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    Confira 5 momentos marcantes do Superman nas animações!

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    O Superman, criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, é um dos heróis mais icônicos dos quadrinhos e da cultura pop.

    Sua representação nas animações da DC ao longo das décadas destacou sua coragem, seu altruísmo e sua capacidade de inspirar esperança. Abaixo, exploramos cinco momentos marcantes que definem o Superman como um verdadeiro exemplo de heroísmo.

    1. O Sacrifício em “Superman: Doomsday” (2007)

    Em “Superman: Doomsday”, inspirado no arco clássico “A Morte do Superman”, vemos o herói enfrentando Doomsday em uma batalha épica que culmina em sua morte. Neste momento, Superman demonstra o ápice de seu heroísmo ao sacrificar sua própria vida para salvar a humanidade de um monstro imparável. A animação, produzida pela Warner Bros. Animation, está disponível na HBO Max e é um marco na representação do herói.

    2. O Discurso Inspirador em “Justice League: The New Frontier” (2008)

    Nesta animação, baseada na obra de Darwyn Cooke, Superman se torna uma figura crucial na união de heróis e humanos contra um inimigo comum, a entidade conhecida como o Centro. Seu discurso encorajador e sua liderança exemplificam como ele não é apenas um guerreiro poderoso, mas também um símbolo de esperança e unidade. Disponível na HBO Max, o filme captura o espírito inspirador do personagem.

    3. Salvando o Planeta em “All-Star Superman” (2011)

    Baseado na icônica minissérie de Grant Morrison e Frank Quitely, “All-Star Superman” retrata um herói enfrentando sua mortalidade após ser envenenado por radiação solar. Apesar de sua condição terminal, ele dedica seus últimos dias a atos de bondade e heroísmo. Um dos momentos mais emocionantes é quando ele impede um jovem de cometer suicídio, mostrando que seus verdadeiros poderes vão além da força física. Este filme também está disponível na HBO Max.

    4. Liderança em “Justice League: Crisis on Two Earths” (2010)

    Nesta animação, o Homem de Aço lidera a Liga da Justiça contra o Sindicato do Crime, uma versão maligna dos heróis em uma Terra paralela. Sua decisão de proteger outra realidade, mesmo com os riscos envolvidos, destaca sua convicção de que o heroísmo deve transcender fronteiras. Disponível na HBO Max, o filme reforça seu papel como um líder confiante e corajoso.

    5. A Declaração de Esperança em “Superman: Red Son” (2020)

    Uma reinvenção da lenda, “Superman: Red Son” imagina o que aconteceria se Kal-El tivesse caído na União Soviética. Apesar de operar sob um regime totalitário, Superman demonstra seu compromisso com a proteção da humanidade. O momento em que ele questiona suas próprias ações e escolhe o bem maior sobre a lealdade cega é um testemunho de sua natureza essencialmente heroica. Disponível na HBO Max, a animação oferece uma perspectiva única sobre os valores do herói.

    Esses momentos emblemáticos nas animações da DC ilustram o que torna o Superman tão especial: sua dedicação à justiça, sua capacidade de inspirar esperança e sua coragem inabalável. Seja enfrentando ameaças apocalípticas ou ajudando indivíduos em necessidade, ele permanece um exemplo eterno de heroísmo. Para os fãs ou novos espectadores, essas animações são uma porta de entrada perfeita para compreender o verdadeiro significado de ser o Homem de Aço.

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    Crítica | 4º Temporada de Superman & Lois encerra uma era da DCTV

    O universo heroico de produções televisivas criado pelo canal de TV CW chegou ao fim com Superman & Lois, após um pouco mais de duas décadas que foram de altos e baixos, mas foram parte da história da DC se tratando de seriados.

    E tudo começou no começo dos anos 2000 em Smallville que foi um sucesso por uma década além da existência breve de Birds of Prey. Posteriormente com Arrow, Flash, Supergirl, Raio Negro e Superman & Lois, foi constituído assim o chamado Arrowverso que em 2024 encerra-se após 12 anos.

    A série do homem de aço foi estrelada por Tyler Hoechlin e Bitsy Tulloch como os protagonistas  título, com um elenco formado por Alex Garfin e Mike Bishop como Jordan e Jon Kent, sendo o último a partir da terceira temporada substituindo Jordan Elsass, além de Inde Navarrette, Emmanuele Chriqui, Dylan Walsh, Wolé Parks e Tayler Buck.

    O quarto e último ano da série teve 10 episódios, começou a ser exibido em 7 de outubro para os Estados Unidos e chegando no Brasil no dia 24 do mesmo mês no serviço de streaming Max com dublagem em nosso idioma.

    Superman & Lois
    Lois e Clark dividem as alegrias e atribulações da vida a dois

    A história segue os eventos do último episódio da temporada anterior, com o homem de aço lutando bravamente para salvar sua família, Smallville e o mundo das mãos do Apocalipse criado nesta adaptação através do trabalho nefasto de Lex Luthor (Michael Cudlitz).

    Eu acredito que Superman & Lois é um exemplo muito prático a respeito de como os olhos do universo geek/nerd, mais especificamente o fã de DC, tem grande dificuldade em compreender o que de fato é algo muito bom porque mesmo com tantas atribulações ao longo de sua existência o seriado sempre manteve muita linearidade sobre sua qualidade.

    Mesmo com episódios a menos e cortes orçamentários a temporada final da série é bem sólida, amarrando de forma muito sútil os arcos narrativos secundários para que o foco seja o confronto dos Kent com Lex Luthor que se torna um adversário formidável para concluir esta jornada.

    Falar a respeito das atuações é um ponto importante nesta última temporada pois acredito que foi o auge da química do casal protagonista que tem uma ótima sinergia em cena que resulta em uma parceria muito bonita entre Clark e Lois para lidar com todas as questões propostas na série.

    Em Superman e Lois encontramos a adaptação mais sombria de Lex LuthorOutro que merece destaque é Cudlitz que entrega um Luthor que literalmente não tem nada a perder em um arco de vingança que não mede esforço para ver os seus inimigos derrotados, seja moralmente ou fisicamente.

    Mesmo com as limitações as cenas de ação continuam sendo bem interessantes e os efeitos são bem aplicados, obviamente nada comparado às produções milionárias que andam surgindo no streaming e TV, mas é um trabalho bem realizado que não se torna um ponto negativo.

    É muito apaixonante como uma série que é sobre um personagem que biologicamente é um extraterrestre entrega questões tão humanas, provando que adaptar o Superman e seu universo é muito pouco sobre poderes e lutas. Mas sobre questões muito mais profundas, sensíveis, emocionantes que são utilizadas para compor o drama familiar que está entrelaçado nas narrativas mais heroicas.

    Ainda durante estes últimos episódios é explorado além da relação Clark e Lois, mostrando em flashbacks outros momentos que são importantes da sua vivência não apenas como um pai e marido mas com as amizades e até mesmo a desconfiança que teve de superar em relação a Sam Lane em relação a identidade que tinha tanto medo em revelar.

    Ainda neste tempo de tela conseguiu inserir pequenas referências durante os episódios que são bem interessantes, incluindo uma cena muito bonita que vemos ao longo do epílogo do seu episódio final.

    A conclusão é muito emocionante, pois não me recordo até o momento que estou aqui batendo esse papo com vocês Terraversers, algum quadrinho que retratasse os anos futuros do Superman de uma forma tão otimista.

    Superman & Lois encerrou um capítulo que considero muito importante para o vasto universo de produções da DC para o formato de TV, uma série que considero a melhor neste formato e uma das narrativas mais emocionantes do Homem de Aço em live action até o momento.

    Crítica Coringa: Delírio a Dois: A Frustração com o palhaço que tira a maquiagem

    Confira nossa crítica do filme “Coringa Delírio a Dois”!

    Já não faz tanto tempo assim, mas vivemos uma era de heróis. Saindo de todos os becos, voando por todos os lugares, balançando suas capas. Seja num mundo sombrio e realista, seja num universo compartilhado colorido e vibrante, vivemos o sonho nerd e gibizeiro que sempre sonhamos em viver. Essas histórias viraram um próprio subgênero, alguns diziam que seria como o novo faroeste, mas a verdade é que durou muito tempo – e ainda dura, por mais discreta e amena que essa febre tenha virado.

    E, ao longo desse tempo, surgiu a necessidade de explorar novos tons e possibilidades pra esses símbolos da era moderna. Brincar e mesclar com outros gêneros e abordagens. Foi nesse ambiente fértil que Coringa (2019) nasceu. Um filme com um olhar revigorante sobre muito provavelmente o maior vilão do universo dos quadrinhos e com uma proposta +18. Coringa foi um sucesso de público e crítica, por mais controverso que tenha sido, com atuação marcante de Joaquin Phoenix.

    E por mais redondo que um filme seja, em Hollywood, você nunca pode considerar um ponto final – principalmente quando temos um sucesso… E quando o diretor Todd Phillips cedeu a pressão da Warner e decidiu fazer uma continuação pra Coringa, ele foi além. Definiu que o filme teria a presença de Harley Quinn (importante personagem da DC atual), teria Lady Gaga e seria um musical. Um plano audacioso, que poderia dar muito certo ou muito errado. Mas como não dar o benefício da dúvida pra quem acertou tão bem?

    Coringa: Delírio a Dois até tem uma boa discussão de plano de fundo quando nos faz repensar o quanto amamos o Coringa, mas se perde em suas próprias propostas de transitar entre gêneros.

    Em Coringa: Delírio a Dois voltamos a acompanhar Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), tempos depois de seu atentado televisionado no programa de Murray Franklin (Robert de Niro, presente apenas em citações na sequência). Vivendo uma vida pacata no Arkham antes de seu julgamento, tudo muda ao conhecer Lee Quinzel (Lady Gaga, Stefani Germanotta para os íntimos), que o faz conhecer o amor e relembrar dos bons tempos onde era um Príncipe Palhaço respeitado.

    O filme se resume em uma palavra: frustração. E aqui, a frustração permeia os diferentes campos do longa. Ela está na história que vamos acompanhar. Ela está presente na narrativa – é o que o diretor Todd Phillips quer despertar em nós, espectadores. E ela está presente fora das telas, nos atingindo – seja por causa da proposta do filme em si como pelo resultado que o filme alcança. Ou seja, o filme nos frustra de forma intencional e também por falha, por não conseguir desenvolver muito do que se propõe fazer.

    A começar, vamos pensar na trama e no roteiro que Coringa: Delírio a Dois entrega. Somos convidados a ver a continuação da vida de Fleck após o seu auge, após ser eleito pelo povo ressentido de Gotham como um símbolo de… alguma coisa. Anarquia, violência, vingança, ódio aos super-ricos, fúria incel, escolha o seu. Nós acompanhamos a sua trajetória de evolução ou metástase até se tornar o mal encarnado. Mas aqui nesta continuação nós não vemos uma continuação direta disso.

    Nós encontramos um Arthur Fleck quebrado e sem vontade, sem propósito, que tem que fazer quase a mesma jornada do filme anterior para reconquistar esse lugar de poder – para, com o tempo, abnegar a isso também. E aqui nasce o sentimento de frustração que atinge todos dentro e fora das cenas. Porque, afinal, nós queremos o Coringa e o que ele representa, o “grande mal”. E Todd Phillips não quer nos entregar isso. O diretor retorna o comentário sobre doentes mentais e sobre nossa ânsia pela violência nunca nos mostrando, de fato, o que queremos ver. Em certo momento, já prevendo o cansaço do público, Phillips coloca uma fala na boca de Lee. “Vamos entregar pras pessoas o que elas querem”. Aqui é Phillips cutucando o público e crítica, se certificando que entendemos que ele está fazendo uma piada com nossa hipocrisia.

    Quando Coringa saiu em 2019, tivemos diferentes reações. Tivemos uma parte em polvorosa, afirmando que o filme era inadequado e que poderia causar mortes, despertar vontades homicidas, como uma espécie de Os Sofrimentos do Jovem Werther pra psicopatas. Outra parte colocou o personagem num pedestal, o glorificando – ou reclamando da adaptação porque já tinham uma visão apaixonada do personagem, que era um vilão charmoso e poderoso e não uma pessoa doente, um “louquinho de praça”, uma vítima da sociedade.

    E essa será a jornada de Fleck. Ele vai repensar os títulos que querem atribuir a ele. Nessa trajetória, que é de um filme de romance, o personagem vai se perguntar se de fato está sendo visto. Não como Coringa, mas como Arthur Fleck. E vai se questionar se Arthur Fleck, o humano, o ser complexo, é amado por alguém. Porque, do primeiro ao segundo filme, essa será a questão principal do personagem. Amor. Quem é Arthur Fleck? Alguém sabe, de fato? Alguém se importa? Alguém consegue amar Arthur Fleck? É uma visão trágica sobre esse personagem.

    E isso se estende pra nós, na vida real. Nós vamos ser provocados a não nos importar com Arthur Fleck. Nós vamos pro cinema querendo ver o Coringa. Inclusive aqueles que se incomodam com a violência. Aqueles que dizem que uma obra de arte tem de ser limitada e ser culpabilizada pelas ações violentas de alguém, mas que estão no cinema esperando o sangue jorrar da tela (crítica similar a que Michael Haneke já fez de forma primorosa em Violência Gratuita, por exemplo). E também aqueles que glorificam este tipo de personagem, que o utilizam de forma catártica, que se apoderam de forma obsessiva do que ele representa, como uma tábua de salvação. Nós que queremos ver o mal, queremos ver um adolescente sendo morto a golpes de pé-de-cabra, uma mulher levando um tiro na bacia, uma balsa cheia de inocentes explodindo. Que queremos ver o true crime da semana, o político insensível, o noticiário sensacionalista. Nós queremos violência e nos frustramos quando não temos um símbolo para espelhar nossas próprias trevas e ficamos irritados se Fleck não sobe nesse placo que nós mesmos montamos.

    Percebe como esse é um ponto de vista muitíssimo interessante? É uma escolha ousada que não se apega ao sucesso do primeiro filme e nem toma o caminho fácil pra uma sequência que agrade, mas que traz novamente uma abordagem desconfortável pro espectador e muito revigorante quando pensamos no público que o filme irá atingir: o espectador médio que espera ver um filme de super-herói, que tenha gostado do anterior e/ou que tenha a Lady Gaga no elenco. E este filme não é isso e não vai entregar nada que se espera dele – inclusive, esse filme abandona o subgênero de super-herói de vez pra ser um drama musical. Mas mesmo com um subtexto tão interessante, talvez Phillips tenha se perdido na pessoalidade nessa resposta sobre os feedbacks do 1º Coringa. E, talvez, tenha perdido o foco nas coisas mais importantes, o que dá a impressão que esse filme não tem um propósito ou discussão e, se tem, acaba se confundindo na própria realização.

    O sentimento geral de Coringa: Delírio a Dois é que ele é interessante e corajoso em tudo que se propõe a fazer, mas sóbrio e seguro demais na realização. A começar, pela escolha de ser um musical. Infelizmente, o gênero sofre muito preconceito e as pessoas já predispõem que estes filmes são chatos, mesmo tendo pouca ou nenhuma experiência com musicais. Quando anunciado que Coringa 2 seria um deles, muitos já consideraram que seria um fracasso. A verdade é que trazer esta história pela ótica musical é uma escolha muito interessante e que dava muitas possibilidades. A justificativa construída no roteiro para isso, inclusive, é muito boa e tem coerência. O problema são as sequências em si. Todd Phillips não tem êxito na construção. Elas são muito enfadonhas, pouco inspiradas, sem repertório. É como se o filme tivesse vergonha de ir fundo na proposta, tentando ficar no meio caminho pra não desagradar o espectador. E aí não é uma coisa, nem outra. Não agrada quem não gosta de musicais e ainda perde o espectador que gosta ou pelo menos que está aberto pra experiência. E ainda colabora na manutenção do pensamento do espectador que tem repulsa ao gênero – porque, de fato, a maior parte das sequências musicais de Coringa: Delírio a Dois são chatas, enfadonhas e somente cantoria por cantoria.

    Coringa: Delírio a Dois acerta em algumas sequências musicais onde ousa mais, porém, de forma geral, não tem coragem de comprar sua própria proposta.

    E é um desperdício triste. Tinha muito potencial aqui pra ser explorado. A música entra como um elemento que reflete a loucura e o amor (que não deixa de ser uma espécie de loucura também, sabemos bem). São os momentos de ruptura entre a realidade e a fantasia. Mas nunca são loucas o suficiente. Propõe pouco. A maioria delas são minutos longos de takes no rosto de Phoenix e Gaga cantando. Não existem coreografias ou cenários diferentes, poucas músicas propõem algo de novo. É bem verdade que existe uma progressão destas sequências durante o filme, começando mais tímido e se intensificando, mas ainda é muito discreto. Não se há uma boa pesquisa das possibilidades. Não só pela encenação em si, mas pela parte musical. É tudo muito certinho. As músicas, as sonoridades, os ritmos, não condizem com a proposta de ser uma ponte pra insanidade.

    As músicas, já existentes, também não traduzem tão bem essa realidade e mundo interno dos personagens. Por que não músicas autorais, ainda mais se você tem a Lady Gaga no projeto? Poderia ter se chegado a um resultado melhor. Tanto que nenhuma música fica com o espectador após o fim do filme – somente as excelentes trilhas que já foram feitas por Hildur Gudnadottir para o filme anterior e That’s Life, que são repetidas diversas vezes e de diferentes formas. Em Coringa, há uma investigação entre Phillips e Phoenix sobre como o corpo desse personagem dança. Por quê não houve aqui também sobre como é a música e o canto que ele produz? O quão disfuncional ele é? Quais são os sons que essa mente produz? Como são os visuais que essa mente doente vê? O filme abre com uma sequência em desenho animado, prestando homenagem aos Looney Tunes e a Merrie Melodies, assim como ao passado musical da Warner. É algo muito bom pra causar o estranhamento no espectador e refletir essa fantasia em que Arthur vive mas, sem ter o apoio no resto do filme, parece um trecho deslocado e que só deixa tudo que veremos ainda mais “consciente” demais.

    A direção de Phillips, de forma geral, não oferece muito de novo. Existe um ganho na utilização de razão de aspecto do IMAX. Enquanto no primeiro filme não se tem uma grande justificativa pro uso do formato além de aumentar o ticket médio do ingresso pro box office, em Coringa: Delírio a Dois estes momentos de tela completa são reservados para as cenas onde a música aparece. Isso ajuda o espectador a compreender que aqueles momentos são fantasia, momentos de ruptura de Arthur com o real. Phillips também busca usar planos mais longos, acompanhando personagens pelos cenários e trazendo sentimentos como tédio, felicidade, confusão.

    Também constrói com Lawrence Sher (Se Beber Não Case, Cães de Guerra) uma fotografia interessante, com bons jogos de luz e sombra e uma evolução do colorido. Começando com o frio do azul/cinza e migrando para cores quentes através do amarelo até chegar no vermelho característico e tons vibrantes do Coringa, acompanhamos visualmente Arthur saindo da apatia até reassumir sua persona. Outra escolha que nos ajuda a embarcar nessa jornada do personagem é colocar Fleck durante esta fase inicial do filme sempre no lado esquerdo da tela (o lado mais fraco da imagem, que reforça sua fraqueza e inofensividade)

    Porém, de forma geral, Todd Phillips não cria composições interessantes (especialmente nas sequencias musicais) e exagera nas referências e rimas visuais ao filme anterior. Apesar disso conversar com sua intenção de confrontar o público sobre o antigo projeto, o excesso cansa e dá a sensação de repetição de ideias ou autoindulgência.

    Mas, talvez, a grande piada sem graça de Coringa: Delírio a Dois seja seu roteiro. Ele não consegue expor bem as ideias de Phillips. Ou Phillips não consegue expor bem suas ideias, já que assina o roteiro com Scott Silver (O Vencedor, 8 Mile). E isso influencia muito na experiência do espectador. É um romance que não funciona, nem pra construir nem pra descontruir o amor. Um drama de tribunal desinteressante. Um estudo de personagem muito raso, que passa longe do que o anterior consegue entregar pra Phoenix trabalhar. Por mais que a espinha do filme seja fazer esta crítica a figura do próprio Coringa e do peso que ela tem dentro e fora da ficção através de rupturas de delírio, é preciso entregar algo sólido narrativamente para que o espectador se guie. Coringa: Delírio a Dois parece, a todo instante, um gozo interrompido, seja cortado pelas sequências musicais e/ou musicadas, seja por sempre interromper o avanço da história e/ou momentos de tomadas de ação do seu protagonista. O projeto é uma sucessão de piadas sem punchline, como as que o próprio Arthur Fleck conta. E o saldo final é esse: Coringa: Delírio a Dois é um filme chato. Entediante, que nos perde ao longo do seu também enfadonho tempo de duração. É um filme difícil de assistir – e não porque nos provoca ou nos desconforta, mas só porque consegue nos perder pelo caminho. E todo seu 3º ato é… algo feito pra comover, chocar, irritar, constranger o espectador.

    Mesmo com todo o aspecto técnico pra criação deste universo e ambientação ainda sendo bem executado, parece ser inferior ao já criado anteriormente em Coringa. Mais uma vez temos um design de produção competente que traz a bruteza e hostilidade de Gotham e de seus aparelhos públicos, mas que parece reduzido, limitado a poucos lugares e que fazem a cidade parecer menor. E logo neste, em que se pede que o público entenda o impacto da imagem de Fleck nos cidadãos e o tamanho da comoção que o Coringa causa, não entendemos exatamente a dimensão de Gotham City. Montagem e Figurino, porém, realizam um grande trabalho, sendo este último o aspecto técnico que melhor consegue aproveitar o que foi construído anteriormente e expandindo. De forma geral, o filme é competente em criar novamente uma atmosfera urbana, violenta e perversa, influência fundamental para o nascimento e idolatria do Coringa.

    Coringa: Delírio a Dois retoma muito seus aspectos técnicos cnstruídos anteriormente, com destaque pra fotografia, design de produção e figurino.

    Um dos grandes pontos positivos do filme está no retorno de Phoenix. Se sua construção já era interessante, aqui ele consegue ir um pouco mais além. Diga-se de passagem, o mérito é mais do ator, já que o roteiro não entrega tanto quanto entregou anteriormente. Mas ainda assim, o conflito que se estabelece no personagem, em especial do fim do 2° ato para a frente, possibilita que Phoenix crie camadas complexas de sentimentos e conseguimos até acompanhar os pensamentos e dúvidas de Arthur.

    A fisicalidade que o papel exige também retorna, somado ao peso da passagem de tempo e de uma rotina pesada da vida encarcerada. O personagem ficou mais torto e debilitado e podemos notar isso visivelmente. Porém, a maior dificuldade acrescentada ao ator são as sequências de canto e dança. Em especial, nas canções. Phoenix varia entre a voz de Fleck e a voz de Coringa de acordo com que pede cada música, trazendo variações de tom, afinação e intensidade.

    Já Lady Gaga vai sofrer com a expectativa do público. Ela não aparece tanto quanto esperam de alguém que atrai os holofotes que ela atrai. A trajetória de Lee é mais sutil e contida, tendo mais momentos em cena dentro das canções – que sabemos não ser problema pra diva pop. O problema é quando Gaga troca a Poker Face pela Joker Face. Sem problemas com sua atuação, ela entrega o que o projeto precisa assim como os outros grandes nomes do elenco, mas Harley Quinn em Coringa: Delírio a Dois tem menos participação na história e mais importância simbólica. Ela não é a Arlequina, ela é uma proto-Arlequina. Phillips quer que Harley e sua obsessão representem a nós, espectadores e fãs do Coringa. Ao fim do filme, faça o exercício de revisitar a trajetória da personagem, seus diálogos e seus objetivos. Ela é você. Agora escolha vestir esta carapuça ou não.

    Enfim…

    Coringa: Delírio a Dois é um filme que, no papel, é mais interessante do que na realidade. E talvez justamente por se prender muito na realidade e na sobriedade, tendo medo de comprar suas próprias propostas. Phillips erra na direção e no roteiro quando sai de seu lugar de conforto, principalmente nas sequências musicais e/ou musicadas. Coringa 2 abandona de vez o subgênero de super-heróis e flerta com muitos outros gêneros, mas acaba não tendo competência em realizá-los bem. O filme, porém, é uma agradável revisita ao universo e visual construído em seu antecessor, em 2019, e com mais uma grande atuação de Joaquin Phoenix.

    O mais interessante em Coringa: Delírio a Dois é justamente o que fará ele ser tão odiado. Ele tem coragem de ousar e enfrentar seu público – provocar mesmo. Por mais que ele falhe em desenvolver isso com eficiência, a crítica está lá. O filme está nos chamando de hipócritas por nos importarmos mais com o Coringa, com o “mal”, do que com Arthur Fleck, o “sintoma”. Estamos mais preocupados nos circos sensacionalistas e na catarse que temos ao nos deparar com a violência do que com a resolução, a reabilitação, ao puro e simplesmente ocaso e trágico humano. Usamos da fantasia para nos dopar e fugir, como um espelho sempre virado pra fora, mas nunca pra dentro de nós mesmos. Queremos um símbolo que expurgue nosso mal e, quando não o temos, quem paga por isso é Arthur Fleck. Naum, capítulo 3, versículo 6. “Lançarei sobre ti imundícies e te tratarei com desprezo. E farei de ti um espetáculo, um exemplo para todos”.

    No fim, Coringa: Delírio a Dois é uma tentativa que mais tropeça do que caminha (ou dança). Porém, é sempre bom ver filmes que atingem tantas pessoas tirarem o público do lugar de conforto, de passividade, de apenas assistir por assistir. E, no fim, de quem é aquela última risada? Se você fica irritado ou provocado com qualquer obra de arte, sempre se dê o direito de repensar. Talvez ela tenha te atingido em cheio. E, talvez, a piada seja você – você só não pegou a punchline ainda.

    NOTA: 3/5

     

     

     

     

    Mulher-Maravilha tem sua maior inimiga transformada em interesse amoroso

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    A Mulher-Maravilha já teve alguns interesses amorosos durante as décadas e a edição Wonder Woman #10 certamente trouxe uma surpresa para todos.

    Mulher-Maravilha e Mulher-Leopardo admitem que passaram boa parte de suas vidas se odiando e o resto se amando.

    Wonder Woman #10, de Tom King e Daniel Sampere, continua com o Soberano tentando quebrar Diana por meio de vários métodos de força. Nesta edição, ele a joga em uma ilha isolada com sua maior inimiga, Mulher-Leopardo, esperando que a icônica vilã da Mulher-Maravilha lute até que apenas uma permaneça de pé — e elas lutam.

    No entanto, a história toma um rumo inesperado. Enquanto Barbara sufoca Diana na praia, ela exige saber como a heroína se sente sobre ela, esperando ouvir “raiva” ou “desprezo”. Em vez disso, a Mulher-Maravilha engasga que sente “esperança” e “amor” por Barbara antes de desmaiar. Este momento desencadeia uma série de interações entre as duas.

    Depois de desmaiar, Diana acorda e encontra uma fogueira e uma Mulher-Leopardo que não está mais tentando matá-la. Ao redor da fogueira, os temas de “mulheres que amam mulheres” dessa narrativa realmente começam a surgir. As duas se acomodam para uma conversa franca, com Barbara descansando a cabeça no ombro de Diana e a Amazona pegando sua mão enquanto discutem a luta atual da Mulher-Maravilha contra o Soberano e um mundo voltado contra ela. Durante a conversa, Diana fica na defensiva sobre as perguntas de Mulher-Leopardo, dizendo: “Você acha que me conhece?” ao que Mulher-Leopardo responde: “Eu sou a única que conhece você.”

    Essa afirmação ousada quebra as últimas barreiras da Mulher-Maravilha, e a Guerreira Amazona começa a chorar — algo inédito para Diana, especialmente na frente dos outros. Enquanto chora, Diana admite o quão difícil tem sido “lutar contra todos”. Tentando esconder suas lágrimas, ela afirma que precisa permanecer forte. Nesse ponto, Mulher-Leopardo pega a Mulher-Maravilha em seus braços, abraçando-a forte e dizendo que ela não precisa ser forte perto dela. Esse momento emocionalmente carregado culmina com ambas as mulheres admitindo que passaram grande parte de suas vidas se odiando e o resto se amando.

    [Via: Screen Rant]

    Michael Zulli, artista de Sandman, faleceu aos 71 anos

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    Michael Zulli , escritor de histórias em quadrinhos, artista e editor conhecido por seu trabalho como ilustrador de animais e vida selvagem e por seu trabalho em “Sandman” com o escritor Neil Gaiman, onde cocriou o imortal Hob Gadling, faleceu no dia 8 de julho, aos 71 anos.

    Zulli entrou na indústria de histórias em quadrinhos um pouco mais tarde na vida, frequentemente brincando que “nasceu nos anos cinquenta, sobreviveu aos anos sessenta e passou a maior parte dos anos setenta se recuperando”. Ele iniciou sua carreira com a série independente “Puma Blues”, escrita por Stephen Murphy, que foi originalmente publicada por Dave Sim, antes de se mudar para a Mirage Studios alguns anos depois.

    Michael Zulli monstro do pantano

    Ele ilustrou a edição nunca publicada de “Swamp Thing” da DC Comics, escrita por Rick Veitch, onde o viajante do tempo Swamp Thing encontra Jesus Cristo e se transforma na cruz em que ele é crucificado. Zulli também desenhou a série de histórias em quadrinhos “Sweeney Todd”, escrita por Neil Gaiman, para a antologia “Taboo” de Steve Bissette, embora esta obra tenha permanecido incompleta. Além disso, ele colaborou com Neil Gaiman em “Sandman”, cocriando o personagem Hob Gadling e ilustrando o arco final, “The Wake”.

    Ele continuou sua colaboração com Neil Gaiman em “The Last Temptation”, de Alice Cooper, e também desenhou títulos da Vertigo como “Winter’s Edge”, “Witchcraft: La Terreur”, “Sandman Presents: Love Street” e a série “Shade”, derivada de “Starman”. Além disso, Zulli trabalhou em “Delicate Creatures”, “Grendel”, “Creatures of the Night”, “Tales of Spider-Man”, “Star Wars Tales”, “Longshot: Fools”, “Batman: No Man’s Land”, “The Facts in the Case of the Departure of Miss Finch” e “The Fracture of the Universal Boy”, colaborando com editoras como Marvel, Dark Horse, DC e Image Comics.

    [VIA: CBR]

    “LGBTQIAP+” A verdadeira identidade secreta de nossa infância

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    Você, que está lendo este texto, caso se identificar com ele é porque provavelmente já se sentiu diferente de outras crianças na sua infância e hoje em dia se reconhece como uma pessoa LGBTQIA+.

    Enquanto os amigos brincavam e riam despreocupadamente, aposto que você se via em meio à fantasias onde era um feiticeiro poderoso, um super-herói com habilidades extraordinárias ou um mutante (para citar a concorrência), com uma identidade secreta.

    Tenho certeza que você acreditava que essas fantasias explicavam o sentimento constante de não pertencer, como se estivesse destinado a algo grandioso que ainda não havia se revelado.

    Também acredito que você sonhava que em algum momento, seus poderes se manifestariam, revelando sua verdadeira natureza e justificando essa sensação de deslocamento. A ideia de ter uma identidade secreta como um super-herói ou heroína lhe trazia conforto. Pensava que, talvez, aquele sentimento de diferença era apenas um sinal de algo incrível estava guardado ou não havia sido revelado.

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    Me corrija se eu estiver errado, mas todas suas respostas serão “SIM” para as próximas perguntas. A sensação de não pertencimento, ela era uma presença constante em sua vida? Já observou os outros interagirem com facilidade, enquanto se sentia como um espectador de fora, tentando entender onde exatamente se encaixava? Esse sentimento de ser diferente era, ao mesmo tempo, desconfortável e misteriosamente esperançoso? Acreditava que dentro de si havia algo incrível, algo especial, esperando para ser descoberto e trazer sentido?

    Quando crescemos, a realidade vai se desdobrando de uma forma inesperada. As diferenças que sentia não eram frutos de poderes mágicos ou habilidades sobre-humanas, mas algo igualmente significativo: a tal identidade secreta significava na verdade ser LGBT+. O sentimento de ser diferente era real, mas sua origem estava em outra esfera de sua vida e não podia ser justificada por grandes poderes escondidos.

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    Descobrir nossa verdadeira identidade é como encontrar a peça final de um quebra-cabeça que sua criança interior, mesmo sem saber, tentava resolver desde a infância. A sensação de deslocamento não era por ser um super-herói com uma identidade secreta; era simplesmente alguém com uma orientação sexual e identidade de gênero que não se encaixavam nas expectativas heteronormativas, identificando-se como alguém LGBTQIAP+.

    lgbt

    Com este texto, além de reforçar o 28 de junho, quero dizer que essa jornada não se encerra aí. A comunidade LGBT te acolhe e te celebra, te oferecendo um espaço seguro para ser quem você realmente é. Aqui, você encontrará apoio, amor e a oportunidade de viver uma vida autêntica e plena.

    A data de hoje faz referência a uma revolta ocorrida em 1969 na cidade de Nova York. Na ocasião, frequentadores do Stonewall Inn, um dos bares gays populares de Manhattan, reagiram a uma operação policial violenta, prática habitual do período. A resistência virou um marco do movimento LGBTQIA+ por direitos nos Estados Unidos (EUA) e passou a ser comemorada em muitos outros países, incluindo o Brasil, como o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. (Agência Brasil)

    Dead Boy Detectives terá diretores de outros programas da DC

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    The Dead Boy Detectives apareceram originalmente em Doom Patrol, onde os detetives são dois garotos tentando resolver mistérios sobrenaturais.

    Criada pela primeira vez por Neil Gaiman, os personagens são fantasmas voltando do Inferno após um evento cataclísmico, apenas para permanecer na Terra para resolver crimes juntos como detetives particulares devido a assistir a muitos filmes de detetive. Embora os meninos apareçam apenas por um curto período de tempo em Doom Patrol, eles chamaram a atenção dos executivos da HBO e ganharam uma série própria.

    Steve Yockey, o showrunner de Dead Boy Detectives, anunciou por meio do Twitter a lista dos diretores do projeto, incluindo Lee Toland Krieger (Superman & Lois), Glen Winter (Arrow), Cheryl Dunye (The Umbrella Academy), Andi Armaganian (The Flash), Amanda Tapping (Batwoman), Pete Chatmon (Black-ish) e Richard Speight (The Winchesters). Com sete diretores, espera-se que um repita ao longo da temporada de oito episódios. Confira o tweet de Yockey abaixo:

    Além dos diretores, algumas adições no elenco já foram confirmadas, leia AQUI.

    Via: [Screen Rant]

    Tudo o que você precisa saber antes de assistir Garotos Mortos Detetives

    Garotos Mortos Detetives estão ao seus serviços!

    Nesta quinta-feira, dia 25, chega na Netflix a série Garotos Mortos Detetives, produção sobrenatural derivada do universo de Sandman, baseado nos personagens de mesmo nome criados por Neil Gaiman e Matt Wagner.

    Os detetives sobrenaturais fizeram sua primeira aparição na edição de número #25 da HQ Sandman, em 1997, durante o arco “Estação das Brumas”. Onde, após conseguirem despistar a Morte, os atrevidos moribundos decidem permanecer na terra, resolvendo mistérios sobrenaturais pelo caminho.

    Crystal Palace, a integrante viva da equipe, só veio dá as caras em 2014, criada por Toby Litt e Mark Buckingham. Uma jovem medium e filha de artistas de fama global, possuindo conexões com o mistério reino fantasma netherland.

    Produção 

    A série foi originalmente pensada como um spin-off de Patrulha do Destino, encomendada pelo, até então serviço de streaming da HBO Max. Contudo, em 2023, a produção foi transferida para a Netflix devido a sua incompatibilidade com os planos dos co-CEOs do DC Studios, James Gunn e Peter Safran.

    Steve Yockey (The Flight Attendant) assina o roteiro do piloto, atuando como produtor executivo e co-showrunner da série, ao lado de Beth Schwartz (Sweet Tooth).

    Contando ainda com a produção de Neil Gaiman, Jeremy Carver (Patrulha do Destino), Greg Berlanti (Justiça Jovem), Sarah Schechter (O Mundo Sombrio de Sabrina) e David Madden (Superman & Lois).

    Elenco

    A produção é estrelada pela dupla George Rexstrew e Jayden Revri como os detetives moribundos Edwin Paine e Charles Rowland. Além de Kassius Nelson como a médium Crystal Palace e Yuyu Kitamura como a nova integrante da agência, Niko Sasaki.

    Pôsteres oficiais dos personagens de Garotos Mortos Detetives
    Pôsteres oficiais dos personagens de Garotos Mortos Detetives

    O elenco oficial da produção ainda conta com:

    • Briana Cuoco como Jenny, a açougueira;
    • Ruth Connell como Night Nurse;
    • Jenn Lyon como Esther – A Bruxa;
    • Michael Beach como Tragic Mick;
    • Lukas Gage como o traiçoeiro Cat King;
    • Joshua Colley como Monty;
    • Lindsey Gort como Maxine;
    • Caitlin Reilly como Lily;
    • Max Jenkins como Kingham;
    • David Iacono como David – O Demônio.

    Trama e Episódios

    A série terá 08 episódios, originalmente idealizada para a Max, conta a história de dois fantasmas originários do universo de Sandman, que recusam a morte e decidem passar sua pós-vida resolvendo casos sobrenaturais, com o apoio de sua melhor amiga mortal. Confira a sinopse e a lista de episódios oficial:

    “Uma nova visão de histórias de fantasmas que explora a perda, o luto e a morte através das lentes de Edwin Payne e Charles Rowland (Jayden Revri), dois adolescentes britânicos mortos e sua amiga muito viva, Crystal Palace. Então, é muito parecido com uma série de detetives vintage – só que mais sombria e ácida.”

    Episodio 1: The Case of Crystal Palace (O Caso de Crystal Palace, em livre tradução)

    Sinopse: “Após decidirem ajudar uma adolescente médium com um dilema demoníaco, Edwin e Charles vão à América para encontrar uma garota desaparecida com a ajuda de um aliado inesperado.”

    Episodio 2: The Case of The Dandelion Shrine (O Caso do Santuário Dente-de-Leão, em livre tradução)

    Sinopse: “Presos em uma Washington sonolenta, os detetives assumem um caso local: ajudar a colega de quarto de Crystal, Niko, a se livrar de seus parasitas sobrenaturais.”

    Episodio 3: The Case of The Devlin House (O Caso da Casa Devlin, em livre tradução)

    Sinopse: “Dentro de uma casa assombrada, o grupo tenta libertar uma família de espíritos de um loop infernal. Mas, ao fazerem isso, acabam causando um sentimento de déja vu para um dos detetives.”

    Episódio 4: The Case of the Lighthouse Leapers (O Caso dos Saltadores do Farol, em livre tradução)

    Sinopse: “A gangue investiga uma série de mortes em um farol. Crystal ouve uma voz distinta enquanto tenta juntar as peças desse mistério.”

    Episódio 5: The Case of the Two Dead Dragons (O Caso dos Dois Dragões Mortos, em livre tradução)

    Sinopse: “Enquanto Crystal, Edwin e Charles investigam o assassinato trágico de dois atletas, Niko arruma um encontro entre Jenny e seus admiradores secretos em um encontro.”

    Episódio 6: The Case of the Creeping Florest (O Caso da Floresta Rastejante, em livre tradução)

    Sinopse: “Uma crise força Crystal a improvisar no trabalho. Monty recruta os meninos para encontrar um amigo desaparecido – mas esse caso não é o que aparenta ser.”

    Episódio 7: The Case of the Very Long Stairway (O caso da Escadaria Muito Longa, em livre tradução)

    Sinopse: “Quando Edwin entra numa situação apavorante, Charles precisa confiar nas anotações meticulosas de seu melhor amigo para encontrá-lo. Crystal confronta seu ex.”

    Episódio 8: The Case of the Hungry Snake (O Caso da Cobra Faminta, em livre tradução)

    Sinopse: “Quando suas memórias retornam, Crystal se lembra do passado. Com o esquema maligno de Esther em andamento, o grupo é forçado a enfrentar seu inimigo mais formidável até então.”

    Todos os episódios de Garotos Mortos Detetives tem previsão de estreia oficial para o dia 25 de abril na Netflix.

    Descubra 6 animações da DC que merecem um revival

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    Antes mesmo dos super-heróis ganharem popularidade no cinema, eles já brilhavam nas animações e muitas delas marcaram gerações. Neste texto cito 5 delas que mereciam uma continuação.

    1-Batman do Futuro (1999- 2001, 52 episódios)

    “Batman do Futuro” (Batman Beyond, no original) é uma série de animação que se passa no futuro do universo do Batman, produzida pela Warner Bros. Animation e teve um total de três temporadas.

    Animação Batman do Futuro

    A trama de “Batman do Futuro” se passa em Gotham City em um futuro distante, onde Bruce Wayne, o Batman original, está aposentado devido à idade avançada. O protagonista, Terry McGinnis, é um adolescente que acaba se tornando o novo Batman após descobrir a identidade secreta de Bruce e assumir o manto do Cavaleiro das Trevas.

    Terry assume o papel de Batman com um traje avançado e tecnologicamente equipado, fornecido por Bruce Wayne. Ele luta contra o crime em uma Gotham City futurista, lidando com novos vilões e desafios enquanto tenta honrar o legado do Batman original.

    2-Super Choque (2000- 2004, 52 episódios)

    “Super Choque” (Static Shock, no original) é uma série de animação baseada no personagem da DC Comics, Static, criado por Dwayne McDuffie e John Paul Leon. A série foi produzida pela Warner Bros. Animation e foi ao ar de 2000 a 2004, com um total de quatro temporadas.

    Animação Super Choque

    A trama de “Super Choque” acompanha Virgil Hawkins, um adolescente afro-americano que, após ser exposto a um gás misterioso durante um confronto entre gangues, adquire superpoderes eletromagnéticos. Ele decide usar seus novos poderes para combater o crime e proteger sua cidade, Dakota, como o herói conhecido como Super Choque.

    Ao longo da série, Super Choque enfrenta uma variedade de vilões, muitos dos quais também adquiriram superpoderes devido à mesma exposição ao gás. Ele também lida com questões do cotidiano de um adolescente, como amizades, escola e família, adicionando uma camada de realismo e empatia à narrativa.

    3- Superman: A Série Animada (1996- 2000, 54 episódios)

    Superman: A Série Animada é uma reverência às clássicas aventuras do super-herói, apresentando um estilo visual inspirado no aclamado desenho do Batman, lançado quase simultaneamente.

    A série acompanha as jornadas do Homem de Aço de forma fiel aos quadrinhos, explorando sua vida dupla e confrontos cósmicos contra seus mais icônicos vilões. Além disso, o programa se destaca pelas participações especiais de diversos outros heróis, como Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Senhor Destino.

    4-Batman: A Série Animada (1992- 1995, 85 episódios)

    Batman: A Série Animada é frequentemente considerada a melhor adaptação do Cavaleiro das Trevas, e desempenhou um papel crucial, ao lado dos filmes de Tim Burton, na ressurgência da popularidade do Batman entre o público em geral. Com narrativas cativantes e uma animação impressionante para sua época, a série tornou-se um marco, contribuindo significativamente para a “batmania” que perdura até hoje. Além disso, introduziu elementos icônicos na mitologia do herói, como a personagem Arlequina.

    Sob a liderança de Bruce Timm, responsável também por Superman: A Série Animada e Liga da Justiça, o desenho conseguiu capturar um tom sombrio e fiel aos quadrinhos, ao mesmo tempo em que apresentava um estilo único. Outra conquista notável da série foi a escolha das vozes definitivas do Batman e do Coringa, com Kevin Conroy e Mark Hamill, respectivamente, bem como a contribuição para a consagração da trilha sonora de Danny Elfman.

    5- Liga da Justiça e Liga da Justiça: Sem Limites (2001- 2006, 91 episódios)

    Liga da Justiça é um spin-off das séries do Superman e do Batman, que reúne os maiores heróis da DC Comics, adaptando histórias diretamente dos quadrinhos. Com um elenco composto por Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Caçador de Marte e Mulher-Gavião, a animação foi um grande sucesso, introduzindo o grupo a uma nova legião de fãs ao redor do mundo.

    animações Liga da Justiça Sem Limites

    Após duas temporadas, o desenho foi renovado como Liga da Justiça Sem Limites, expandindo o elenco para incluir ainda mais heróis e vilões do universo DC Comics.

    6- Projeto Zeta (2001-2002, 26 episódios)

    Algumas pessoas podem não lembrar, mas Projeto Zeta era ambientado no mesmo universo de Batman do Futuro, tendo até mesmo crossovers com o herói de Gotham.

    A animação foca na jornada de Zeta, um sintozóide assassino controlado pela NSA para missões de infiltração e extermínio. No entanto, Zeta desenvolve uma consciência própria e foge da agência em busca de respostas sobre sua criação e sua recém-descoberta humanidade, junto com seu criador, Dr. Selig. Durante sua jornada, Zeta encontra Rosalie Rowan, que se torna sua parceira nas fugas e na busca pelo cientista.

    BÔNUS- SuperAmigos (1973-1986,109 episódios)

    Enquanto isso na Sala de Justiça…

    SuperAmigos é uma animação clássica de super-heróis produzida pela Hanna-Barbera que foi ao ar entre 1973 e 1986. A série era conhecida por reunir alguns dos personagens mais icônicos da DC Comics, como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman.

    A animação era popular por sua abordagem mais leve e familiar em comparação com outras séries de super-heróis da época. Cada episódio apresentava os Superamigos enfrentando vilões, resolvendo problemas e ensinando lições de moral e segurança para as crianças.

    Second Coming, a HQ sobre Jesus Cristo cancelada pela DC

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    Em 2018, a DC anunciou uma HQ sobre Jesus Cristo, mas cancelou o projeto após pressão de religiosos.

    A história, intitulada Second Coming, apresentava Jesus Cristo se unindo a um herói semelhante ao Superman. O projeto gerou controvérsia entre ativistas cristãos, levando ao cancelamento das HQs antes do lançamento previsto para março de 2019.

    HQ sobre Jesus

    A decisão foi comunicada por e-mail aos compradores das primeiras edições. Uma petição contra a série acumulou mais de 235 mil assinaturas, acusando a DC de ser “ultrajante e blasfema”.

    A história aborda que Jesus tem um colega de quarto super-herói chamado Sunstar e descobre o modo como seu Evangelho foi recebido na Terra.

    Segundo o autor Mark Russell, a intenção era contar uma história sobre o poder, em particular sobre como a sociedade “fetichizou a violência física e a força como solução para todos os problemas”. Numa recente entrevista por telefone, ele disse que seu objetivo era “colocar um super-herói que comprou essa ideologia diante de alguém com uma abordagem completamente diferente. Cristo parecia o porta-estandarte natural dessa abordagem não-violenta ”

    Após o cancelamento, a série de quadrinhos ganhou uma segunda chance com a AHOY Comics nos EUA e conforme Russell:

    “Não é uma sátira de Cristo, mas de como seus seguidores nos últimos dois mil anos transformaram sua mensagem de perdão e empatia em poder e dominação, algo tão anti-cristão quanto se pode imaginar”