Multiverso Sombrio | Death Metal: O caminho para a primeira anti-crise

    Foi lançado no último dia 18 de junho nos EUA, “Noites de Trevas: Death Metal”, uma nova aventura dos heróis da DC escrita por Scott Snyder que introduziu na editora um conceito que vem fazendo muito sucesso, e a cada nova publicação vai se enraizando no cerne do universo DC, o Multiverso Sombrio.

    A primeira história lançada sobre esta antítese do multiverso DC foi lançada em 2017, em ‘Noites de Trevas: Metal’. Scott Snyder e Greg Capullo apresentaram uma versão contrária do universo de possibilidades que conhecemos desde ‘Crise nas Infinitas Terras’. Como visto na HQ, o Multiverso Sombrio é composto de uma matéria escura, resultante de versões do universo que deram errado ou não foram devidamente equilibrados. Assim conhecemos a existência do Forjador de Mundos, que tem a responsabilidade de criar os universos a partir dos sentimentos de todos os seres vivos do multiverso. A partir de que são criados, este novo universo tem que estar devidamente equilibrado entre esperança e desespero e, caso isto não ocorra, são enviados para Barbatos destrui-los.

    Os eventos de Metal começam a partir do momento que estes mundos não são destruídos por Barbatos, passando a formar uma versão distorcida do multiverso, porém de possibilidades negativas, assim nascendo o Multiverso Sombrio, como um segredo que existia escondido nos metais mais poderosos do planeta. O plano da criatura era destruir o multiverso como conhecemos e emergir a sua versão utilizando o Batman como um portal para sua chegada ao lado de sete versões sombrias do Homem-Morcego, lideradas pela mais cruel dentre elas, O Batman-Que-Ri. Já nesta história, o roteirista começa a trabalhar com elementos fizeram parte da história da DC como “Crise nas Infinitas Terras” e “Crise Final”, implantando o multiverso sombrio como algo em desenvolvimento paralelo ao multiverso como conhecemos.

    A conclusão da história termina com a vitória da Liga, ao custo do rompimento da Muralha da Fonte, os heróis conseguem trancar Barbatos no Multiverso Sombrio, porém, o Batman-Que-Ri continuou no nosso multiverso, além de ocorrer o despertar da divindade suprema Perpetua, criadora do multiverso.

    Com o sucesso das Noites de Trevas, Snyder pôde expandir mais este universo lançando minissérie solo do Batman Que Ri, personagem que mais se destacou na história anterior, sendo um lembrete para os heróis que apesar de sido afastada a ameaça do multiverso sombrio sempre estará lá a espreita e cada vez mais era levado ao conhecimento do publico esta versão perturbadora do cruzado encapuzado.

    Outra minissérie resultante deste evento foram os Contos do Multiverso Sombrio, recontando grandes eventos da história do universo DC em suas versões de possibilidades negativas, com cada história tendo seu fim com uma tragédia sem precedentes.

    Snyder continua trabalhando com a narrativa em seu run na mensal da Liga da Justiça com os arcos ‘No Justice’ , e o ataque de Perpetua que fica caracterizado em ‘Year of The Villain’ em que reencontramos o Batman-Que-Ri novamente lutando com Apex Lex na minissérie Hell Arisen. O arco é concluído com a vitória de Perpetua sobre a Liga da Justiça, e é neste ponto em que chegamos no que pode ser o ápice desta trajetória, com mais uma crise que abalará o universo DC.

    O roteirista reedita a sua parceria com Greg Capullo para contar o que acontece após o final de Liga da Justiça #39, quando a equipe dos maiores heróis da Terra foi derrotada por Perpetua e apagada da existência. Com a ajuda da quintessência eles tem uma segunda chance e os desdobramentos desta grande lutam resultam em ‘Noites de Trevas: Death Metal #1’ e tudo indica que os heróis falharam mais uma vez.

    A edição abre com o líder da tropa moleza Sgt. Rock, anunciando que as coisas não são mais do jeito que eram e de fato o multiverso esta de ponta cabeça a medida que Perpetua destrói Terra após Terra e o Batman-Que-Ri dominando o universo principal, mantendo a divindade abastecida com energia suficiente para se manter mais forte do que as energias positivas.

    Essa continuação de Noites das Trevas também se conecta a Flash Forward, a continuação de Heroes in Crisis, que teve a ascensão de Wally West ao status de uma divindade cósmica ao sentar-se no trono de Mobius, ganhando os poderes do Dr. Manhattan. O herói, assim como muitos outros personagens do universo DC, foi preso pelo Batman-Que-Ri e a sua equipe de cavaleiros das trevas tendo como guardiã de seu cárcere a Mulher-Maravilha, que planeja virar o jogo contra a união dos vilões que atualmente ameaçam o multiverso. Ainda encontramos alguns membros da Liga da Justiça como Aquaman servindo o vilão do Multiverso Sombrio e o Batman que o enfrenta utilizando um anel da Tropa dos Lanternas Negros.

    Nesta edição, ainda entendemos o funcionamento das engrenagens que criaram o multiverso como um balanceamento de energias positivas vindas do espectro emocional, a força de aceleração e a própria força da justiça chamada de energia conectiva em comparação as energias de crise que destroem esta positividade isolando tudo que existe. Perpetua não iniciou a realidade com energia conectiva e sim com a energia de crise, tentando moldar um universo que fosse isolado servindo apenas a própria divindade, mas antes de conquistar seu objetivo ela foi presa pelos seus filhos, os Monitores e o Forjador de Mundos, na própria Muralha da Fonte, até ser libertada em Noites de Trevas Metal. Também é revelado que as crises surgiram a partir da influência da divindade, utilizando-se de seres como o Anti-Monitor, Darkside e Barbatos a partir destas energias.

    Outra grande história que se amarra a Death Metal é Doomsday Clock, em que é dito que o Dr. Manhattan ao chegar neste universo tentou consertar as fraturas na realidade causada pelas crises com sua própria energia conectiva. Wally revela que a quintessência entregou toda a energia restante a Liga que enfrentou Perpetua e a colisão destas grandes forças culminou com a destruição do sol, com ambos os lados sem forças, porém, Perpetua restabelece a sua energia graças ao Multiverso Sombrio. Diana acredita que se reunir energia conectiva suficiente poderá remodelar a realidade novamente em uma nova modalidade de crise, uma anti-crise.

    O fim deste primeiro capitulo conhecemos a mais nova arma da Mulher-Maravilha, a motosserra invisível, usada para o que foi aparentemente a derrota do Batman-Que-Ri, mas o vilão ainda tem uma outra carta na manga caso seus planos sejam frustrados, e vemos o Batman pegando o Sgt. Rock, ou o que sobrou dele, para mais uma batalha, ao que parece ser, a maior de todas.

    ‘Noites de Trevas: Death Metal’ ainda está nos primeiros passos, mas possui a premissa de uma aventura que vai abalar o Universo DC como se conhece e com expectativas de grandes momentos no som do mais pesado do Death Metal que vai ressoar por todo o Multiverso.

    Ricardo dos Santos
    Ricardo dos Santoshttps://terraverso.com.br
    Fã de quadrinhos, séries, filmes e games. Apaixonado por DC de Grant Morrison a Alan Moore. Mais um privilegiado de estar na amada Terraverso.

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