O Esquadrão Suicida | Uma trama envolvente com personagens cativantes apresenta uma perspectiva promissora para a DC nos cinemas!

      Finalmente estamos próximos da estreia do filme “O Esquadrão Suicida” e tenho certeza que a expectativa de todos só aumenta. Assisti ao filme recentemente e trago neste texto uma análise sobre a produção dirigida por James Gunn e repleta de personagens lado A e lado B da DC.

      O primeiro detalhe importante sobre esse filme é que ele não é uma produção para a toda a família. Lembrando que o filme foi classificado no Brasil para maiores de 16 anos, por conter conteúdo sexual, violência extrema (e bota extrema nisso!) e linguagem imprópria. Então; tire as crianças da sala! Outro detalhe importante é; há uma cena pós-créditos. Então, não saia do cinema tão cedo!

      Dado os avisos vamos falar sobre o filme. Confesso que estava com uma expectativa bastante alta para assistir, visto que as críticas e avaliações que começaram a sair recentemente eram em sua esmagadora maioria positivas. E na minha memória é claro, havia a experiência de assistir ao “Esquadrão Suicida” em 2016. Um filme que prometeu MUITO, mas entregou POUCO.

      Agora, era a chance de ver um filme que bebe de fontes importantes dos quadrinhos, como a fase de John Ostrander a frente da equipe, nos anos 80. E aqui, um destaque sobre a escolha dos personagens. Em alguns momentos do filme me peguei pensando “MINHA NOSSA, MATARAM O/A XXXXXXXX, E AGORA?”…porque imagino que são personagens que podem ser revistados em outro momento. Não citarei seus nomes, mas preparem os lenços, pois poderá haver mortes que você como fã, irá se lamentar e muito.

      Mas, se a premissa do Esquadrão Suicida é ser SUICIDA (obviedades precisam ser ditas as vezes), isso é de fato levado a sério. Ele não é um filme que te deixará parado na cadeira por muito tempo. Você sentirá uma inquietação contínua sobre: quem morrerá? esse plano dará certo? porque ele (a) fez isso? onde estão esses personagens? São perguntas que há muito tempo, como fã da DC e de filmes do gênero, não sentia ao assistir.

      Sobre as atuações; Margot Robbie (Arlequina) e Idris Elba (Sanguinário) são os grandes destaques. Eles conseguem sustentar a trama de forma mágica, costurando as relações com os outros personagens muito bem. Além deles, há personagens que são bastante cativantes; Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior), Homem das Bolinhas (David Dastmalchian) e é claro, o Tubarão-Rei.

      Um destaque importante na trama são os avanços temporais, que joga o espectador em determinadas situações e momentos que explicam algo que já ocorreu. É como andar em uma estrada de tijolos amarelos coletando doces ao longo do caminho, e por vezes, voltar para pegar novos doces favoritos, que simplesmente surgem do nada. Um recurso bastante inteligente. O diretor James Gunn faz uso de muita violência gore, que aliada a comédia já característica dele, propõe uma fórmula perfeita para você se assustar e rir em um intervalo de poucos segundos. Tripas, sangue e alívio cômico na medida certa.

      Diferentes de outros filmes do gênero, essa produção possui uma trama bem definida. É uma ambientação política. E sobre isso, já havíamos comentado há um certo tempo -leia mais aqui-. Há um clima de guerra civil, golpe de estado e questões que ocorrem nos bastidores da Casa Branca. Como sempre nesses casos, os EUA envia a equipe da Força Tarefa X para colocar a sujeira para baixo do tapete. Definitivamente, toda missão do Esquadrão Suicida não deve ser um trabalho possível para a Liga da Justiça, e esse é mais um grande acerto do filme.

      Outro ponto importante a se destacar é que a trama não dialoga com produções anteriores do universo DC dos cinemas, funcionando de forma autônoma. Entretanto, há personagens que já participaram do primeiro filme, então, a história contada é como se fosse o volume 2 de uma nova graphic novel do Esquadrão.

      No geral, “O Esquadrão Suicida” se coloca entre os melhores filmes do DCEU, e que apresenta uma perspectiva clara de sequência com um futuro promissor. Há sim grandes possibilidades para que a trama avance. Lembrando que o Pacificador ganhará uma série na HBO Max, com estreia prevista para janeiro. Não se surpreenda se outros personagens também ganharem produções solo. Potencial com certeza há, basta explorar!

      Nota:

      52/52 – Excelente.

      Willyan Bertotto
      Publicitário. Diretor de Arte, Designer e Batmaníaco. Fã incondicional da DC Comics e pesquisador assíduo desse universo e todas as suas possibilidades de transformação.

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