Krypton | Um fim apocalíptico para a série do planeta do Homem de Aço

    A série Krypton estreou em meados de 2018 como uma das produções com maior audiência do canal SyFy no ano, e surpreendentemente após a confirmação de uma segunda temporada e um spin off, a série foi cancelada.

    A segunda temporada do seriado foi ao ar entre 12 de junho e 14 de agosto contando com 10 episódios e retomando os acontecimentos do final da temporada anterior na qual vimos Seg-El, interpretado por Cameron Cuff, desaparecer na Zona Fantasma em um sacrifício digno de seu neto Superman, para evitar a queda da cidade de Kandor diante do vilão Brainiac.

    A temporada trouxe boas novidades como o mercenário intergalático Lobo, interpretado por Emmett J. Scanlan, a afirmação do temido General Zod como o grande ditador de Krypton, com uma promessa de levar seu povo ao status de grandeza que ele considera digno.

    KRYPTON — “Light-Years From Home” Episode 201 — Pictured: Colin Salmon as General Zod — (Photo by: Steffan Hill/SYFY)

    Apesar da produção ter procurado trazer mais elementos a narrativa da temporada, o grande foco de Krypton continua sendo a trama política que a série abordou em sua estreia, agora centrada na figura de um ditador que coloca todos que se opõem contra a sua ideologia de joelhos. A interpretação de Colin Salmon como Dru Zod ganha grande destaque mostrando que o ator entendeu a essência do personagem e o seu significado, se tornando um dos ótimos momentos dessa nova leva de episódios.

    Outro a proporcionar grandes momentos foi Lobo, mesmo que sua participação tenha sido curta ao longo da temporada, tivemos a oportunidade de ver um pouco do Maioral em live action pela primeira vez e não foi decepcionante. Irônico, debochado e irreverente na mesma proporção de um personagem extremamente violento, a versão de Scanlan para o bastardo definitivo foi algo que nos faz pensar como seria o spin-off de seu personagem e quais aventuras loucas seriamos brindados por este anti-herói tão querido dos fãs de quadrinhos.

    Krypton dedica todo o tempo de sua narrativa em enfatizar a batalha entre o ditador Zod e a resistência liderada por Val-El em um combate que se torna interessante por ser abordado em diversas frentes, seja nos campos de batalha e na luta pela conquista de postos, ou nos bastidores na busca por novas alianças para fortalecer ambos os lados.

    Este conflito talvez seja o grande erro da temporada, em não dar a devida atenção a Lyta Zod de Georgina Campbell, uma personagem que tem um crescimento interessante na primeira temporada e acaba sendo limitada a uma coadjuvante em uma proposta narrativa tão complexa ao ter um fim trágico no episódio “A Better Yesterday” sendo a baixa mais sentida nesta temporada.

    Se por um lado não se teve o mesmo cuidado com alguns personagens, por outro tivemos um momento digno de fãs clássicos de quadrinhos do Superman com a aparição de Apocalypse, cuja a caracterização já chamou a atenção na primeira temporada, tendo uma boa parte de um episódio contando a sua origem de uma forma mais semelhante ao que conhecemos da versão do nêmesis do Homem do Amanhã, uma criatura que sofreu com diversos experimentos de cientistas kryptonianos culminando no monstro conhecido pelos fãs.

    Mesmo com um final que deixa muitas questões em aberto que seriam respondidas em uma temporada seguinte, Krypton se despede de seus espectadores mostrando que poderia ter fôlego para uma terceira temporada, buscando trazer respostas a muitos elementos que ficaram em aberto no roteiro da série fazendo a conexão entre o passado alienígena e o presente heroico do Homem de Aço.

    Nota:

    Ricardo dos Santos
    Ricardo dos Santoshttps://terraverso.com.br
    Fã de quadrinhos, séries, filmes e games. Apaixonado por DC de Grant Morrison a Alan Moore. Mais um privilegiado de estar na amada Terraverso.

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