Renascimento | Review de Titãs Annual Vol.1

      Tempest está sozinho em um lugar vazio com várias câmaras e tuneis. Logo é encontrado por Wally West e Flash. Depois de uma breve conversa, Aquaman surge seguido por Asa Noturna. Em uma breve busca, os Flashes encontram Donna Troy e Mulher Maravilha numa discussão. Nas sombras, acompanhando tudo está o Batman. Quatro Titãs e quatro membros da Liga da Justiça, quatro pupilos e quatro mentores, presos em um lugar deserto e cheio de ameaças.

      É esse o inicio da trama de Titãs Annual #1, trazido pelos roteiros de Dan Abnett (veterano, escreve para DC desde 1997) e pelos desenhos do novato Minkyu Jung (artista sul-coreano graduado na Kubert School, tem aqui trabalhado exclusivamente para DC) essa história é uma boa exploração das relações entre dois grupos de heróis e seus membros.

      Dan Abnett apresenta uma história redonda, com começo, meio e fim bastante fluidos. O plot dos mentores e pupilos já foi explorado em várias histórias, mas é sempre um bom tema a se abordar. Nessa história em especifico é evidente que existe certa rivalidade entre eles, enquanto os mentores tem o ímpeto de proteger seus pupilos e pensar que eles ainda não são totalmente bons para serem independentes, o ex-protegidos tem aquela vontade de provar que eles são totalmente capazes de cuidar das próprias vidas e provar aos seus ex-protetores que são heróis e não meros parceiros mirins. Isso se reflete na busca pela liderança na história, logo assumida por um herói da Liga, mas sempre questionada por um heróis dos Titãs.

      Além disso, a relação entre os membros dos dois grupos é muito bem delineada, mostrando que enquanto os Titãs tem entre eles a amizade como aquilo que une o grupo, a Liga da Justiça tem o perfil do respeito mutuo. A Liga é vista como companheiros que se unem para realizar coisas, enquanto que os Titãs são amigos reunidos para enfrentar problemas. Toda a trama do Chave e do sequestro dos heróis serve apenas para trazer a tona essa relação, seus problemas e suas mágoas.

      Quanto à arte Minkyu Jung tem um traço bastante correto, limpo e com dinamismo. Os personagens são bem desenhados, com anatomia correta. Devido ao ambiente no qual a história se passa (um bunker deserto), incomoda um pouco a repetição de cenários, e até mesmo a falta deles em várias cenas. Muitos quadros de luta tem apenas a cena de luta e como fundo um efeito de luz ou um degradé escuro. Espero ver mais trabalho desse artista nos títulos regulares da DC futuramente.

      Conclusão: É uma HQ interessante, de leitura rápida e fluida com boas cenas de ação e com uma boa profundidade nas personalidades dos heróis, mas com um vilão e uma ameaça que só servem mesmo de pano de fundo.

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      Rodolfo Monteirohttps://terraverso.com.br
      Formado em Contabilidade, mas Nerd de coração e alma. Colecionador de gibis desde 1996, amante da DC desde Batman Returns. Sempre buscando conhecer mais sobre a nona arte!

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