Mulher-Maravilha, girl power e uma nova era cinematográfica da DC

    Como começar falando de Mulher-Maravilha? Finalmente nós, mulheres, tivemos a representação que merecemos, e foi muito melhor do que eu podia sequer imaginar!

    Diana sempre foi um ícone pela luta das mulheres, seja por direitos iguais, liberdade, representação de força e independência, para mostrar que não existe esse papo de “sexo frágil”, e muito mais. E o longa-metragem conseguiu passar muito bem essa imagem da heroína.

    Esse filme sai um pouco da linha que a DC vinha seguindo, trazendo mais cores e humor, o que agradou muito o público. A dinâmica entre os personagens é muito boa, dando um clima agradável e mostrando que a união faz a força. Não à toa, a época em que se passa é a Primeira Guerra Mundial, onde a tensão e o medo estavam em cada esquina, e todos precisavam de um salvador, nesse caso salvadora, para encher os corações de esperança e coragem de novo.

    Como nos outros filmes do Universo Estendido, as cenas em câmera lenta estão bem presentes, mas eu, particularmente, não sou fã dessa prática, e para mim a diretora, Patty Jenkins, não soube usar esse recurso para dar dinamismo ao filme. Exceto na cena que a Mulher-Maravilha começa a desviar os tiros dos alemães em pleno campo de batalha. Isso sim é girl power!

    O núcleo das amazonas é o berço da história, e, por mais que alguns detalhes possam ter ficado de fora, é possível ter as informações necessárias para compreender quem elas são, onde Diana nasceu, cresceu e treinou, e como e porque ela se tornou a mulher que conhecemos. Além da fotografia ser belíssima, os figurinos foram feitos com tantos detalhes, e sem mostrar pele mais do que precisava, respeitando a posição de guerreiras e mulheres que elas são. E temos figurantes e atrizes incríveis lutando, cavalgando e apenas sendo mulherões que merecem todo o respeito.

    A química entre Diana e Steve Trevor deu o toque certo de romance, e proporcionou algumas boas risadas, justamente pela diferença entre as culturas e sexos. Dá até para levar como uma crítica social, do mundo conservador que ainda vivemos.

    O vilão por trás de tudo ter tido tão pouco tempo para se “apresentar devidamente” pode não ter sido uma boa escolha, mas como desde o princípio sua história e maldades vem sendo explicadas, talvez essa subjetividade dê o toque de suspense que o filme precisava.

    Gal Gadot ainda tem muito o que crescer como atriz, mas se for analisar a trajetória da israelense e contar os filmes que ela já fez, foi melhor do que poderíamos esperar sua atuação como personagem principal de uma franquia tão antiga e amada como uma personagem aclamada por todo o mundo. Não devemos criticar, mas sim elogiar seu desempenho considerando toda a pressão que foi colocada nela no momento que seu nome foi anunciado para ser a Mulher-Maravilha.

    Gabriela Orsini
    Gabriela Orsini
    Jornalista formada na PUC-SP, fotógrafa por paixão, e bailarina por teimosia. Apaixonada pela DC desde pequenina, fangirl do Batman e da Batgirl. E da Ravena, como não ser. Sou uma devoradora de livros e cinéfila até que se prove contrário. Objetivo de vida: tirar uma foto decente com o Jason Momoa (um deles, apenas). Sonho de vida: conhecer todos os países do mundo.

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