossas próprias trevas e ficamos irritados se Fleck não sobe nesse placo que nós mesmos montamos.

    Percebe como esse é um ponto de vista muitíssimo interessante? É uma escolha ousada que não se apega ao sucesso do primeiro filme e nem toma o caminho fácil pra uma sequência que agrade, mas que traz novamente uma abordagem desconfortável pro espectador e muito revigorante quando pensamos no público que o filme irá atingir: o espectador médio que espera ver um filme de super-herói, que tenha gostado do anterior e/ou que tenha a Lady Gaga no elenco. E este filme não é isso e não vai entregar nada que se espera dele – inclusive, esse filme abandona o subgênero de super-herói de vez pra ser um drama musical. Mas mesmo com um subtexto tão interessante, talvez Phillips tenha se perdido na pessoalidade nessa resposta sobre os feedbacks do 1º Coringa. E, talvez, tenha perdido o foco nas coisas mais importantes, o que dá a impressão que esse filme não tem um propósito ou discussão e, se tem, acaba se confundindo na própria realização.

    O sentimento geral de Coringa: Delírio a Dois é que ele é interessante e corajoso em tudo que se propõe a fazer, mas sóbrio e seguro demais na realização. A começar, pela escolha de ser um musical. Infelizmente, o gênero sofre muito preconceito e as pessoas já predispõem que estes filmes são chatos, mesmo tendo pouca ou nenhuma experiência com musicais. Quando anunciado que Coringa 2 seria um deles, muitos já consideraram que seria um fracasso. A verdade é que trazer esta história pela ótica musical é uma escolha muito interessante e que dava muitas possibilidades. A justificativa construída no roteiro para isso, inclusive, é muito boa e tem coerência. O problema são as sequências em si. Todd Phillips não tem êxito na construção. Elas são muito enfadonhas, pouco inspiradas, sem repertório. É como se o filme tivesse vergonha de ir fundo na proposta, tentando ficar no meio caminho pra não desagradar o espectador. E aí não é uma coisa, nem outra. Não agrada quem não gosta de musicais e ainda perde o espectador que gosta ou pelo menos que está aberto pra experiência. E ainda colabora na manutenção do pensamento do espectador que tem repulsa ao gênero – porque, de fato, a maior parte das sequências musicais de Coringa: Delírio a Dois são chatas, enfadonhas e somente cantoria por cantoria.

    Coringa: Delírio a Dois acerta em algumas sequências musicais onde ousa mais, porém, de forma geral, não tem coragem de comprar sua própria proposta.

    E é um desperdício triste. Tinha muito potencial aqui pra ser explorado. A música entra como um elemento que reflete a loucura e o amor (que não deixa de ser uma espécie de loucura também, sabemos bem). São os momentos de ruptura entre a realidade e a fantasia. Mas nunca são loucas o suficiente. Propõe pouco. A maioria delas são minutos longos de takes no rosto de Phoenix e Gaga cantando. Não existem coreografias ou cenários diferentes, poucas músicas propõem algo de novo. É bem verdade que existe uma progressão destas sequências durante o filme, começando mais tímido e se intensificando, mas ainda é muito discreto. Não se há uma boa pesquisa das possibilidades. Não só pela encenação em si, mas pela parte musical. É tudo muito certinho. As músicas, as sonoridades, os ritmos, não condizem com a proposta de ser uma ponte pra insanidade.

    As músicas, já existentes, também não traduzem tão bem essa realidade e mundo interno dos personagens. Por que não músicas autorais, ainda mais se você tem a Lady Gaga no projeto? Poderia ter se chegado a um resultado melhor. Tanto que nenhuma música fica com o espectador após o fim do filme – somente as excelentes trilhas que já foram feitas por Hildur Gudnadottir para o filme anterior e That’s Life, que são repetidas diversas vezes e de diferentes formas. Em Coringa, há uma investigação entre Phillips e Phoenix sobre como o corpo desse personagem dança. Por quê não houve aqui também sobre como é a música e o canto que ele produz? O quão disfuncional ele é? Quais são os sons que essa mente produz? Como são os visuais que essa mente doente vê? O filme abre com uma sequência em desenho animado, prestando homenagem aos Looney Tunes e a Merrie Melodies, assim como ao passado musical da Warner. É algo muito bom pra causar o estranhamento no espectador e refletir essa fantasia em que Arthur vive mas, sem ter o apoio no resto do filme, parece um trecho deslocado e que só deixa tudo que veremos ainda mais “consciente” demais.

    A direção de Phillips, de forma geral, não oferece muito de novo. Existe um ganho na utilização de razão de aspecto do IMAX. Enquanto no primeiro filme não se tem uma grande justificativa pro uso do formato além de aumentar o ticket médio do ingresso pro box office, em Coringa: Delírio a Dois estes momentos de tela completa são reservados para as cenas onde a música aparece. Isso ajuda o espectador a compreender que aqueles momentos são fantasia, momentos de ruptura de Arthur com o real. Phillips também busca usar planos mais longos, acompanhando personagens pelos cenários e trazendo sentimentos como tédio, felicidade, confusão.

    Também constrói com Lawrence Sher (Se Beber Não Case, Cães de Guerra) uma fotografia interessante, com bons jogos de luz e sombra e uma evolução do colorido. Começando com o frio do azul/cinza e migrando para cores quentes através do amarelo até chegar no vermelho característico e tons vibrantes do Coringa, acompanhamos visualmente Arthur saindo da apatia até reassumir sua persona. Outra escolha que nos ajuda a embarcar nessa jornada do personagem é colocar Fleck durante esta fase inicial do filme sempre no lado esquerdo da tela (o lado mais fraco da imagem, que reforça sua fraqueza e inofensividade)

    Porém, de forma geral, Todd Phillips não cria composições interessantes (especialmente nas sequencias musicais) e exagera nas referências e rimas visuais ao filme anterior. Apesar disso conversar com sua intenção de confrontar o público sobre o antigo projeto, o excesso cansa e dá a sensação de repetição de ideias ou autoindulgência.

    Mas, talvez, a grande piada sem graça de Coringa: Delírio a Dois seja seu roteiro. Ele não consegue expor bem as ideias de Phillips. Ou Phillips não consegue expor bem suas ideias, já que assina o roteiro com Scott Silver (O Vencedor, 8 Mile). E isso influencia muito na experiência do espectador. É um romance que não funciona, nem pra construir nem pra descontruir o amor. Um drama de tribunal desinteressante. Um estudo de personagem muito raso, que passa longe do que o anterior consegue entregar pra Phoenix trabalhar. Por mais que a espinha do filme seja fazer esta crítica a figura do próprio Coringa e do peso que ela tem dentro e fora da ficção através de rupturas de delírio, é preciso entregar algo sólido narrativamente para que o espectador se guie. Coringa: Delírio a Dois parece, a todo instante, um gozo interrompido, seja cortado pelas sequências musicais e/ou musicadas, seja por sempre interromper o avanço da história e/ou momentos de tomadas de ação do seu protagonista. O projeto é uma sucessão de piadas sem punchline, como as que o próprio Arthur Fleck conta. E o saldo final é esse: Coringa: Delírio a Dois é um filme chato. Entediante, que nos perde ao longo do seu também enfadonho tempo de duração. É um filme difícil de assistir – e não porque nos provoca ou nos desconforta, mas só porque consegue nos perder pelo caminho. E todo seu 3º ato é… algo feito pra comover, chocar, irritar, constranger o espectador.

    Mesmo com todo o aspecto técnico pra criação deste universo e ambientação ainda sendo bem executado, parece ser inferior ao já criado anteriormente em Coringa. Mais uma vez temos um design de produção competente que traz a bruteza e hostilidade de Gotham e de seus aparelhos públicos, mas que parece reduzido, limitado a poucos lugares e que fazem a cidade parecer menor. E logo neste, em que se pede que o público entenda o impacto da imagem de Fleck nos cidadãos e o tamanho da comoção que o Coringa causa, não entendemos exatamente a dimensão de Gotham City. Montagem e Figurino, porém, realizam um grande trabalho, sendo este último o aspecto técnico que melhor consegue aproveitar o que foi construído anteriormente e expandindo. De forma geral, o filme é competente em criar novamente uma atmosfera urbana, violenta e perversa, influência fundamental para o nascimento e idolatria do Coringa.

    Coringa: Delírio a Dois retoma muito seus aspectos técnicos cnstruídos anteriormente, com destaque pra fotografia, design de produção e figurino.

    Um dos grandes pontos positivos do filme está no retorno de Phoenix. Se sua construção já era interessante, aqui ele consegue ir um pouco mais além. Diga-se de passagem, o mérito é mais do ator, já que o roteiro não entrega tanto quanto entregou anteriormente. Mas ainda assim, o conflito que se estabelece no personagem, em especial do fim do 2° ato para a frente, possibilita que Phoenix crie camadas complexas de sentimentos e conseguimos até acompanhar os pensamentos e dúvidas de Arthur.

    A fisicalidade que o papel exige também retorna, somado ao peso da passagem de tempo e de uma rotina pesada da vida encarcerada. O personagem ficou mais torto e debilitado e podemos notar isso visivelmente. Porém, a maior dificuldade acrescentada ao ator são as sequências de canto e dança. Em especial, nas canções. Phoenix varia entre a voz de Fleck e a voz de Coringa de acordo com que pede cada música, trazendo variações de tom, afinação e intensidade.

    Já Lady Gaga vai sofrer com a expectativa do público. Ela não aparece tanto quanto esperam de alguém que atrai os holofotes que ela atrai. A trajetória de Lee é mais sutil e contida, tendo mais momentos em cena dentro das canções – que sabemos não ser problema pra diva pop. O problema é quando Gaga troca a Poker Face pela Joker Face. Sem problemas com sua atuação, ela entrega o que o projeto precisa assim como os outros grandes nomes do elenco, mas Harley Quinn em Coringa: Delírio a Dois tem menos participação na história e mais importância simbólica. Ela não é a Arlequina, ela é uma proto-Arlequina. Phillips quer que Harley e sua obsessão representem a nós, espectadores e fãs do Coringa. Ao fim do filme, faça o exercício de revisitar a trajetória da personagem, seus diálogos e seus objetivos. Ela é você. Agora escolha vestir esta carapuça ou não.

    Enfim…

    Coringa: Delírio a Dois é um filme que, no papel, é mais interessante do que na realidade. E talvez justamente por se prender muito na realidade e na sobriedade, tendo medo de comprar suas próprias propostas. Phillips erra na direção e no roteiro quando sai de seu lugar de conforto, principalmente nas sequências musicais e/ou musicadas. Coringa 2 abandona de vez o subgênero de super-heróis e flerta com muitos outros gêneros, mas acaba não tendo competência em realizá-los bem. O filme, porém, é uma agradável revisita ao universo e visual construído em seu antecessor, em 2019, e com mais uma grande atuação de Joaquin Phoenix.

    O mais interessante em Coringa: Delírio a Dois é justamente o que fará ele ser tão odiado. Ele tem coragem de ousar e enfrentar seu público – provocar mesmo. Por mais que ele falhe em desenvolver isso com eficiência, a crítica está lá. O filme está nos chamando de hipócritas por nos importarmos mais com o Coringa, com o “mal”, do que com Arthur Fleck, o “sintoma”. Estamos mais preocupados nos circos sensacionalistas e na catarse que temos ao nos deparar com a violência do que com a resolução, a reabilitação, ao puro e simplesmente ocaso e trágico humano. Usamos da fantasia para nos dopar e fugir, como um espelho sempre virado pra fora, mas nunca pra dentro de nós mesmos. Queremos um símbolo que expurgue nosso mal e, quando não o temos, quem paga por isso é Arthur Fleck. Naum, capítulo 3, versículo 6. “Lançarei sobre ti imundícies e te tratarei com desprezo. E farei de ti um espetáculo, um exemplo para todos”.

    No fim, Coringa: Delírio a Dois é uma tentativa que mais tropeça do que caminha (ou dança). Porém, é sempre bom ver filmes que atingem tantas pessoas tirarem o público do lugar de conforto, de passividade, de apenas assistir por assistir. E, no fim, de quem é aquela última risada? Se você fica irritado ou provocado com qualquer obra de arte, sempre se dê o direito de repensar. Talvez ela tenha te atingido em cheio. E, talvez, a piada seja você – você só não pegou a punchline ainda.

    NOTA: 3/5