Atualmente, muito se fala sobre o que é o “5G” da DC nos quadrinhos. Após o anúncio da editora de publicar em edições one-shot suas 5 grandes gerações de heróis da história, especula-se muito sobre como será o futuro da DC nas HQ’s. Então, podemos salientar aqui que 5G é nada mais nada menos que o protagonismo heroico sendo transferido para uma nova geração de combatentes. A DC sempre foi uma editora mutável com o tempo, jamais disfarçou seus reboots sobre linha temporal, nem ao menos jogou para baixo do tapete suas divergências criativas na época para realizar uma grande Crise que reorganizaria todo o seu mundo ficcional.
Vamos falar sobre a chamada “Geração Cinco: Era do Amanhã”. E para compreender essa mudança, há a necessidade e perspicácia de perceber as alterações do modo de ver o mundo do nosso contexto social. Os quadrinhos historicamente sempre acompanharam essas mudanças, e justamente a DC é pioneira nesse assunto. Observar as mudanças sociais devem ser papel fundamental como fã, para assim, entender a necessidade de inovações e propostas que surgem a partir desta percepção.
A saga “Doomsday Clock“, que serviu para fundir o universo DC com a obra de Watchmen de Alan Moore, indica que o futuro da editora nos quadrinhos é apresentar uma nova abordagem respeitando o legado histórico, mas sem medo de arriscar e até mesmo errar (como já errou muitas vezes). O maior exemplo disso é apresentar o pequeno garoto chamado Clark que recebe os poderes do Dr. Manhattan e fica aos cuidados de Dan e Laurie, o Coruja e a Espectral, na última edição de Doomsday Clock.
Acontece que após os acontecimentos desta saga, a DC apresentará uma nova abordagem em sua linha editorial. O chamado 5G (a quinta geração de heróis) vem após suas outras quatro gerações: “Geração Um: Era dos Mistérios”, “Geração Dois: Era dos Meta-Humanos”, “Geração Três: Era da Crise” e “Geração Quatro: Era do Renascimento”. -Leia mais aqui-
Na última edição de Flash Forward, conforme prévia revelada, Wally West sentará no Trono Mobius e assumirá os poderes do Dr. Manhattan (pois é parece que assumir os poderes dele virou moda), tornando-se uma entidade cósmica e com poderes de uma divindade. Se no passado o Flash de Barry Allen alterou e muitas vezes prejudicou a linha cronológica, dessa vez o escolhido é Wally para reorganizar não só a questão temporal, como também dimensional, apresentando um novo futuro para os super-heróis. Ação semelhante ocorreu com o próprio Manhattan que criou a realidade dos Novos 52. Isso quer dizer que realmente podemos estar próximos de um soft-reboot na linha editorial da DC Comics.
O mais interesse dessa nova proposta é que a geração chamada “Era do Amanhã”, pode realmente entregar o universo DC dos quadrinhos para um novo público e que realmente se identifica com essa nova abordagem. A Quinta Geração faria com que novos personagens assumissem os papéis tradicionais mantidos por grandes super-heróis. Especula-se as seguintes mudanças: Jonathan Kent se tornaria o Superman, Luke Fox se tornaria o Batman, o Capitão Frio Jr seria o novo Flash e Jo Mullein seria a nova líder da Tropa dos Lanternas Verdes.
Sim, os Millennials chegaram na DC. Assim como as mudanças sociais e políticas do mundo, as HQ’s precisam refletir e representar um público que pode consumir mais as histórias em quadrinhos por se sentir representado em suas páginas. Manter os leitores que já acompanham esse universo de heróis tradicionais através de publicações adultas no selo DC Black Label, pode ser uma alternativa para aqueles que buscam uma leitura mais conservadora e adulta.
O importante mesmo é entender que essa perspectiva de mercado funciona, por mais que não agrade 100% do seu público. Quantas pessoas que hoje acompanham a DC iniciaram justamente a partir dos Novos 52 ou no Renascimento? O público se renova e o mercado precisa se reinventar. Nos últimos anos, a Marvel vem dominando os rankings de vendas de HQ’s no mercado americano e no mundo, com isso, o sinal de alerta na DC foi ligado e reinvenções são mais que necessárias. Inegavelmente a DC jamais ficou estagnada no tempo e isso é admirável, por mais que alguns erros tenham sido cometidos, os fãs hoje conseguem encher ao menos uma mão com grandes clássicos da editora.
E que venha a QUINTA GERAÇÃO: A ERA DO AMANHÃ! A saga de apresentação inicia por “Generation Zero” que estará disponível em maio e será distribuído gratuitamente nos EUA. As demais 5 edições serão lançadas de forma mensal.