Patrulha do Destino | Primeiras impressões sobre o início da segunda temporada da série

    —Alerta para SPOILERS! Se você não assistiu, pare por aqui.—

    Nessa quinta, 25 de junho, tivemos a estreia simultânea da segunda temporada de Patrulha do Destino nos serviços de streaming DC Universe e HBO Max, e já nos três primeiros episódios podemos notar como ter duas casas impactou a série.

    Patrulha do Destino sempre foi uma série sobre seus personagens, eles são o foco principal da história, a superação dos seus traumas e a constante evolução dos protagonistas é o que faz a série única, e isso permanece no início do novo ano que começa dando continuação a trama onde ela parou na temporada passada, com quase todos os membros da equipe vivendo de tamanho reduzido na pista de corrida de Cliff, cabendo a Larry, o Homem-Negativo, tentar criar uma cura para seus amigos com a ajuda do Chefe.

    A equipe em seu mini acampamento no autorama de Cliff.

    Já que falamos do Chefe, nessa temporada o personagem ganha bastante destaque, com a série explorando as consequências da temporada passada caindo sobre ele e sua culpa pelo que fez para conseguir a tão almejada imortalidade. Também somos introduzidos ao mais novo membro da equipe, a filha de Niles, Dorothy Spinner! Dotada de poderes que lhe permite dar vida a sua imaginação, Dorothy é a refrescante novidade que a segunda temporada da série precisava, abrindo portas para histórias ainda mais bizarras e divertidas.

    Em relação aos demais membros da equipe, seguimos com a constante evolução deles também partindo de onde paramos no ano anterior, que foi praticamente todo sobre autoconhecimento e autoaceitação. Na nova temporada, temos novas tramas que ainda estão relacionadas ao passado deles, mas que são bem mais sobre seguir em frente, agora que já conhecemos os personagens e os principais traumas que moldaram o que eles são hoje.

    Jane e outras de suas personalidades discutindo seu futuro no Underground

    Rita finalmente aceitou suas habilidades e está disposta a ser uma pessoa melhor para reparar seus erros do passado- levando a personagem até a tomar a liderança da equipe- Cliff, frustrado ao descobrir a verdade sobre seu acidente, decide se aproximar de uma vez do único resquício de sua vida passada, sua filha; Larry após uma complexa jornada de auto aceitação, acaba por descobrir pontas soltas sobre seu passado; Jane tem que lidar com o fato de não conseguir mais suprimir suas 63 outras personalidades por muito mais tempo; e Ciborgue se encontra sofrendo com estresse pós traumático, o que o leva a buscar ajuda em um lugar que talvez ele encontre algo bem maior que isso. Ainda temos os recorrentes flashbacks de cada um, que continuam muito bem colocados e exploram melhor outras partes do passado dos protagonistas.

    Dorothy Spinner no momento em que conhece seu pai.

    Além de Dorothy, que move a trama, temos outras incríveis novidades, como os vilões Red Jack e Doctor Tyme que apesar de terem uma pequena participação são incrivelmente bem feitos, principalmente em aspectos técnicos. Agora com o HBO Max como principal veículo de transmissão da série (o que nos é mostrado com destaque antes mesmo da abertura), vale ressaltar que tivemos um aumento considerável de qualidade tanto nos efeitos especiais quanto nos práticos. Podemos perceber isso quando Rita usa seus poderes elásticos, e na caracterização de Red Jack ou das diferentes personalidades de Crazy Jane, por exemplo, e isso só ajuda a nos transportar praticamente para dentro uma história em quadrinhos da equipe.

    Outra coisa que é importante destacar é que a série continua não se segurando na violência e no linguajar adulto, sem medo de mostrar cabeças decepadas, palavrões e muitas frases com contexto forte logo no primeiro episódio.

    O que podemos afirmar com certeza sobre o início da nova temporada é que ele mantém o mesmo nível da primeira em relação a trama, o que já é louvável por si só, e até eleva esse nível quando falamos nos efeitos visuais. O vilão da atual temporada parece ser o Candlemaker, que assombra Dorothy e possui um passado ainda não revelado com clareza com a família Caulder, o que nos deixa mais ansiosos para ver o desenrolar da história nessa temporada e como isso afetará cada membro da equipe.

    Nota: Ótimo 50/52

    João Pedro
    João Pedrohttps://terraverso.com.br
    Designer e ilustrador (DC me contrata por favor!), fanboy do Batman e da Mulher-Maravilha mas meio atrasado que nem Barry Allen. Acredito no poder transformador da cultura pop e espero conseguirmos fazer a diferença por aqui!

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