Como as comunidades brasileiras da DC vêm ajudando na popularização da Mulher-Maravilha

    Mulher-Maravilha sua hora chegou!

    Criada ainda na aurora das primeiras esboços do que seria o sucesso comercial das grandes historias super-heróis no ocidente, a Mulher-Maravilha é uma das grandes remanescentes da era de ouro que permanece causando impacto na cultura pop, a fazendo se consolidar como, talvez, como um dos principais pilares do imaginário exportado pelos EUA. Tendo sua imagem vinculada a produtos de gênero e escalando ao ponto de ser usado como símbolo de manifestações políticas, Diana se encontra num lugar de destaque dentro do hall de personagens femininas marcantes da cultura pop, que incluem a princesa Leia Organa, da franquia Star Wars, e a deusa Tempestade, da Marvel.

    Todavia, em contrapartida a tamanha visibilidade no cenário pop, a embaixadora da verdade possui um histórico não muito vasto de investimento dentro de sua própria residência, ainda mais em comparação com outros personagens títulos da DC, como Batman, por exemplo. Uma realidade que vem mudando a curtos e lentos passos nos últimos seis anos graça aos lançamentos dos dois longas metragem solo da heroína, dirigidos por Patty Jenkins. Produtos que mesmo não sendo uma unanimidade, serviram para impulsionar um maior destaque no protagonismo feminino no cenário de cinema de ação blockbuster que estava inserido. Gerando assim uma revitalizada na imagem da Mulher-Maravilha, que se refletiu na postura dos fãs, que há muitos anos desejava um investimento mais adequado para a heroína.

    Com as constantes mudanças de direcionamento tanto da DC quanto da Warner Bros. como um todo nos últimos anos, esse desejo latente foi se intensificando na medida que a comunidade de fãs se unificava em um potência de grande visibilidade dentro das plataformas de mídia, conquistando não só apenas números mas uma projeção difícil de ser ignorada. Talvez tendo como maior exemplo, a campanha de liberação do corte original do filme da Liga da Justiça (2021). Um marco zero dentro que, mesmo expondo uma vertente agressiva do fandom, se mostra um grau elevado de organização que tende a se solidificar na medida em que os laços entre seus membros ganham cada vez mais força.

    Desde então, novas investidas foram ganhando forma, se adaptando e abraçando novos modelos de mídia, que não dependem mais de ferramentas como o YouTube e necessitam do entendimento de uma nova linguagem, em especial nas plataformas como TikTok. Nesse contexto é onde os membros dentro da comunidade ganham destaque, criando por puro amor ao material pôsteres, edições em vídeo e campanhas elaboradas em conjunto com portais de grande visibilidade, que além de informativos tendem a aderir um papel de orientação nesses mais diversos espaços para projetar as devidas mensagens desejadas.

    Recentemente, houve mais um exemplo positivo que merece um destaque especial. Durante uma campanha de pedido para uma série animada solo da Mulher-Maravilha, que aconteceu no último sábado, dia 11, a campanha #WonderWomanAnimatedSeries, reuniu fãs de varias partes do globo e chegou a entra nos trendings topics de diversos países, incluindo o Brasil. Contudo o diferencial da mesma se deu pelo feito de conseguir chamar a atenção do atual co-presidente do DC Studios, James Gunn, que afirmou está trabalhando para realização desse desejo dos fãs.

    o pronunciamento inesperado de Gunn pegou os fãs de surpresa, gerando uma grande movimentação nas redes sociais e comentários entusiasmados de personas publicas, como a da quadrinista Gail Simone, que prontamente se ofereceu para trabalhar no projeto. Além, é claro, de uma legião de fãs da DC que começaram a conjecturar as possibilidades que poderiam ser exploradas no projeto animado.

    Em entrevista ao site, o portal Wonder Woman BR, um das principais vozes da campanha dentro da comunidade nacional da DC, contando atualmente com mais de 4.000 (quatro mil) seguidores apenas no twitter, nos explicou como se deu inicio tal investida. Além de pontua a importância do Brasil em movimentos semelhantes e a importância da criação de um canal mais próximo entre criadores e fãs nessa nova fase da DCU.

    Primeiramente, gostaria de perguntar como surgiu o movimento #WonderWomanAnimatedSeries e como o seu portal entrou em contato com essa campanha?

    “O movimento surgiu mais ou menos em 2021 nos Estados Unidos, os fãs estadunidenses da personagem levantaram a tag e espalharam para o mundo, não ironicamente na época o Brasil também foi o lugar que mais subiu a hashtag, a gente foi quem mais levantou aqui, a ideia já existia antes mas estava meio que abandonada então com a entrada do James Gunn, um novo CEO que acompanha as redes sociais, decidimos retornar com a ideia, decidimos os dias, criamos um ‘calendário‘ com fusos horários para os fãs de todo o mundo, divulgamos o movimento para os perfis gringos e para as paginas brasileira e nos preparamos com dezenas de posts, a ideia de retornar com a campanha foi da nossa equipe mas ela já existia antes.”

    Sobre o público brasileiros, você acredita que o movimento feito aqui faz tanta diferença quando os grupos de fãs gringos? Como você avalia o posicionamento deles na campanha durante todo esse período?

    Marcos Vinícius
    Marcos Vinícius
    Olá! Meu nome é Marcos e tenho um grande amor pelo jornalismo. Possuo um podcast, o Sabor de Ambrosia, e sou um grande fã da DC desde que me entendo por gente. Escrevo de tudo um pouco e, espero que gostem do que tenho pra falar.

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