Legends of Tomorrow foi um ponto fora da curva no Arrowverso

    Legends of Tomorrow foi cancelada recentemente, o que acabou dividindo a opinião do público, onde um grupo defende a renovação da série das Lendas, ao qual este humilde redator se inclui, já outros justificam seu cancelamento, mesmo com ganchos em aberto para uma continuidade.

    Legends of Tomorrow

    Primeiramente gostaria de destacar que este texto tem inspiração em uma matéria original do CBR (LEIA AQUI), porém acabei dando uma visão mais pessoal sobre a série que eu tanto curtia a me divertia acompanhando.

    Legends of Tomorrow nunca foi umas das séries mais lembradas do Arrowverso, por vezes vista apenas como um spin-off focado em personagens secundários, porém ao longo das temporadas acabou adotando um tom diferente das outras produções deste universo compartilhado, muitas vezes destacado através do humor, mas não no sentido de ser uma série humorística, mas sim no quesito ligar a tv para assistir algo divertido, a típica série que “me faça rir”. Para mim uma produção que coloca um Beebo gigante em seu roteiro e que faz uma mulher engravidar biologicamente de outra mulher,  merece todo meu apoio.

    Suas duas primeiras temporadas, eu encaro como regulares, já a partir da terceira, que considero um ponto de ruptura, as Lendas começaram a se distanciar da “formula arrowverso” e começaram a criar uma narrativa própria, destacando a inclusão de vários personagens, como Ava Sharpe, John Constantine Nora e Damien Darhk, duas Zaris, Behrad Tarazi, Astra Logue e por fim, Esperanza “Spooner” Cruz. O show ainda nos deu casais improváveis, como Ray e Nora, Nate e Amaya, Nate e Zari, o mais estranho de todos, Gary e Gideon e claro Ava e Sara, nosso eterno casal Avalance.

    Legends of Tomorrow, em mais de seus 100 episódios e suas 7 temporadas, nos divertiu, mas também incluiu temáticas sérias em seu enredo, como o vício em drogas de Constantine no final da sexta temporada, além do racismo e sexismo ao longo da trama e tantas outras discussões.

    O texto original chama a série de ridículamente e divertida, já eu chamo isso de ENTRETENIMENTO e é justamente isso que eu espero quando procuro algo para assistir. Falando em uma história pessoal, lembro que postei um story assistindo Legends of Tomorrow e me mandaram uma mensagem dizendo que eu era a única pessoa que assistia, eu respondi que “essa é uma série transforma a Terra em uma bola de boliche e decide o futuro dela por meio de um jogo, isso não é fantástico?”.

    Não queria me estender muito, mas já me estendendo, Legends of Tomorrow foi um ponto fora da curva do Arrowverso por abraçar situações absurdas em seu enredo e entender que estava tudo bem com isso, mesclando atividades heróicas e situações dramáticas, personagens carismáticos e claro muita diversão aos fãs, talvez a rotatividade do elenco regular ainda possibilitava a inclusão de novas histórias e sua reinvenção.

    A trama da série se importava com seus personagens, quando eles morriam ou partiam, eram lamentados; quando eles faziam algo estúpido, era dentro de um contexto. Era uma trama em que todas as piadas e bobagens se encaixam, transformando o show em um tom agradável, simplesmente uma alegria de assistir.

    Eles eram uma equipe com quem você se importava e adorava rir deles ou com eles, principalmente quando as missões eram um show a parte, indo de unicórnios a números musicais, passando por uma paródia de filme de terror e jogos de tabuleiro assassinos, além de cogumelos gigantes, um reality show no inferno e transformando sua protagonista, Sara Lance, em um ser clonado utilizando DNA humano fundido com DNA alienígena, ou ainda transformando um local complexo como um Ponto Fixo na Linha do Tempo em um bar. Porém, infelizmente o cancelamento de Legends of Tomorrow deixou uma ponta solta, com as Lendas sendo presas e ainda desperdiçou a inclusão do Gladiador Dourado em seus momentos finais.

    Por fim, destaco que Waverider (principal base de operações da equipe) era um local para todos, independente de crenças, sexualidades e gêneros, proteger a linha do tempo era uma tarefa inclusiva, qualquer um poderia se tornar uma Lenda do Amanhã.

    Lucas Nunes
    Lucas Nunes
    Sou publicitário formado pela UFSM, mestre e doutorando em comunicação pela UFSM também. Fora isso, apenas alguém apaixonado pelo mundo nerd.

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