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    Superman é a volta da esperança na humanidade e nos filmes de quadrinhos

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    “Levou quase um ano até vermos um teste de filmagem. Assistimos na hora do almoço. Houve lágrimas. Houve silêncio. Estávamos tão empolgados por finalmente, finalmente termos a chance de provar que podíamos fazer isso.” É assim que Richard Donner define o momento do 1º contato da equipe de filmagens de Superman com o grande desafio da produção.

    Em 78, a grande dúvida que habitava as mentes da equipe e do público era a viabilidade de criar, diante das câmeras, a ilusão do voo. Como fazer um homem voar? Para além disso, existia um peso ainda maior e que tornava a gravidade em volta deste objeto ainda mais forte: como fazer um Super-Homem voar?

    Já na época, com apenas 40 anos de existência, o personagem era uma das imagens mais simbólicas e reconhecíveis do século XX. O maior dos heróis. Aquele que colocou o Super na frente de todos e fez dos quadrinhos uma das linguagens artísticas mais influentes, rentáveis e marcantes da nossa contemporaneidade. E, em 1978, o impossível aconteceu quando Richard Donner e os especialistas em efeitos especiais Zoran Perisic e Colin Chilvers encontraram soluções práticas que se traduziram quase como magia na tela dos cinemas.

    Mas, pra além do espetáculo visual, havia algo mais que dava brilho, que fazia com que os espectadores olhassem pro céu. Essas são as palavras do próprio diretor pro roteirista Tom Mankiewicz. “A coisa mais importante quando você for se debruçar sobre isso: faça uma história de amor. E prove que um homem pode voar.” Pra Donner, não existia a possibilidade de desvincular o voo dos ideais românticos que o Super-Homem representa – e vice-versa. Porque é o peso do que esse personagem simboliza e o que buscamos nele que faz com que sua fantasia seja tão inspiradora e apaixonante. Queremos acreditar, mais do que em um homem onipotente e voador, em um homem que mesmo podendo viver acima de todos escolhe virtude e altruísmo. Queremos um salvador. Não só porque ele nos salva, mas porque ele nos inspira a salvar.

    Passados mais 40 anos, as coisas mudaram. Voar já não é novidade. A tecnologia e os efeitos especiais e visuais evoluíram a tal ponto que é como se não existisse mais um limite do impossível para o que se pode fazer em uma tela de cinema. Inclusive, nela, já é rotineiro ver pessoas de capa voando pra lá e pra cá. Mas apesar de vivermos em uma época de personagens heroicos, nosso romantismo acerca deles diminuiu. Resultado de uma saturação do chamado gênero de super-heróis, uns bons anos de estratégia comercial agressiva e construções de universos cinematográficos robustos em transmídia e algoritmos.

    E para o Superman em si também são tempos estranhos. O personagem acabou perdendo espaço no imaginário popular pra outras figuras que acabaram conversando melhor com diferentes gerações. Mesmo que seu símbolo ainda seja gigante, mesmo tendo um novo olhar que moderniza e traz outras discussões pra mesa, com uma imagem renovada pra toda uma nova juventude, como fazer este personagem se conectar verdadeiramente com nossos tempos com mesma a relevância que já teve um dia?

    Superman Filme

    Hoje, é possível que o ideal do Superman voe novamente na mente das pessoas? Como as pessoas podem acreditar em algo que tem como pilares truth, justice and the american way quando vivemos em um tempo de fake news, injustiças e desigualdades e luta constante contra o nacionalismo, imperialismo e autoritarismo – que partem das grandes potências mundiais e, entre elas, claro, os Estados Unidos. A imagem (injusta) de escoteiro que se cristalizou em volta do personagem afasta quem acredita que para salvar este mundo a beira do colapso é preciso ser mais radical, enérgico, rebelde… talvez punk rock?

    Com todo um novo universo se formando, Superman pousa na mão de James Gunn, o cara que se provou possivelmente como o criativo que melhor entende o funcionamento dos gibis – e como eles podem migrar para o audiovisual. Mas Gunn nunca tinha sido desafiado a trabalhar com um personagem conhecido e com elementos já tão estabelecidos com o público. Imagine então assumir essa responsabilidade tendo o maior deles em mãos e tendo como missão dar o passo mais importante e cheio de expectativas para todo o futuro de um estúdio inteiro.

    É nesse contexto que Superman estreia nos cinemas. Em uma Metrópolis moderna e ensolarada, acompanhamos um Kal-El/Clark Kent (David Corenswet) novato em seu ofício como protetor. Diante de um conflito diplomático e de um nível de ameaça que nunca enfrentou, caberá ao herói entender seu lugar no mundo e o que, de fato, representa o símbolo que traz no peito. Acima de tudo, o filme cumpre seu objetivo principal: realizar o resgate da visão de um Superman clássico, positivista e humano, saindo dos tons mitológicos, messiânicos e sombrios do indicado por Zack Snyder. Porém, a maior virtude da nova versão não está na sua estratégia de mercado, mas em sua visão artística. Gunn propõe um resgate da própria adaptação da banda desenhada em si.

    Pense nas produções do gênero de super-heróis dos últimos 10 anos. Veja como elas acabaram se retroalimentando, se inspirando. Com a grande demanda que surgiu pra filmes desse tipo, o material de origem que eram os quadrinhos acabou ficando em segundo plano. Eles eram usados como fonte de conteúdo, enquanto o principal referencial para a produção audiovisual acabou se tornando o próprio audiovisual. Então você tinha um filme sombrio e realista, logo, vários outros o usavam como referência. Você tinha um projeto que explorava mais cores, leveza e lógica de conexões… outros surgiram também. De repente, uma produção que buscava mais maturidade e elementos mais adultos – e uma sequência de filmes que buscavam se afastar do que se tinha construído pra abordagens +18.

    O sentimento de saturação do público não é apenas um sentimento, é real. As obras de super-heróis, feitas em ritmo fabril, acabaram passando por uma iteração. Se voltavam a si mesmas, muitas vezes eram feitas em resposta a si mesmas, pra se conectar consigo mesmas. E não há grande problema nisso, ainda tivemos grandes obras que conquistaram seu espaço – se não no hall do cinema, pelo menos no coração do público. O grande ponto aqui é que as adaptações de quadrinhos se contentaram em ter temas e conteúdos vindos dos quadrinhos, apenas a propriedade intelectual dos amados gibizinhos, mas acabaram se afastando deles no que se tange a LINGUAGEM dos quadrinhos. Dick Tracy, Sin City, Aranhaverso, Scott Pilgrim… esses são alguns exemplos de filmes que se voltaram pras comics pra tirar elementos e transpô-los pro audiovisual, entender o que poderia fazer parte da adaptação que também construísse lógica, visual e/ou narrativa que remetesse aos elementos que constituem a lógica da banda desenhada.

    Superman _ James Gunn

    E James Gunn faz isso em Superman. Ele dá passos pra trás e volta seu olhar para as revistas em quadrinhos, pra fazer do filme uma oportunidade de comparar as linguagens e criar algo mais original que traga a essência do Último Filho de Krypton. E não só de seu cânone, mas da própria lógica de comunicação de se ter desenhos coloridos em páginas de papel. E com isso acerta e erra. Encontra novas possibilidades, também novos problemas. Mas mais importante: preserva um senso de autenticidade que traz frescor não só pro Superman, mas pro próprio universo que começa a construir e pro gênero de super-heróis como um todo.

    Gunn busca causar em nós o sentimento da lida descontraída que tínhamos ao abrir gibis na infância. Quando pegávamos de forma avulsa em uma banca ou sebo qualquer edição aleatória do nosso personagem favorito – ou alguma que tivesse chamado nossa atenção porque a capa era colorida e chamativa demais. Sua construção nos joga em um universo muito próprio e desconectado de nossa realidade, que tem suas próprias regras e lógicas. Não nos explica, só nos dá a oportunidade de entrar nessa brincadeira. E, com isso, investe em todo o absurdo, extravagância, breguice e bobajada que é muito próprio do quadrinesco.

    E não é assim que sempre funcionou no mundo das histórias vindas dos quadrinhos? Quando pegamos um número perdido também precisamos pegar as coisas andando, muitas vezes somos apresentados a conceitos que não entendemos ou personagens que nunca ouvimos falar, além de referências obscuras que ganham notas de rodapé e que citam acontecimentos de décadas atrás – em uma época que nem tínhamos internet e se você não achasse uma edição física pra confirmar suas informações, já era. Se você chegasse da escola e perdesse o episódio do desenho que passa no horário do almoço, só assistindo amanhã. E se o programa de amanhã tivesse referências do que você não assistiu hoje, restava acompanhar a retrospectiva e tentar entender tudo que aconteceu.

    James Gunn se lembra desse sentimento também. E, pra fazer uma história de origem que não siga a mesma fórmula já conhecida e esperada, investe em uma espécie de in medias res. O in media res é quando você constrói uma narrativa que se inicia durante os acontecimentos de sua história, não pelo começo. E Superman, estruturalmente falando, não é bem in media res porque o começo do filme é de fato o início da história que quer contar. Mas o longa é construído pra criar o sentimento de que você está pegando algo em andamento, ele te deixa intencionalmente perdido e não quer se explicar como universo, nem seus conceitos. Superman apenas quer que você aproveite a viagem e, antes de racionalizar e tentar compreender qualquer coisa, viva sua experiência.

    Isso é essencial pra dar o tom do filme e para que James Gunn explore a fantasia que busca na Era de Prata do herói, jogando em tela o exagero e ingenuidade típico da ficção científica e abordagem cósmico-espacial características desta fase. E tudo o que busca se traduz de forma visual, conceitual e temática. E vamos falar a seguir como elas funcionam ou não dentro do filme, mas é importante que se destaque: a pesquisa, por si só, já torna Superman um projeto muito mais interessante de se acompanhar. Assim como obras como Batman Vs Superman, Coringa e Logan, pode até gerar controvérsia, desilusão e quebra de expectativas, mas já tem que ter seu valor reconhecido apenas por tirar o público de um lugar de indiferença.

    Entrando mais no roteiro de Superman. O filme acerta ao equilibrar o descompromisso e leveza com seus conceitos junto de uma história que inicialmente é simples, mas que evolui pra discussões éticas e morais. A grande questão é a crise de identidade de Kal-El/Clark Kent, que tenta se entender como terráqueo ou kriptoniano. O sentimento de não-pertencimento já é algo que constrói uma ponte com o espectador, mas o longa também aproveita a oportunidade pra discutir pautas sociais e dilemas existencialistas. Pautas como imigração, guerra de narrativas e a violação da soberania de países tornam o filme atual, político e progressista. Um aceno para a Era de Bronze do Superman, que discutia seu papel para além dos conflitos que podiam ser resolvidos na base do soco, que questionavam sua influência no mundo, sua função diplomática. Também refletia a busca por um herói mais acessível, mais próximo da vida cotidiana humana.

    Isto tudo também está aqui na produção de 2025! Temos uma figura mais homem que super, falha e em constante construção. Clark não tem as respostas pro mundo, nem pra geopolítica, nem mesmo pro seu relacionamento. Sequer consegue controlar um cachorro desobediente. E isso é bom não só porque é o Superman que os fãs da DC sentiam falta no cinema, mas porque é o mais interessante para uma obra de cinema. Um protagonista conflituoso, com complexidades e nuances para se desenvolver, mas que não deixa de ser relacionável.

    A escolha de bancar a liberdade narrativa dos quadrinhos traz ganhos, mas também enfraquece a própria história do filme. Gunn precisaria escolher onde usá-la e identificar onde seria necessário fornecer uma base mais sólida pro público poder embarcar junto. O problema é que o diretor não consegue controlar a escala do que é feito, se perdendo na dimensão de acontecimentos e em meio a subtramas que não acrescentam pro filme, fragilizam o storytelling e distanciam o espectador. Isso não é novidade. Basta ver seus trabalhos anteriores: sua potência sempre está no campo mais íntimo e emocional. Quando aumenta a escala, normalmente se perde – a trilogia Guardiões da Galáxia é um ótimo exemplo disso.

    A atenção que dá pra alguns personagens secundários e como os torna relevantes pro andamento da trama NÃO COLABORA pro filme. Aqui até pode existir a vontade de retomar o olhar sobre a linguagem dos quadrinhos, que também possuem páginas e plots inteiros dedicados a figuras de menor importância e que também estão cheios de soluções fáceis e cômicas… Mas caberia fazer o juízo de valor sobre as próprias escolhas e o entendimento de que as linguagens são diferentes entre si e nem tudo pode entrar na conta – ou se pode, talvez não tudo de uma vez. E, ainda que realize a escolha de não explicar o universo que está construindo ao pé do ouvido do espectador, em diversos outros momentos acaba sendo expositivo de forma desnecessária – como quando personagens precisam pontuar seus pensamentos ou sentimentos, em vez de mostrá-los.

    Superman

    O problema geral, mesmo, é o excesso. Tanto que, no 3º ato, existem bons caminhos indicados para um grande clímax. Porém, todos são usados juntos! Dispersam nossa atenção, soam forçados e não criam a sensação de urgência pretendida. São nos momentos menores, nas trocas, onde encontramos o melhor deste novo Superman.

    E narrativa e roteiro não são os únicos elementos que James Gunn manipula para realizar o resgate da linguagem dos quadrinhos para seu longa. Filmado todo em IMAX, a câmera do diretor busca criar momentos gigantescos para tornar a vida do novo Superman em um épico aventuresco. Diferente do que normalmente se busca ao rodar um filme neste formato, Superman não possui ação muito frenética. O interesse no IMAX é potencializar efeitos e momentos específicos.

    Alguns planos aproveitam a razão de aspecto colossal e recriam a sensação das splash page duplas – aquelas imagens que cobrem 2 páginas inteiras de uma revista em quadrinhos. Também colaboram com a construção das sequências de voo. Agora, o desafio é lidar com o sucesso de seus antecessores e lidar com a pressão de entregar algo à altura (literalmente). Gunn explora diferentes formas de registro desse voo, dando ênfase para a sensação de se estar no ar. Por vezes com uma câmera mais estável e fluída, em outras usando uma grande angular e buscando uma leve sensação de “olho de peixe” (como vemos em uma Go Pro, por exemplo). Em outros momentos, planos plongee (de cima pra baixo) que acentuam e reforçam a distância até o solo, como em uma experiência de paraquedismo. Tudo isto torna o voo no longa mais vivo, próximo e crível.

    Em Superman também podemos encontrar match cuts. O match cut é uma transição entre planos que os conectam por movimento ou tema. Isto também acaba replicando as conexões de quadro a quadro que costumamos ver nos quadrinhos. A montagem também é responsável por navegar com facilidade entre os diferentes núcleos que vão se abrindo no filme, um trabalho bem realizado e que acaba impedindo que as escolhas do roteiro – em especial no 3º ato – fragilizem ainda mais a obra.

    Gunn consegue encontrar o equilíbrio entre o que foi próprio da Marvel e da DC durante suas fases no cinema. A fotografia de Henry Braham (Guardiões da Galáxia 3, The Flash, O Esquadrão Suicida) traz o colorido, mas se aprofunda em tons vibrantes, vivos e chamativos. Explora a luminosidade e o neon. Mesmo sendo um filme do Superman, azul e vermelho não detém toda atenção em sua paleta, que dá muito destaque pro amarelo. Isto ajuda a reduzir a associação do herói com a bandeira dos Estados Unidos, já que este filme será crítico ao governo estadunidense, e reforça seu apelo como símbolo global. O amarelado, que surge principalmente na luz do sol, dá um clima apaixonado e clássico – tudo que se busca pra esta versão do Homem de Aço.

    Design de Produção, Direção de arte, Cenografia e Figurino também somam a estas ideias. Tudo que é construído tende a leveza, ao arredondamento (até mesmo nas armaduras dos capangas de Luthor e no design do kaiju que ataca Metrópolis). Cria-se uma estética que remete ao infantil, ao ingênuo, mas que nunca cai nesse lugar pois tem o contraponto de camadas mais tensas e maduras. Vez ou outra, temos um acontecimento ou escolha que deixa o espectador entender que o filme lida com consequências e possua densidade.

    A trilha sonora imortalizada por John Williams em 78 e que se incorporou na identidade do Super-Homem também, inevitavelmente, é usada como referência pra parte musical do novo filme. David Fleming e John Murphy trazem o tradicional da orquestra com uma investida moderna, usando de guitarras, sintetizadores e mixagem mais despojada. Isso une as ideias do personagem como um clássico atemporal, mas jovem e ainda relevante. Também retoma o ar aspiracional presente antes, mas o carrega de energia e liberdade, até mesmo uma certa “rebeldia” – o que conversa e muito com uma das discussões principais do filme.

    A escalação do trio principal é certeira. Corenswet é uma excelente escolha. Ele traz tudo que precisamos pro personagem, visualmente e emocionalmente. Seu Superman é crível, bem humorado, alguém que passa confiança. Rachel Brosnahan (Marvelous Ms Maisel) finalmente tem seu merecido holofote em uma superprodução. A atriz sempre teve um trabalho primoroso. Aqui, entrega talvez a versão mais carismática e interessante de Lois Lane. É muito bom ver o lado jornalístico da personagem ser explorado, assim como sua inteligência e ambição.

    Mas, sem dúvidas, a grande sensação é a versão de Nicholas Hoult (Jurado Nº 2, Nosferatu) para Lex Luthor. Sua construção é como uma amálgama das versões anteriores em live-action, com um toque a mais de tudo já visto nas páginas dos quadrinhos. O ator parece ter sido quem melhor entendeu a proposta do filme, brincando com as nuances de Luthor na beira do exagero, sem nunca cair no excesso. Este Luthor é vilanesco, provoca da ameaça ao riso. Você sente o ódio e a inveja que sente pelo Azulão e, apesar de caricato, ainda é perfeitamente real e poderia ser confundido com qualquer bilionário narcisista de nossos tempos. É divertido assistir Hoult em cena, assim como a dinâmica de “força x inteligência” que se cria ao longo do filme inteiro e que o coloca no lugar de enxadrista desde sua primeira aparição no filme.

    Como é de se esperar, Gunn consegue explorar muito bem os personagens desconhecidos ou de menor expressão na trama. Outros heróis e vilões que surgem no filme tem seu momento de brilho, mas Kripto e Senhor Incrível que roubam a cena. Enquanto o cachorrinho agrada por agir como um animal de verdade, menos humanizado, cheio de energia e vitalidade típicos de um filhote, Edi Gathegi (For All Mankind, StartUp) aposta em uma atuação contida. Seu Senhor Incrivel não deixa de ser magnético, tendo até mesmo a sequência de ação mais divertida e bem realizada dentro do filme.

    Já outros personagens, a maioria deles nos núcleos humanos da trama, acabam perdendo sentido. O maior desperdício é o do Planeta Diário. Além de ter personagens sem função ou usados como alívio cômico que não funciona, sua jornada ao longo do filme se torna enfadonha. Pelo menos, ainda existe um apontamento interessante que homenageia o jornalismo. Assim como Superman busca retomar a esperança sobre nossas boas ações e como podemos impactar positivamente o mundo, também existe a celebração do jornalismo como ferramenta primordial para um mundo mais justo. Porque é importante lembrar: o herói mais poderoso da Terra escolheu ser repórter também por algum motivo.

    Enfim…

    Superman é o retorno brilhante e solar do Maior Herói de Todos os Tempos para os cinemas. Passo mais importante pra construção do novo universo DC, filme acerta ao explorar com mais atenção a linguagem dos quadrinhos para construir uma narrativa revigorante e que entrega algo diferente ao público. James Gunn constrói uma fantasia sci-fi exagerada e absurda, que dá vida aos principais conceitos da Era de Prata e Bronze dos quadrinhos. Tem seus acertos e erros, principalmente quando aumenta a escala do que quer contar. No campo mais íntimo é onde encontramos a humanidade e preciosidade dos personagens.

    Antes, o desafio era provar que um homem podia voar. Agora, com a tecnologia e possibilidade que o cinema moderno traz, o desafio era outro. Em um mundo cada vez mais doente e desesperançoso, era preciso provar para o público que um homem podia ser rebelde. Acreditar nas pessoas, fazer o certo, se preocupar com outras vidas. O novo Superman mostra sua essência, a mesma essência que 2 garotos judeus em Cleveland tinham em um Estados Unidos pré-guerra quando decidiram criá-lo, lá em 1938.

    Era preciso provar também que a criatividade e inventividade dos quadrinhos ainda funciona nos tempos atuais. Que ainda conseguimos entrar na brincadeira do imaginar. O voo, antes, era físico. Agora, ele é mais simbólico. Superman de 2025 prova que nós, humanos, nunca deixamos de voar. Só precisamos reencontrar a esperança nos símbolos que nos acompanham e em nossa mais bela e imperfeita humanidade.

    NOTA: 7/10

    7 anti-heróis alternativos da DC Comics que poucos conhecem

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    Quando pensamos em anti-heróis da DC Comics, nomes como John Constantine, Harley Quinn ou Deadshot surgem com facilidade…

    Mas o universo DC é vasto e repleto de personagens sombrios, ambíguos e muitas vezes ignorados pelo público. Abaixo, listamos 7 anti-heróis alternativos que você talvez nunca tenha ouvido falar — mas que definitivamente merecem atenção.

    1. Ragman (Rory Regan)

    📚 Estreia: Ragman #1 (1976)
    📺 Outras mídias: série Arrow (CW, 2016)

    Ragman é um vigilante místico coberto por trapos encantados que absorvem as almas dos pecadores. Esses fragmentos de alma fornecem poder ao usuário, tornando-o mais forte e sábio a cada nova adição. Criado por Robert Kanigher e Joe Kubert, Ragman luta contra o mal com motivações morais complexas — às vezes fazendo o mal por um bem maior. Teve um papel marcante em Shadowpact e foi adaptado na TV pela CW em Arrow (4ª temporada).

    2. Nemesis (Tom Tresser)

    📚 Estreia: The Brave and the Bold #166 (1980)
    📺 Outras mídias: animações como Justice League Unlimited

    Nemesis é um mestre do disfarce e espionagem, frequentemente trabalhando como agente do governo. Apesar de suas intenções geralmente nobres, seus métodos e alianças são cinzentos. Ele já trabalhou com a Força-Tarefa X (Esquadrão Suicida) e com a Mulher-Maravilha. Sua aparição em Suicide Squad (HQs) mostra seu lado mais anti-heroico e questionável.

    3. Shade, The Changing Man (Rac Shade)

    📚 Estreia: Shade, the Changing Man #1 (1977; reformulado por Peter Milligan em 1990)
    📺 Outras mídias: referência indireta na série Doom Patrol

    Um dos personagens mais surreais da DC/Vertigo, Shade é um alienígena com um “casaco da loucura” que permite alterar a realidade. Seus poderes são vastos, mas sua sanidade é instável. Na reformulação de Milligan (Vertigo), Shade mergulha em jornadas filosóficas e emocionais, fazendo dele um anti-herói introspectivo e complexo, muito além da ação típica de super-heróis.

    Azrael é um anti-herói da DC Comics!

    4. Azrael (Jean-Paul Valley)

    📚 Estreia: Batman: Sword of Azrael #1 (1992)
    📺 Outras mídias: Batman: The Animated Series (menção) e jogos Arkham City e Arkham Knight

    Jean-Paul Valley é o executor sagrado da ordem dos St. Dumas. Quando substituiu Bruce Wayne como Batman nos anos 90 (em Knightfall), assumiu um comportamento brutal e autoritário, que dividiu os fãs. Ele vive no limiar entre fé, doutrinação e livre-arbítrio — e representa um Batman que rompe com o código tradicional de não matar.

    5. The Human Target (Christopher Chance)

    📚 Estreia: Action Comics #419 (1972)
    📺 Outras mídias: séries The Human Target (FOX, 1992; CW, 2010)

    Especialista em assumir a identidade de pessoas ameaçadas para protegê-las, Chance vive uma vida de disfarces e dilemas morais. Na minissérie mais recente da DC Black Label (Human Target, 2021), escrita por Tom King e desenhada por Greg Smallwood, ele é redesenhado como um detetive noir emocionalmente contido e perigoso.

    6. Looker (Emily Briggs)

    📚 Estreia: Batman and the Outsiders #25 (1985)
    📺 Outras mídias: animações e aparição em Black Lightning (CW)

    Originalmente uma banqueira tímida transformada por poderes psíquicos e mais tarde uma vampira (!), Looker é uma ex-membro dos Outsiders. Sua dualidade entre heroína glamourosa e predadora da noite a coloca numa posição ambígua — protegendo inocentes, mas sucumbindo ocasionalmente à sua sede sobrenatural.

    7. Midnighter

    📚 Estreia: Stormwatch (Vol. 2) #4 (1998, Wildstorm)
    📺 Outras mídias: HQs Midnighter and Apollo, referência em Young Justice

    Conhecido por sua brutalidade e inteligência tática, Midnighter é uma espécie de “Batman violento e abertamente gay”. Seu cérebro é equipado com implantes que lhe permitem prever qualquer luta antes que ela comece. Suas histórias solo, especialmente no selo DC You e DC Rebirth, o mostram como um anti-herói que desafia estereótipos e enfrenta dilemas éticos com os punhos e sarcasmo afiado.

    O universo DC é muito mais do que os super-heróis clássicos. Esses anti-heróis alternativos trazem dilemas morais, poderes inusitados e histórias que fogem do comum — muitas vezes abordando temas como identidade, loucura, redenção e fé. Seja em edições esquecidas das HQs ou participações especiais em animações e séries, vale a pena conhecer e revisitar essas figuras que caminham na fronteira entre o bem e o mal.

    Chuva de teorias sobre o novo filme do Superman – O que esperar?

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    O que o trailer de Superman (2025) revelou: teorias sobre “bebê Brainiac”, Metamorpho e muito mais!

    O primeiro trailer do novo filme Superman, dirigido por James Gunn, foi lançado e está repleto de pistas que podem impactar todo o universo cinematográfico da DC. Vamos conferir os destaques!

    1. Superman vulnerável e Krypto em ação

    Logo no início, vemos o Superman de David Corenswet em uma situação crítica, com ferimentos e visivelmente abatido — um momento que remete à vulnerabilidade do personagem em All‑Star Superman  Em seguida, aparece seu fiel companheiro, o supercão Krypto, trazendo-o de volta à vida.

    2. Metamorpho surge — com poderes e perguntas

    O trailer confirma a presença de Metamorpho (Anthony Carrigan), um herói (ou vilão?) capaz de transmutar elementos em seu corpo. Sua aparência monstruosa e origem ligada à Stagg Industries sugerem um possível arco de redenção, comercializada como figura complexa e emocional.

    Nos comentários do Reddit, fãs especulam que ele poderá ser o misterioso causador do trauma de Clark — ou talvez até o monstro kaiju enfrentado por Superman.

    3. “Bebê kaiju”: justiça ou conspiração?

    Brinquedos vazados mostraram figuras chamadas “Baby Kaiju” e “Baby Joe”, levantando suspeitas:

    • Alguns acreditam que Lex Luthor estaria criando “meta‑humanos” — inclusive o filho de Metamorpho, Joseph Mason, apelidado de “Joey”.

    • Outros defendem que o filhote é de uma criatura extraterrestre, e que Superman tenta protegê-lo, ganhando apoio alienígena… mas perdendo a confiança do público humano .

    4. Brainiac? Ainda incerto…

    Há um misterioso “globo brilhante” no trailer que lembra Brainiac, mas análises de especialistas consideram essa possibilidade incerta — e tendem a apontar que se trata mesmo de Metamorpho ou de algum enigma presente na trama.

    5. Protagonistas e universos expandidos

    Além de Clark e Lois (Rachel Brosnahan), o trailer revela outros personagens importantes:

    • Guy Gardner (Lanterna Verde), vivido por Nathan Fillion, aparecendo em meio a cenas de laboratório.

    • Hawkgirl (Isabela Merced), Mister Terrific (Edi Gathegi) e possíveis aparições como Boravia, evento kaiju e robots de criação kryptoniana.

    6. O que isso tudo significa?

    O trailer apresenta um enredo que usa elementos de All‑Star Superman (como Krypto e robôs emocionais), combina com referências obscuras como House of Brainiac, e introduz uma trama com metahumanos sombria, ligada ao passado de Metamorpho e às ambições de Luthor .

    O que esperar?

    • Um Superman emocional, dividido entre proteger o indefeso — como o “bebê kaiju” — e manter a confiança do público.

    • Metamorpho como peça central: herói incompreendido ou arma de destruição?

    • Uma possível construção gradual de vilões maiores como Brainiac ou alianças antagônicas, abrindo caminho para o DCU: Gods & Monsters.

    • Fortalecimento do legado kryptoniano com robôs, cristal da Fortaleza e referências clássicas.

    Quando estreia?

    Prepare-se: Superman chega aos cinemas em 11 de julho de 2025 nos EUA, marcando o início do novo Capítulo Um: Gods & Monsters, do DCU de James Gunn.

    Esse trailer não apenas apresenta o novo Superman, mas também dosagem complexa de mistério, emoção e construção narrativa para o universo DC. Entre referências clássicas, teorias de fãs e múltiplas facetas heroicas e vilanescas, parece que a jornada do Homem de Aço será muito mais densa — e maior — do que apenas voar e lutar.

    Senhor Milagre: Nova série animada adulta está em desenvolvimento pela DC

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    A DC Studios acaba de anunciar uma série animada adulta centrada no herói Senhor Milagre, baseada na minissérie de 2017 de Tom King e Mitch Gerads.

    O projeto, conduzido e produzido executivamente pelo próprio Tom King, explora situações profundas e existenciais vividas por Scott Free — também conhecido como Mister Miracle.

    A trama acompanha Scott Free, um escapologista lendário, enquanto ele enfrenta seu maior desafio: escapar da morte. Aparentemente, tudo vai bem na vida que ele e sua esposa, Big Barda, construíram na Terra. Mas o que parecia perfeito começa a desmoronar quando a guerra aterrorizante entre os planetas Apokolips e Nova Gênese se infiltra na realidade deles.

    A série faz parte da grande reformulação do Universo DC conduzida por James Gunn e Peter Safran. Em paralelo, já estão em desenvolvimento novos projetos como a segunda temporada de Creature Commandos e um filme animado em stop-motion do Batman.

    A presença de Darkseid, um dos vilões mais emblemáticos do universo DC, sugere que Senhor Milagre poderia ser a peça-chave para abrir espaço para narrativas maiores—como o próximo filme do Superman.

    O que sabemos até agora

    • Tom King, roteirista responsável pela HQ original, lidera este desenvolvimento criativo.

    • Nenhuma data de lançamento, elenco ou estúdio de animação foi divulgada ainda.

    • A série promete explorar o conflito interno de Scott Free, seu relacionamento com Barda, e os traumas herdados de Apokolips.
      Por que esse projeto é relevante?

    • A minissérie Mister Miracle (2017) de Tom King e Mitch Gerads foi extremamente aclamada, premiada com o Eisner de Melhor Série Limitada, Melhor Escritor e Melhor Artista.

    • A narrativa aprofunda temas universais como ansiedade, trauma, continuidade da identidade e a tênue linha entre escapar e encarar a vida.

    • O tom adulto da série permite abordar temas complexos (trauma, identidade, guerra interior) sem restrições, aumentando o potencial emocional .

    • A ligação com Darkseid indica que o enredo pode expandir o novo universo cinematográfico da DC, servindo como base para produções futuras, especialmente aquelas com foco em Superman e os Novos Deuses.

    Essa série animada do Senhor Milagre tem o potencial de marcar um novo patamar para o Universo DC, equilibrando ação, profundidade emocional e relevância cósmica. Com Tom King no comando, a expectativa é de uma narrativa rica, emotiva e cheia de reviravoltas — vamos acompanhar de perto as novidades!

    Os 5 vilões mais difíceis que o Superman já enfrentou

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    O Superman é considerado um dos super-heróis mais poderosos dos quadrinhos — com força sobre-humana, visão de calor, invulnerabilidade e a capacidade de voar mais rápido que a luz.

    Mas, mesmo com todas essas habilidades, ele enfrentou adversários que desafiaram não apenas sua força física, mas também seus princípios, emoções e inteligência. A seguir, listamos os cinco vilões mais difíceis que o Superman já enfrentou, seja em batalhas épicas ou dilemas morais devastadores.


    1. Doomsday

    Primeira aparição: Superman: The Man of Steel #17 (1992)
    Criadores: Dan Jurgens

    Doomsday (Apocalypse) é o monstro responsável por uma das histórias mais impactantes dos quadrinhos: A Morte do Superman. Criado artificialmente em Krypton como uma arma de destruição, ele é pura fúria e brutalidade — sem fala, sem remorso, sem lógica. Em seu primeiro confronto, matou o Superman em combate direto. E pior: ele “evolui” a cada vez que é morto, tornando-se imune às formas anteriores de ataque.


    2. Darkseid

    Primeira aparição: Superman’s Pal Jimmy Olsen #134 (1970)
    Criador: Jack Kirby

    Lorde de Apokolips e uma das entidades mais poderosas do Universo DC, Darkseid não é apenas um vilão de força descomunal — ele representa a tirania absoluta. Com seu Olhar Ômega e uma mente estratégica, ele não tenta apenas derrotar o Superman, mas subjugar toda a humanidade. Seus embates com o Homem de Aço envolvem tanto batalhas físicas colossais quanto disputas ideológicas sobre liberdade, esperança e controle.


    3. Lex Luthor

    Primeira aparição: Action Comics #23 (1940)
    Criadores: Jerry Siegel e Joe Shuster

    À primeira vista, Lex Luthor pode parecer o elo fraco da galeria de vilões — afinal, ele é “apenas” humano. Mas sua genialidade, ambição e obsessão pelo Superman fazem dele o adversário mais persistente e estratégico. Luthor representa o antagonismo intelectual: ele desafia o ideal do Superman, alegando que nenhum ser tão poderoso deve estar acima da humanidade. Muitas vezes, suas conspirações colocam o herói diante de dilemas éticos insolúveis.


    4. Brainiac

    Primeira aparição: Action Comics #242 (1958)
    Criadores: Otto Binder e Al Plastino

    Brainiac é uma ameaça tecnológica e existencial. Com diversas versões (de alienígena cibernético a entidade colmeia), ele é conhecido por encolher e colecionar cidades inteiras — incluindo Kandor, a última cidade kryptoniana. Sua inteligência superior e sua frieza o tornam um vilão que ataca no plano lógico, emocional e cultural. O Superman enfrenta nele não apenas um inimigo, mas uma lembrança constante da perda de seu mundo natal.


    5. General Zod

    Primeira aparição: Adventure Comics #283 (1961)
    Criadores: Robert Bernstein e George Papp

    Zod é um dos raros vilões que compartilham os mesmos poderes que Superman, por também ser kryptoniano. Mas ao contrário de Kal-El, ele acredita na supremacia kryptoniana e deseja impor sua visão autoritária à Terra. Os combates entre os dois são equilibrados em força e habilidades, mas o verdadeiro embate é de ideologia: Kal-El representa a integração com a humanidade; Zod, a dominação.


    O Superman pode parecer invencível, mas o que torna suas histórias envolventes são justamente os vilões que o forçam a ir além da força bruta — que o fazem duvidar, hesitar e, por fim, evoluir. Cada um dos vilões desta lista colocou em xeque não apenas seus poderes, mas sua própria essência como herói.

    Os ingressos para o novo filme do Homem de Aço já estão na pré-venda! A produção estreia no dia 10 de julho.

    7 coisas que todo mundo entende errado sobre o Superman

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    Desde sua estreia em 1938, o Superman se tornou um dos personagens mais icônicos da cultura pop.

    Com tantas versões nos quadrinhos, filmes, séries e animações, é natural que algumas ideias equivocadas sobre o herói tenham se espalhado com o tempo. Algumas são fruto de adaptações cinematográficas; outras, de mudanças criativas ao longo das décadas. Neste post, vamos esclarecer sete dos mitos mais comuns sobre o Homem de Aço — e mostrar que ele é ainda mais interessante (e complexo) do que muitos imaginam.

    1. Ele pode respirar no espaço

    Muita gente acredita que Superman respira no espaço, especialmente por cenas em filmes. Na verdade, ele não respira no vácuo — ele simplesmente prende a respiração por um tempo extraordinário, mas não pode respirar mesmo lá.

    2. Existe apenas um tipo de kryptonita

    A kryptonita verde é a mais famosa — capaz de enfraquecer o Superman — mas não é a única. Há uma variedade inteira de cores, como:

    • Vermelha: causa comportamentos estranhos.

    • Dourada: retira poderes permanentemente.

    • Branca: destrói plantas.

    • Preta: separa a personalidade em versões boa e má.

    • Prateada: causa alterações comportamentais, fome aguda etc.

    3. Ele é sempre repórter de jornal

    Clark Kent é amplamente retratado como repórter do Daily Planet, mas já foi:

    • Apresentador de TV nos anos 1980,

    • Blogueiro no reboot d’Os Novos 52 de 2011,

    • Fazendeiro em Kingdom Come.

    4. Ele é invulnerável e sem fraquezas

    Além da kryptonita, Superman também é vulnerável a:

    • Magia

    • Radiação de sol vermelho

    • Seres extremamente poderosos como Doomsday.

    5. Basta um óculos para esconder sua identidade

    O sorriso ou postura podem enganar, mas não é só isso. Clark Kent é um personagem com comportamento, voz e postura totalmente diferentes — nem é só pelo óculos .

    6. Ele sempre teve os poderes que tem hoje

    No início, Superman não voava — apenas “saltava sobre prédios altos” — e ainda não tinha visão de calor, resistência à kryptonita, etc. Esses poderes foram sendo adicionados aos poucos ao longo das décadas .

    7. Existe apenas um herói com o poder do Superman

    Kal‑El é o mais famoso, mas há várias versões com seus poderes:

    • Supergirl,

    • Superboy (Kon‑El),

    • Jon Kent (filho de Lois e Clark),

    • Clones e versões de-terra paralelas (como Kingdom Come)

    Esses equívocos mostram como o personagem foi moldado e reinterpretado ao longo das gerações. Entender essas nuances pode enriquecer sua leitura dos quadrinhos e sua experiência com as adaptações em filme e TV.

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    Top 5 HQ’s fundamentais para ler antes de assistir ao novo filme do Superman

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    Com a chegada do novo filme do Superman aos cinemas, os fãs do Homem de Aço (e também os novatos) estão ansiosos para entender mais sobre o personagem, suas motivações e o universo que o cerca.

    Para mergulhar fundo na mitologia do Último Filho de Krypton, nada melhor do que visitar (ou revisitar) algumas das HQs mais importantes que moldaram o herói ao longo das décadas. Abaixo, listamos cinco histórias fundamentais que oferecem uma base sólida antes de assistir ao filme.

    1. Superman: Paz na Terra (1998)

    Autores: Paul Dini (roteiro) e Alex Ross (arte)

    Com uma narrativa poética e arte pintada à mão, Paz na Terra é uma história que transcende o combate físico para explorar o lado mais humano e idealista de Superman. Na trama, Clark Kent tenta combater a fome mundial — um problema real e complexo, que nem mesmo seus poderes conseguem resolver facilmente. Essa HQ é essencial para entender o dilema moral do personagem: como salvar o mundo sem impor sua vontade?


    2. Superman: O Homem de Aço (1986)

    Autor: John Byrne

    Após a saga Crise nas Infinitas Terras, a DC reiniciou a história do Superman, e coube a John Byrne redefinir suas origens para uma nova geração. O Homem de Aço é uma minissérie em 6 edições que apresenta um Superman mais humano, com foco em sua vida como Clark Kent e nos dilemas entre suas origens kryptonianas e terráqueas. Muito do que se vê nos filmes modernos vem direto dessa fase.


    3. Grandes Astros: Superman (2005–2008)

    Autores: Grant Morrison (roteiro) e Frank Quitely (arte)

    Em All-Star Superman, Morrison entrega uma carta de amor ao mito do personagem. A história acompanha um Superman que está morrendo e decide usar seus últimos dias para realizar grandes feitos. Repleta de simbolismos, ideias grandiosas e um olhar compassivo sobre a figura do herói, essa HQ é essencial para entender a dimensão mitológica e emocional do Superman.


    4. Superman: Entre a Foice e o Martelo (2003)

    Autor: Mark Millar

    E se Superman tivesse caído na União Soviética em vez dos Estados Unidos? Essa é a proposta de Entre a Foice e o Martelo, uma HQ que explora o impacto cultural e político do personagem em um cenário alternativo. Além de ser uma leitura provocadora, essa obra destaca o quanto o símbolo do Superman transcende fronteiras e ideologias, um tema que pode surgir em versões mais ousadas do herói no cinema.


    5. A Morte do Superman (1992)

    Autores: Dan Jurgens, Louise Simonson, Roger Stern, entre outros

    Impossível falar da história do Superman sem mencionar A Morte do Superman. Nesta saga impactante, o herói enfrenta o vilão Apocalypse (Doomsday) em uma batalha brutal que termina com sua morte. Mais do que uma jogada de marketing, essa HQ mexeu com o status quo dos quadrinhos e marcou uma geração. Muitos elementos visuais e narrativos dessa história inspiraram cenas em filmes anteriores — e podem voltar em novas adaptações.

    Essas cinco HQs oferecem diferentes perspectivas sobre o Superman: o símbolo, o homem, o mito. Ler essas histórias antes de ver o filme enriquece a experiência, proporcionando uma compreensão mais profunda do personagem e de seus dilemas éticos, morais e emocionais. Se você quer ir além da ação e entender de onde vêm as ideias por trás do herói mais icônico dos quadrinhos, essas leituras são obrigatórias.

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    Batman vs Deadpool: O crossover impossível entre DC e Marvel que está prestes a acontecer

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    Depois de décadas de rivalidade silenciosa e colaborações raríssimas, os universos DC e Marvel voltarão a se encontrar — e da forma mais inesperada possível.

    Em 2025, os dois maiores nomes dos quadrinhos anunciaram um crossover histórico: Batman vs Deadpool. Essa união explosiva entre o Cavaleiro das Trevas e o Mercenário Tagarela não só marca a primeira colaboração oficial entre as editoras em mais de 20 anos, como promete reunir o melhor (e o pior) de dois mundos muito diferentes. A partir de setembro, os fãs verão como um dos maiores detetives da ficção enfrentará um dos personagens mais imprevisíveis dos quadrinhos modernos.

    Dois mundos colidindo com estilo

    O projeto será dividido em duas minisséries publicadas separadamente por cada editora. A Marvel lança Deadpool/Batman #1 em 17 de setembro de 2025, enquanto a DC responde com Batman/Deadpool #1 em novembro. Cada série trará sua própria perspectiva sobre o embate e trabalhará elementos clássicos dos universos de ambos os personagens. Deadpool, com seu humor de quarta parede e sua tendência ao caos absoluto, enfrentará o mundo sombrio e metódico de Gotham — e, claro, de Bruce Wayne.

    Batman e Deadpool não são apenas personagens opostos em personalidade; eles representam formas distintas de heroísmo e narrativa. Enquanto Batman é disciplinado, estratégico e movido por trauma, Deadpool é caótico, impulsivo e motivado por… bem, nada em particular. Esse contraste promete render não apenas cenas de ação épicas, mas também diálogos afiados, críticas metalinguísticas e momentos cômicos genuinamente surreais. A expectativa é que o tom da série balanceie o noir de Gotham com a irreverência brutal de Wade Wilson.

    Os bastidores do acordo histórico

    Esse crossover só foi possível graças à crescente boa vontade entre as editoras, e ao entusiasmo de criadores e fãs. Após anos de competição acirrada e disputas por espaço no mercado de cinema e quadrinhos, DC e Marvel começaram a se reaproximar em eventos e feiras, impulsionadas pelo desejo de revitalizar as HQs como mídia de massa. James Gunn (DC Studios) e Kevin Feige (Marvel Studios) já demonstraram publicamente interesse em uma colaboração entre os dois universos — e este crossover pode ser um “teste de águas” para parcerias futuras, inclusive no cinema.

    Embora ainda poucos detalhes tenham sido revelados, os roteiristas confirmaram que o projeto será recheado de easter eggs, referências clássicas e interações entre coadjuvantes de ambos os lados. Será que veremos Alfred trocando farpas com Deadpool? Ou Wade tentando recrutar Robin para um spin-off caótico? Nada está fora de questão — especialmente com o envolvimento de equipes criativas conhecidas por ousadia e bom humor. A primeira edição da Marvel será escrita por Gerry Duggan (que já trabalhou com ambos os personagens) e desenhada por Jorge Jiménez, artista favorito dos fãs de Batman.

    Batman vs Deadpool é mais do que um fan service: é uma tentativa ousada de quebrar barreiras editoriais e reconectar leitores com a diversão pura das HQs. A ousadia da Marvel e da DC em permitir esse tipo de colaboração pode abrir portas para outros crossovers e projetos inusitados, que celebram os personagens além das disputas de mercado. Em um tempo em que os quadrinhos buscam se reinventar diante de novas mídias, talvez o caos de Deadpool e a disciplina de Batman juntos sejam exatamente o que os fãs precisam: algo inesperado, explosivo — e, acima de tudo, divertido.

    DC Studios 2.0: O renascimento do universo cinematográfico com “Superman” e “Peacemaker 2”

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    Superman (anteriormente intitulado Superman: Legacy) é o primeiro filme oficial do novo universo DC e muita coisa pode mudar nesse universo cinematográfico compartilhado…

    Escrito e dirigido por James Gunn, o longa trará David Corenswet no papel do Homem de Aço, acompanhado de Rachel Brosnahan como Lois Lane. A proposta é resgatar a essência idealista do personagem, sem ignorar a complexidade do mundo atual. Gunn afirmou em entrevistas que sua visão de Clark Kent é a de um herói que acredita nas pessoas, mesmo em tempos cínicos — algo raro no cinema atual de super-heróis. O tom promete mesclar esperança, ação e humor inteligente, com uma pegada mais emocional que épica.

    Conexões e fundações do novo universo DC

    Este novo Superman não é um reboot isolado, mas a fundação de todo um novo universo compartilhado. Personagens como Guy Gardner (Nathan Fillion), Hawkgirl (Isabela Merced) e Mister Terrific (Edi Gathegi) já estão confirmados no filme, o que indica que a DC pretende construir sua mitologia desde o início. Ao contrário da abordagem apressada de Liga da Justiça (2017), a estratégia agora é apresentar heróis gradualmente, com base em suas características individuais antes de grandes encontros. A aposta é que Superman funcione como o “Homem de Ferro” da DC — não no estilo, mas no impacto.

    Enquanto Superman representa o lado clássico e inspirador do novo DCU, Peacemaker 2 mantém o DNA anárquico que James Gunn imprimiu na primeira temporada. Após os eventos de The Suicide Squad e da série de 2022, Christopher Smith retorna para mais missões absurdas, diálogos ácidos e críticas sociais disfarçadas de piadas. A nova temporada deve estrear logo após o lançamento de Superman, e Gunn já confirmou que ela será totalmente integrada ao novo universo — ou seja, o que acontecer ali vale para os próximos filmes e séries. Isso reforça a ideia de um DCU coeso, mas variado em tons.

    Dois tons, um universo unificado

    O contraste entre os dois projetos — o idealismo de Superman e o sarcasmo violento de Peacemaker — é o que torna essa nova fase da DC tão promissora. Gunn e Safran querem mostrar que um universo compartilhado não precisa ser homogêneo. Pode haver espaço tanto para a esperança luminosa de Metrópolis quanto para o caos niilista de personagens como Vigilante ou Amanda Waller. O importante é que tudo esteja conectado de forma orgânica e criativa. E, segundo o próprio Gunn, Peacemaker 2 trará consequências narrativas importantes para o DCU, apesar do tom debochado.

    Com Superman e Peacemaker 2, o DC Studios dá os primeiros passos firmes em direção a um universo coeso, narrativamente forte e estilisticamente variado. James Gunn traz sua experiência com personagens “quebrados” e excluídos, enquanto homenageia as raízes heroicas que sempre definiram a DC. A promessa é de um equilíbrio entre tradição e inovação — algo que pode finalmente tirar o estúdio da sombra do MCU e colocá-lo em um caminho próprio. Se tudo correr como planejado, 2025 será lembrado como o verdadeiro recomeço da DC nos cinemas e nas telas.

    DC Pride 2025: Como a nova geração de heróis LGBTQIA+ está moldando o futuro das HQs

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    Junho é o Mês do Orgulho LGBTQ+, e como tem feito desde 2021, a DC Comics celebra com sua tradicional antologia DC Pride 2025.

    Mas em 2025, a editora elevou ainda mais o nível: a nova edição, lançada em 4 de junho, não só reúne histórias emocionantes e representativas, como também estabelece um espaço canônico dentro do universo DC — uma taverna queer em Gotham que serve de ponto de encontro para heróis, vilões e civis LGBTQ+. A iniciativa reforça o compromisso da editora com diversidade, pertencimento e boas histórias.

    A taverna apresentada na edição de 2025 funciona como elo narrativo entre as histórias curtas da coletânea. Diferente de outros anos, a DC optou por criar um cenário fixo, transformando o local em um símbolo de acolhimento para personagens queer em um universo frequentemente dominado por violência, segredos e perseguições. O resultado é uma atmosfera mais íntima e centrada no afeto, onde os leitores podem ver personagens que amam simplesmente existindo — conversando, flertando, apoiando uns aos outros, longe dos combates e explosões típicos das HQs de super-heróis.

    Representatividade com protagonismo e profundidade

    Entre os destaques da edição estão histórias protagonizadas por Dreamer (a primeira heroína trans da DC), Tim Drake (Robin), Jon Kent (Superman bissexual), e personagens menos conhecidos como Alysia Yeoh e Circuit Breaker. Cada trama explora aspectos diferentes da experiência queer, indo além de estereótipos: questões de identidade, autoaceitação, família, comunidade e até romance são abordadas com sensibilidade, humor e, claro, heroísmo. Mais do que “incluir” personagens LGBTQ+, a antologia os coloca no centro da ação e das emoções.

    Desde a primeira antologia DC Pride, a editora vem ganhando pontos com leitores LGBTQ+ e aliados por sua consistência em dar espaço a autores queer contarem suas próprias histórias. A edição de 2025 conta com roteiros de criadores como Nicole Maines, Tini Howard e Phil Jimenez, que trazem autenticidade à narrativa. Além disso, o lançamento gerou uma forte mobilização nas redes sociais, com hashtags como #DCPride2025 e #HeroesYouDeserve alcançando destaque global. Muitos leitores relataram, comovidos, que esta foi a primeira vez que se sentiram verdadeiramente vistos por uma HQ de super-heróis.

    Num mercado historicamente dominado por figuras masculinas heteronormativas, a DC vem se destacando por construir pontes com públicos diversos e atualizar suas histórias para refletirem o mundo real. DC Pride 2025 não é só uma antologia comemorativa: é uma declaração de intenção sobre o futuro da editora. Se os heróis devem inspirar, proteger e representar, então é fundamental que eles reflitam todas as formas de existir. Espera-se que alguns dos personagens e tramas apresentados este ano ganhem títulos próprios em breve — e, quem sabe, apareçam também nas séries e filmes que estão por vir.

    DC Pride 2025 é mais do que uma edição especial — é um marco. Com sensibilidade, coragem e criatividade, a DC Comics mostra que heróis queer não só têm espaço no panteão dos grandes personagens, como são indispensáveis para contar as melhores histórias dos nossos tempos. Para os fãs LGBTQ+ e todos que acreditam no poder da diversidade, esta é uma leitura imperdível.