Batman | Alan Moore comenta sobre ‘A Piada Mortal’ e diz que Adam West é a melhor versão do Homem-Morcego

    Uma das histórias mais controversas da DC Comics, Batman: A Piada Mortal é ao mesmo tempo um divisor de águas e inspiradora em medidas que se equivalem. Desde o seu lançamento em 1988, a infame história de Alan Moore que deu ao maior inimigo do Batman uma trama de origem, atraiu críticas sobre o quão sombrio ela é – especialmente sobre o tratamento de Barbara Gordon/Batgirl – mas também definiu o que é o Coringa.

    O bem-sucedido filme ‘Coringa’, estrelado por Joaquin Phoenix em 2019, foi inspirado, em partes pela Piada Mortal. Agora, em uma nova entrevista, Moore, que notavelmente repudiou a edição por anos, comentou sobre as inspirações da HQ nas obras atuais.

    “Me disseram que o filme do Coringa não existiria sem a minha história do Coringa (Batman: A Piada Mortal de1988), mas três meses depois de eu ter escrito estavam renegando ela, era muito violento — era o Batman, pelo amor de Deus, é um cara vestido de morcego.”, disse Moore ao Deadline.

    Moore, que está promovendo seu filme The Show, passou a dizer que quanto mais versões do Batman ele vê, mais ele acha brilhante o Cavaleiro das Trevas de Adam West na série da ABC dos anos 1960, bem como o longa-metragem de 1966 como o melhor, porque o personagem não foi levado muito a sério.

    “Cada vez mais acho que a melhor versão do Batman foi Adam West, o que não levou a sério”, disse Moore.

    A ideia de que as coisas são muito sérias quando se trata não apenas do Batman, mas dos quadrinhos em geral é algo que Moore abordou na entrevista também, reafirmando que viu a indústria mudar, afastando-se de ser algo para as crianças – e que isso “arruinou” a cultura.

    “A maioria das pessoas compara quadrinhos com filmes de super-heróis agora isso adiciona outra camada de dificuldade para mim”, disse Moore. “Não vejo um filme de super-herói desde o primeiro filme do Batman do Tim Burton. Eles têm arruinado o cinema, e também arruinou a cultura até certo ponto. Vários anos atrás, eu disse que achava que era um sinal realmente preocupante. Isso parecia falar com algum tipo de desejo de escapar das complexidades do mundo moderno, e voltar a uma infância nostálgica como uma lembrança. Isso parecia perigoso, era infantilizar a população.”

    Perguntado se uma abordagem mais adulta, como a de Coringa, não o atrai, Moore disse que a mudança apenas o incomoda mais. “[Esses personagens] foram coisas criadas nos anos 1930 para entreter crianças. Se você tenta fazê-las para o mundo adulto, fica grotesco”.

    Via: [ComicBook]

    Willyan Bertotto
    Willyan Bertotto
    Publicitário. Diretor de Arte, Designer e Batmaníaco. Fã incondicional da DC Comics e pesquisador assíduo desse universo e todas as suas possibilidades de transformação.

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