Na tentativa de modernizar o Superman, Man of Steel divide antiga e nova geração

    O Superman é sem dúvida uma das figuras mais reconhecidas da cultura popular mundial. Sua origem vem dos anos 30 como forma de ajudar os EUA na promoção anti-nazismo, divulgada junto com personagens de outras editorias. Ao lado do Batman, popularizou o consumo de quadrinhos da DC.

    Resgatar o histórico do azulão no cinema é lembrar de Christopher Reeve e Richard Donner, e estabelecer um alienígena ingênuo disfarçado como um jornalista um pouco atrapalhado nomeado Clark Kent, que trabalha com a repórter Lois Lane no Planeta Diário. Mas, quando o perigo surge, ele “rasga” a camisa e surge Kal-El, o último filho de Krypton, planeta que explodiu anos atrás.

    Bom, com esse passado já ciente na cabeça dos leitores e cinéfilos, a DC lança um reboot dentro de um universo compartilhado. Na construção dos argumentos da história houve uma participação emblemática: Christopher Nolan. Sim, ele fez algo semelhante com o outro integrante da Trindade, porém, sem o fator HQ muito presente e tudo que ocorria limitava-se a Gotham City.

    O filme introduz a mitologia kryptoniana visualmente de forma excelente e seu contexto e argumento com alguns buracos. Depois, entramos na parte terrestre da trama, com as histórias de Clark e Lois acontecendo em paralelo, até haver o encontro entre dois.

    Martha. Essa palavra antes já foi uma simples representação do amor materno terráqueo de Clark (momento de uma outra história). O papel dos pais biológicos e adotivos têm peso no destino de Clark, seguindo o modelo da jornada clássica do herói.

    O vilão tem motivação suficiente para enfrentar o Superman e querer usá-lo como ferramenta de sua ganância e maldade. Dos coadjuvantes parceiros do general Zod, só Faora-Ul se destaca dos outros pela força e arrogância prepotente.

    A finalização do arco do filme é uma linha que divide muita gente: transformar o símbolo da esperança em um “assassino” ou um herói que pode ser um perigo para a humanidade sem ser vigiado por uma figura maior.

    Henry Cavill é um Superman que precisa de material para chegar próximo do “S” definitivo. Sua semelhança com Reeve ajuda, mas ele acrescenta mais como Clark. Amy Adams faz uma Lois Lane ácida, intrometida e sagaz, e que se transforma com o Superman. No núcleo do Planeta Diário, só Perry White aparece bem. Jor-El e sua esposa entregam bem o dilema de salvar a cultura e genética do seu povo. Michael Shannon faz um vilão mais vingativo, menos cerebral e que se faz presente pelas frases de efeito.

    Os easter-eggs são indícios da existência de outras figuras emblemáticas do panteão da DC: LexCorp, Empresas Wayne e Planeta Diário, para dar futuros ganchos do universo Warner/DC.

    Matheus Fernandes
    Matheus Fernandeshttps://terraverso.com.br
    Sou Matheus Fernandes, formado pela UNINOVE-SP em Comunicação Social – Jornalismo. 22 anos e não sou o melhor no que faço, mas para quem eu faço. Fã dos Lanternas Verdes, Batman e outros. Curte esportes americanos e futebol brasileiro e internacional.

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