Crítica Coringa: Delírio a Dois: A Frustração com o palhaço que tira a maquiagem

      Confira nossa crítica do filme “Coringa Delírio a Dois”!

      Já não faz tanto tempo assim, mas vivemos uma era de heróis. Saindo de todos os becos, voando por todos os lugares, balançando suas capas. Seja num mundo sombrio e realista, seja num universo compartilhado colorido e vibrante, vivemos o sonho nerd e gibizeiro que sempre sonhamos em viver. Essas histórias viraram um próprio subgênero, alguns diziam que seria como o novo faroeste, mas a verdade é que durou muito tempo – e ainda dura, por mais discreta e amena que essa febre tenha virado.

      E, ao longo desse tempo, surgiu a necessidade de explorar novos tons e possibilidades pra esses símbolos da era moderna. Brincar e mesclar com outros gêneros e abordagens. Foi nesse ambiente fértil que Coringa (2019) nasceu. Um filme com um olhar revigorante sobre muito provavelmente o maior vilão do universo dos quadrinhos e com uma proposta +18. Coringa foi um sucesso de público e crítica, por mais controverso que tenha sido, com atuação marcante de Joaquin Phoenix.

      E por mais redondo que um filme seja, em Hollywood, você nunca pode considerar um ponto final – principalmente quando temos um sucesso… E quando o diretor Todd Phillips cedeu a pressão da Warner e decidiu fazer uma continuação pra Coringa, ele foi além. Definiu que o filme teria a presença de Harley Quinn (importante personagem da DC atual), teria Lady Gaga e seria um musical. Um plano audacioso, que poderia dar muito certo ou muito errado. Mas como não dar o benefício da dúvida pra quem acertou tão bem?

      Coringa: Delírio a Dois até tem uma boa discussão de plano de fundo quando nos faz repensar o quanto amamos o Coringa, mas se perde em suas próprias propostas de transitar entre gêneros.

      Em Coringa: Delírio a Dois voltamos a acompanhar Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), tempos depois de seu atentado televisionado no programa de Murray Franklin (Robert de Niro, presente apenas em citações na sequência). Vivendo uma vida pacata no Arkham antes de seu julgamento, tudo muda ao conhecer Lee Quinzel (Lady Gaga, Stefani Germanotta para os íntimos), que o faz conhecer o amor e relembrar dos bons tempos onde era um Príncipe Palhaço respeitado.

      O filme se resume em uma palavra: frustração. E aqui, a frustração permeia os diferentes campos do longa. Ela está na história que vamos acompanhar. Ela está presente na narrativa – é o que o diretor Todd Phillips quer despertar em nós, espectadores. E ela está presente fora das telas, nos atingindo – seja por causa da proposta do filme em si como pelo resultado que o filme alcança. Ou seja, o filme nos frustra de forma intencional e também por falha, por não conseguir desenvolver muito do que se propõe fazer.

      A começar, vamos pensar na trama e no roteiro que Coringa: Delírio a Dois entrega. Somos convidados a ver a continuação da vida de Fleck após o seu auge, após ser eleito pelo povo ressentido de Gotham como um símbolo de… alguma coisa. Anarquia, violência, vingança, ódio aos super-ricos, fúria incel, escolha o seu. Nós acompanhamos a sua trajetória de evolução ou metástase até se tornar o mal encarnado. Mas aqui nesta continuação nós não vemos uma continuação direta disso.

      Nós encontramos um Arthur Fleck quebrado e sem vontade, sem propósito, que tem que fazer quase a mesma jornada do filme anterior para reconquistar esse lugar de poder – para, com o tempo, abnegar a isso também. E aqui nasce o sentimento de frustração que atinge todos dentro e fora das cenas. Porque, afinal, nós queremos o Coringa e o que ele representa, o “grande mal”. E Todd Phillips não quer nos entregar isso. O diretor retorna o comentário sobre doentes mentais e sobre nossa ânsia pela violência nunca nos mostrando, de fato, o que queremos ver. Em certo momento, já prevendo o cansaço do público, Phillips coloca uma fala na boca de Lee. “Vamos entregar pras pessoas o que elas querem”. Aqui é Phillips cutucando o público e crítica, se certificando que entendemos que ele está fazendo uma piada com nossa hipocrisia.

      Quando Coringa saiu em 2019, tivemos diferentes reações. Tivemos uma parte em polvorosa, afirmando que o filme era inadequado e que poderia causar mortes, despertar vontades homicidas, como uma espécie de Os Sofrimentos do Jovem Werther pra psicopatas. Outra parte colocou o personagem num pedestal, o glorificando – ou reclamando da adaptação porque já tinham uma visão apaixonada do personagem, que era um vilão charmoso e poderoso e não uma pessoa doente, um “louquinho de praça”, uma vítima da sociedade.

      E essa será a jornada de Fleck. Ele vai repensar os títulos que querem atribuir a ele. Nessa trajetória, que é de um filme de romance, o personagem vai se perguntar se de fato está sendo visto. Não como Coringa, mas como Arthur Fleck. E vai se questionar se Arthur Fleck, o humano, o ser complexo, é amado por alguém. Porque, do primeiro ao segundo filme, essa será a questão principal do personagem. Amor. Quem é Arthur Fleck? Alguém sabe, de fato? Alguém se importa? Alguém consegue amar Arthur Fleck? É uma visão trágica sobre esse personagem.

      E isso se estende pra nós, na vida real. Nós vamos ser provocados a não nos importar com Arthur Fleck. Nós vamos pro cinema querendo ver o Coringa. Inclusive aqueles que se incomodam com a violência. Aqueles que dizem que uma obra de arte tem de ser limitada e ser culpabilizada pelas ações violentas de alguém, mas que estão no cinema esperando o sangue jorrar da tela (crítica similar a que Michael Haneke já fez de forma primorosa em Violência Gratuita, por exemplo). E também aqueles que glorificam este tipo de personagem, que o utilizam de forma catártica, que se apoderam de forma obsessiva do que ele representa, como uma tábua de salvação. Nós que queremos ver o mal, queremos ver um adolescente sendo morto a golpes de pé-de-cabra, uma mulher levando um tiro na bacia, uma balsa cheia de inocentes explodindo. Que queremos ver o true crime da semana, o político insensível, o noticiário sensacionalista. Nós queremos violência e nos frustramos quando não temos um símbolo para espelhar nossas próprias trevas e ficamos irritados se Fleck não sobe nesse placo que nós mesmos montamos.

      Percebe como esse é um ponto de vista muitíssimo interessante? É uma escolha ousada que não se apega ao sucesso do primeiro filme e nem toma o caminho fácil pra uma sequência que agrade, mas que traz novamente uma abordagem desconfortável pro espectador e muito revigorante quando pensamos no público que o filme irá atingir: o espectador médio que espera ver um filme de super-herói, que tenha gostado do anterior e/ou que tenha a Lady Gaga no elenco. E este filme não é isso e não vai entregar nada que se espera dele – inclusive, esse filme abandona o subgênero de super-herói de vez pra ser um drama musical. Mas mesmo com um subtexto tão interessante, talvez Phillips tenha se perdido na pessoalidade nessa resposta sobre os feedbacks do 1º Coringa. E, talvez, tenha perdido o foco nas coisas mais importantes, o que dá a impressão que esse filme não tem um propósito ou discussão e, se tem, acaba se confundindo na própria realização.

      O sentimento geral de Coringa: Delírio a Dois é que ele é interessante e corajoso em tudo que se propõe a fazer, mas sóbrio e seguro demais na realização. A começar, pela escolha de ser um musical. Infelizmente, o gênero sofre muito preconceito e as pessoas já predispõem que estes filmes são chatos, mesmo tendo pouca ou nenhuma experiência com musicais. Quando anunciado que Coringa 2 seria um deles, muitos já consideraram que seria um fracasso. A verdade é que trazer esta história pela ótica musical é uma escolha muito interessante e que dava muitas possibilidades. A justificativa construída no roteiro para isso, inclusive, é muito boa e tem coerência. O problema são as sequências em si. Todd Phillips não tem êxito na construção. Elas são muito enfadonhas, pouco inspiradas, sem repertório. É como se o filme tivesse vergonha de ir fundo na proposta, tentando ficar no meio caminho pra não desagradar o espectador. E aí não é uma coisa, nem outra. Não agrada quem não gosta de musicais e ainda perde o espectador que gosta ou pelo menos que está aberto pra experiência. E ainda colabora na manutenção do pensamento do espectador que tem repulsa ao gênero – porque, de fato, a maior parte das sequências musicais de Coringa: Delírio a Dois são chatas, enfadonhas e somente cantoria por cantoria.

      Coringa: Delírio a Dois acerta em algumas sequências musicais onde ousa mais, porém, de forma geral, não tem coragem de comprar sua própria proposta.

      E é um desperdício triste. Tinha muito potencial aqui pra ser explorado. A música entra como um elemento que reflete a loucura e o amor (que não deixa de ser uma espécie de loucura também, sabemos bem). São os momentos de ruptura entre a realidade e a fantasia. Mas nunca são loucas o suficiente. Propõe pouco. A maioria delas são minutos longos de takes no rosto de Phoenix e Gaga cantando. Não existem coreografias ou cenários diferentes, poucas músicas propõem algo de novo. É bem verdade que existe uma progressão destas sequências durante o filme, começando mais tímido e se intensificando, mas ainda é muito discreto. Não se há uma boa pesquisa das possibilidades. Não só pela encenação em si, mas pela parte musical. É tudo muito certinho. As músicas, as sonoridades, os ritmos, não condizem com a proposta de ser uma ponte pra insanidade.

      As músicas, já existentes, também não traduzem tão bem essa realidade e mundo interno dos personagens. Por que não músicas autorais, ainda mais se você tem a Lady Gaga no projeto? Poderia ter se chegado a um resultado melhor. Tanto que nenhuma música fica com o espectador após o fim do filme – somente as excelentes trilhas que já foram feitas por Hildur Gudnadottir para o filme anterior e That’s Life, que são repetidas diversas vezes e de diferentes formas. Em Coringa, há uma investigação entre Phillips e Phoenix sobre como o corpo desse personagem dança. Por quê não houve aqui também sobre como é a música e o canto que ele produz? O quão disfuncional ele é? Quais são os sons que essa mente produz? Como são os visuais que essa mente doente vê? O filme abre com uma sequência em desenho animado, prestando homenagem aos Looney Tunes e a Merrie Melodies, assim como ao passado musical da Warner. É algo muito bom pra causar o estranhamento no espectador e refletir essa fantasia em que Arthur vive mas, sem ter o apoio no resto do filme, parece um trecho deslocado e que só deixa tudo que veremos ainda mais “consciente” demais.

      A direção de Phillips, de forma geral, não oferece muito de novo. Existe um ganho na utilização de razão de aspecto do IMAX. Enquanto no primeiro filme não se tem uma grande justificativa pro uso do formato além de aumentar o ticket médio do ingresso pro box office, em Coringa: Delírio a Dois estes momentos de tela completa são reservados para as cenas onde a música aparece. Isso ajuda o espectador a compreender que aqueles momentos são fantasia, momentos de ruptura de Arthur com o real. Phillips também busca usar planos mais longos, acompanhando personagens pelos cenários e trazendo sentimentos como tédio, felicidade, confusão.

      Também constrói com Lawrence Sher (Se Beber Não Case, Cães de Guerra) uma fotografia interessante, com bons jogos de luz e sombra e uma evolução do colorido. Começando com o frio do azul/cinza e migrando para cores quentes através do amarelo até chegar no vermelho característico e tons vibrantes do Coringa, acompanhamos visualmente Arthur saindo da apatia até reassumir sua persona. Outra escolha que nos ajuda a embarcar nessa jornada do personagem é colocar Fleck durante esta fase inicial do filme sempre no lado esquerdo da tela (o lado mais fraco da imagem, que reforça sua fraqueza e inofensividade)

      Porém, de forma geral, Todd Phillips não cria composições interessantes (especialmente nas sequencias musicais) e exagera nas referências e rimas visuais ao filme anterior. Apesar disso conversar com sua intenção de confrontar o público sobre o antigo projeto, o excesso cansa e dá a sensação de repetição de ideias ou autoindulgência.

      Mas, talvez, a grande piada sem graça de Coringa: Delírio a Dois seja seu roteiro. Ele não consegue expor bem as ideias de Phillips. Ou Phillips não consegue expor bem suas ideias, já que assina o roteiro com Scott Silver (O Vencedor, 8 Mile). E isso influencia muito na experiência do espectador. É um romance que não funciona, nem pra construir nem pra descontruir o amor. Um drama de tribunal desinteressante. Um estudo de personagem muito raso, que passa longe do que o anterior consegue entregar pra Phoenix trabalhar. Por mais que a espinha do filme seja fazer esta crítica a figura do próprio Coringa e do peso que ela tem dentro e fora da ficção através de rupturas de delírio, é preciso entregar algo sólido narrativamente para que o espectador se guie. Coringa: Delírio a Dois parece, a todo instante, um gozo interrompido, seja cortado pelas sequências musicais e/ou musicadas, seja por sempre interromper o avanço da história e/ou momentos de tomadas de ação do seu protagonista. O projeto é uma sucessão de piadas sem punchline, como as que o próprio Arthur Fleck conta. E o saldo final é esse: Coringa: Delírio a Dois é um filme chato. Entediante, que nos perde ao longo do seu também enfadonho tempo de duração. É um filme difícil de assistir – e não porque nos provoca ou nos desconforta, mas só porque consegue nos perder pelo caminho. E todo seu 3º ato é… algo feito pra comover, chocar, irritar, constranger o espectador.

      Mesmo com todo o aspecto técnico pra criação deste universo e ambientação ainda sendo bem executado, parece ser inferior ao já criado anteriormente em Coringa. Mais uma vez temos um design de produção competente que traz a bruteza e hostilidade de Gotham e de seus aparelhos públicos, mas que parece reduzido, limitado a poucos lugares e que fazem a cidade parecer menor. E logo neste, em que se pede que o público entenda o impacto da imagem de Fleck nos cidadãos e o tamanho da comoção que o Coringa causa, não entendemos exatamente a dimensão de Gotham City. Montagem e Figurino, porém, realizam um grande trabalho, sendo este último o aspecto técnico que melhor consegue aproveitar o que foi construído anteriormente e expandindo. De forma geral, o filme é competente em criar novamente uma atmosfera urbana, violenta e perversa, influência fundamental para o nascimento e idolatria do Coringa.

      Coringa: Delírio a Dois retoma muito seus aspectos técnicos cnstruídos anteriormente, com destaque pra fotografia, design de produção e figurino.

      Um dos grandes pontos positivos do filme está no retorno de Phoenix. Se sua construção já era interessante, aqui ele consegue ir um pouco mais além. Diga-se de passagem, o mérito é mais do ator, já que o roteiro não entrega tanto quanto entregou anteriormente. Mas ainda assim, o conflito que se estabelece no personagem, em especial do fim do 2° ato para a frente, possibilita que Phoenix crie camadas complexas de sentimentos e conseguimos até acompanhar os pensamentos e dúvidas de Arthur.

      A fisicalidade que o papel exige também retorna, somado ao peso da passagem de tempo e de uma rotina pesada da vida encarcerada. O personagem ficou mais torto e debilitado e podemos notar isso visivelmente. Porém, a maior dificuldade acrescentada ao ator são as sequências de canto e dança. Em especial, nas canções. Phoenix varia entre a voz de Fleck e a voz de Coringa de acordo com que pede cada música, trazendo variações de tom, afinação e intensidade.

      Já Lady Gaga vai sofrer com a expectativa do público. Ela não aparece tanto quanto esperam de alguém que atrai os holofotes que ela atrai. A trajetória de Lee é mais sutil e contida, tendo mais momentos em cena dentro das canções – que sabemos não ser problema pra diva pop. O problema é quando Gaga troca a Poker Face pela Joker Face. Sem problemas com sua atuação, ela entrega o que o projeto precisa assim como os outros grandes nomes do elenco, mas Harley Quinn em Coringa: Delírio a Dois tem menos participação na história e mais importância simbólica. Ela não é a Arlequina, ela é uma proto-Arlequina. Phillips quer que Harley e sua obsessão representem a nós, espectadores e fãs do Coringa. Ao fim do filme, faça o exercício de revisitar a trajetória da personagem, seus diálogos e seus objetivos. Ela é você. Agora escolha vestir esta carapuça ou não.

      Enfim…

      Coringa: Delírio a Dois é um filme que, no papel, é mais interessante do que na realidade. E talvez justamente por se prender muito na realidade e na sobriedade, tendo medo de comprar suas próprias propostas. Phillips erra na direção e no roteiro quando sai de seu lugar de conforto, principalmente nas sequências musicais e/ou musicadas. Coringa 2 abandona de vez o subgênero de super-heróis e flerta com muitos outros gêneros, mas acaba não tendo competência em realizá-los bem. O filme, porém, é uma agradável revisita ao universo e visual construído em seu antecessor, em 2019, e com mais uma grande atuação de Joaquin Phoenix.

      O mais interessante em Coringa: Delírio a Dois é justamente o que fará ele ser tão odiado. Ele tem coragem de ousar e enfrentar seu público – provocar mesmo. Por mais que ele falhe em desenvolver isso com eficiência, a crítica está lá. O filme está nos chamando de hipócritas por nos importarmos mais com o Coringa, com o “mal”, do que com Arthur Fleck, o “sintoma”. Estamos mais preocupados nos circos sensacionalistas e na catarse que temos ao nos deparar com a violência do que com a resolução, a reabilitação, ao puro e simplesmente ocaso e trágico humano. Usamos da fantasia para nos dopar e fugir, como um espelho sempre virado pra fora, mas nunca pra dentro de nós mesmos. Queremos um símbolo que expurgue nosso mal e, quando não o temos, quem paga por isso é Arthur Fleck. Naum, capítulo 3, versículo 6. “Lançarei sobre ti imundícies e te tratarei com desprezo. E farei de ti um espetáculo, um exemplo para todos”.

      No fim, Coringa: Delírio a Dois é uma tentativa que mais tropeça do que caminha (ou dança). Porém, é sempre bom ver filmes que atingem tantas pessoas tirarem o público do lugar de conforto, de passividade, de apenas assistir por assistir. E, no fim, de quem é aquela última risada? Se você fica irritado ou provocado com qualquer obra de arte, sempre se dê o direito de repensar. Talvez ela tenha te atingido em cheio. E, talvez, a piada seja você – você só não pegou a punchline ainda.

      NOTA: 3/5

       

       

       

       

      Rodolfo Chagashttps://terraverso.com.br
      Sou daqueles que saía correndo na saída da escola pra almoçar assistindo Liga da Justiça. Daqueles que juntava o troco do pão pra comprar gibi no sebo. Feliz de viver na melhor época pra ser nerd. Sem editorismo, amai-vos uns aos outros! A alvorada dos heróis ainda vai durar por muitos anos! Que Snydeus seja louvado e que Stan Lee viva pra sempre!

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