A hierarquia de poder na DC estava para mudar e no último dia 20 de outubro finalmente chegou aos cinemas Adão Negro, filme dirigido por Jaume Collet-Serra conhecido por títulos como ‘A Orfã’ e Jungle Cruise.
Adão Negro demorou mais de uma década entre o anúncio do filme/ator até o seu lançamento. A produção ainda sofreu com alguns adiamentos após o anúncio da sua data oficial, aumentando a expectativa sobre o que seria apresentado no filme.
O mais novo capítulo do universo DC é protagonizado por Dwayne Johnson, o The Rock, no papel do personagem título além de Aldis Hodge ( Gavião Negro), Pierce Brosnan ( Senhor Destino), Quintessa Swyndell ( Ciclone), Noah Centineo (Esmaga Atomo), Sarah Shahi ( Adriana), Bodhi Sabongui ( Amon) e a participação de Viola Davis como Amanda Waller.
A história conta sobre o despertar do Adão Negro em Kahndaq, cinco mil anos após ser aprisionado pelos conselho dos magos cujo o último sobrevivente daria seus poderes a Billy Batson, o Shazam, e atualmente a presença na Intergang causa sofrimento a população em uma busca pela coroa de Sabbac um artefato capaz de dar poder ilimitado ao seu usuário.
Se fosse possível definir este filme em apenas uma palavra eu diria frenético, pois a ação ocorre ao longo de todo o filme, porém essa constante exposição não é monótona definindo o tom aventuresco da narrativa.
The Rock entrega uma atuação muito acima do que naturalmente conhecemos do ator, abandonando alguns recursos que se tornaram a sua marca registrada e trazendo uma interpretação que mostra o seu conhecimento do personagem quanto seu carinho pelo mesmo.
Mesmo não sendo tão vitais para a trama, as participações de Ciclone e Esmaga Átomo são interessantes pela dinâmica de formação de equipe apresentada durante o filme, como uma segunda geração da Sociedade, além de trazerem cenas divertidas pelo ótimo entrosamento dos atores. A participação de Amanda Waller na trama se torna a confirmação que o longa faz parte do mesmo universo das produções recentes do DCU, além da responsável pela força tarefa X também temos a presença de Emilia Harcourt (Jennifer Holland) da série Pacificador.
Apesar de ser um filme fortemente direcionado ao entretenimento são apresentadas algumas questões mais profundas que podemos trazer reflexões sobre a nossa realidade, como a situação política de Kahndaq trazida na perspectiva de Amon e sua mãe Adriana. O vilão principal do filme apesar de ocultado por boa parte da trama serve para cumprir a função de grande batalha final que o roteiro nos prepara, apesar de tecnicamente ser um dos pontos negativos do filme que tem excelentes efeitos visuais.
A cena pós-créditos se torna um brinde para um espectador que se divertiu após as duas horas de um filme empolgante como é Adão Negro. Apesar de noticiado em diversos canais a presença especial que ocorre não tira a esperança de mais coisas interessantes surgirem neste momento do DCU. Esta combinação de um filme mais divertido, porém, ainda tem os pés no chão para se levar a sério em algumas questões. Acredito que seja a “fórmula” que o DCU encontrou para manter a sua sobrevivência e abranger um público mais amplo.
Adão Negro consegue ser a perfeita diversão para todos os públicos com uma aventura frenética cheia de uma avalanche de emoções com momentos sérios e divertidos, gerando uma boa impressão do que pode ser o futuro deste universo compartilhado da editora.
Nota: 50/52.