#BatmanDay | 80 anos do Homem-Morcego e sua importância para a cultura pop

    Este ano o nosso querido Batman completa 80 anos. E para comemorar essa data tão importante, convidamos todos os redatores do Terraverso para cada um deles falar sobre a importância desse personagem. Confira o que cada um deles disse:

    Daniel Martins

    O Batman significa várias coisas. Ele me mostrou algumas das melhores histórias que já vi, li e ouvi até hoje. Ele representa para mim um herói que basicamente me iniciou no mundo dos quadrinhos, vide que o meu interesse nas animações me fez vir atrás de mais histórias. Ele realmente é um personagem que teve a sorte de ter tantos criadores excelentes ao longo das décadas, mostrando desde sua face detetivesca até as aventuras mais fantasiosas.

    Inclusive, em homenagem aos 10 anos de Cavaleiro das Trevas, cito aqui um dos grandes ensinamentos vindos da trilogia de Christopher Nolan. Outro desses geniais criadores que, apesar de não ser escritor das HQs, teve um peso tremendo no legado do personagem. O pensamento que veio na frase “Sabe por que caímos Bruce? Para aprendermos a levantar”. A síntese do motivo de Bruce continuar em frente, mesmo com as adversidades pelo caminho.

    Flávia Firmino

    Como um amigo que estreita laços para ajudar em um momento difícil, Batman entrou em minha vida em um período pessoal delicado. Conforme passavam as páginas de suas HQs, eu criava mais e mais intimidade com ele. A cada edição, clássica ou inédita, algo para aprender. Lidar com a dor, a perda, o medo, exercitar a perseverança, lealdade, senso de justiça e gratidão aos aliados – exemplos de valores de um personagem que só veio para me fortalecer. Minha primeira edição de Batman foi “Xamã”, uma história que se passa por volta do famoso “Ano Um”, mas que poucos conhecem. Quem puder, fica a indicação de uma narrativa que aborda a cura e a superação.

    Gabriela Orsini

    Desde pequena sempre tive o Batman como meu herói preferido. Não sei direito como começou, mas agora mais velha acho que entendo porque ele se destacou mais que os outros heróis. Acredito que o primeiro ponto é por ele ser apenas humano. Um humano rico e muito inteligente, sim, mas isso faz parte dos motivos de gostar dele. Usar Bruce Wayne como inspiração na vida é algo que me ajudou a correr atrás de sonhos, afinal quero ser bem sucedida e, porque não, chutar umas bundas. Mas ver como ele segue em frente apesar de tudo estar desmoronando, é algo a se aprender, pois a vida não é perfeita e temos que lidar com os obstáculos, por mais que doa.

    A parte física também sempre me atraiu, seja em animação, filmes ou HQs, sempre achei Bruce um gato, tenho que ser sincera aqui. Mas de nada adiantaria a beleza dele se não fosse todo o conteúdo que faz Bruce ser Batman e vice-versa.  Além disso, todo o universo que envolve Gotham, seus vilões e a Bat-família me cativaram muito, é um dos lugares mais caóticos e mais incríveis que já conheci. E, é claro, serei eternamente grata a ele por me dar Dick Grayson e Barbara Gordon.  Batman, meu primeiro herói, meu crush, minha inspiração. Obrigada por tudo e parabéns!

    Leonardo Henrique

    Era uma criança querendo ser como ele, mesmo sem muita propriedade sobre o dono daqueles acessórios e da máscara que para mim eram mais que brinquedos. Sabia que com eles era possível salvar muita coisa. Daí em diante o tempo passa e tudo se torna um vice e versa de charadas, se na infância ele era um personagem apenas na imaginação, hoje parece possivelmente ou necessariamente presente, mais do que apenas na estampa da camiseta.   Contraditório? Não quando se anda pela cidade perguntando se uma Gotham tem o poder de criar o Batman ou se o Homem-Morcego pôde criar uma Gotham. No mais, é o cara que leva consigo um universo inteiro. Uma galeria de vilões atormentados e cruéis, não menos provocantes e atraentes.

    Lucas Nunes

    Se somos vítimas de acontecimentos adversos, nossa primeira vontade é desistir né? Aquele frio na barriga; aquela sensação de estar perdido; aquela certeza que tomamos o caminho errado, tudo isso pode ser encarado como um obstáculo ou um desafio a ser superado. A história do Batman me ensinou que devemos transformar nossos medos em motivação para nossas vidas.  O “Homem-Morcego” ao se deparar com este animal em uma situação de risco e perigo, transformou essa sensação em sentimento de justiça e superação. Ao utilizá-lo como símbolo, para mim, significa que ele conseguiu deixar para trás as incertezas e os desafios de sua infância.
    A origem do nome Batman e de seu símbolo me transmite uma mensagem de superação e triunfo sobre os nossos medos.

    Marcelo Coelho

    No auge dos meus oito anos, lembro de estar saindo da escola e a diretora estar no portão entregando um álbum de figurinhas do Batman, que na época fazia parte da promoção do novo filme de Cristopher Nolan: Batman Begins. Conhecia o Homem-Morcego apenas nos desenhos da Liga da Justiça, que assistia antes de ir estudar – geralmente na hora do almoço – e em alguns filmes que passavam no SBT, como Batman Eternamente e Batman: O Retorno. Mas ali eu tinha despertado um interesse por ver aquele novo filme do Morcego, e fiquei encantado com o que vi.

    Era diferente dos outros, eu via um ser que não parecia morar longe da minha imaginação; enxergava uma pessoa normal, onde qualquer um do mundo onde eu vivia poderia se tornar um Batman. Sua história apresentada nesse filme era o mais próximo da realidade que tornaria alguém herói, e mostrou como a escuridão pode afetar uma vida, que todos têm seus medos, mas que podemos doma-los e usa-los ao nosso favor. Ao ver esse filme, fiquei feliz de saber que – em suas devidas proporções – eu poderia ser um herói, e não poderia controlar meus medos.

    Professor DCnauta

    O Batman foi minha porta de entrada para o Universo DC. Ainda criança assistia “Super-Amigos” na TV, porém foi, anos depois, com “Batman: A série Animada” que fui tomado pela Sombra do Morcego. O que mais me chamou atenção na animação foi a atmosfera de algo que só tempos depois fui saber definir como um  clima “noir”. Não só pelo tom da animação, mas o personagem em si me fascinou. Batman não é o super-herói no seu sentido mais literal. Não é um ser com super-poderes, mas um ser humano como você e eu (tirando os bilhões de dólares).

    Enquanto hoje alguns roteiristas dão um caráter quase “divino” ao personagem que é capaz de fazer quase tudo. O Batman que me chama atenção é aquele onde o seu lado humano é mais explorado. O Homem-Morcego é alguém fragilizado que usou a sua dor para superar seus medos e trazer justiça. Um homem que usa da inteligência, do seu lado detetivesco para resolver crimes. O personagem que nos permite um nível de conexão no âmbito da superação.  Isso é inspirador.

    Rebeca Vilas Boas

    O Batman nunca foi meu herói favorito, mas sempre reconheci ele como um pilar importante no universo dos quadrinhos, antes mesmo de entender a diferença entre Marvel e DC. Lembro claramente de alguns episódios de Batman a série animada,  e me sinto especial em saber que nasci no mesmo ano em que a Arlequina. A primeira HQ que me recordo de ter lido fora do universo infantil foi Batman vs Aliens da Dark Horse, uma edição aleatória que surgiu em meio a algumas revistas das W.i.t.c.h. que meu pai trazia pra casa. Li e não entendi nada do que aconteceu. Mas fiquei fascinada com o visual, e ali, de forma despretensiosa e totalmente confusa, começou minha história como leitora amante da DC Comics.

    Hoje não vejo o Batman somente como um personagem, mas como um ícone, influenciando na moda, na cultura e na história.

    Ricardo dos Santos

    Batman é… começar assim acho que pode ser a melhor forma de dizer sobre um personagem que significa tanto para tantas pessoas. Independente de ser um fã de quadrinhos ou não todos tem um sentimento a respeito do Batman, seja a inspiração a superação ou aquele que traz a justiça quando os malfeitores tentam enganar as leis que regem a sociedade. Batman é o detetive, o vigilante incansável,o Homem Morcego, a lenda urbana, o cruzado encapuzado que busca pela justiça para aqueles que tanto a desejam, é o cavaleiro negro de Gotham e tantas outras coisas que em toda a sua história podemos defini-lo. O Batman é um ícone cultural, uma referência, uma inspiração para transformamos o que é de ruim em algo bom para nós e para o próximo.

    Rodolfo Chagas

    Uma das histórias mais marcantes do Batman, pra mim, não se tornou um grande clássico do personagem. É uma história curtinha, que sempre me vem na memória quando penso no Homem-Morcego e no seu grande arqui-inimigo, o Coringa. Ela está em Batman série 5, número 38, e se chama “Missão de Fé”. Nela, o Batman faz uma visita ao Príncipe Palhaço no Arkham para descobrir o paradeiro de uma garotinha, sequestrada por um vizinho de cela do vilão e presa dentro de um porta-malas de um carro, prestes a afundar na baía de Gotham.

    A história explora o jogo entre os personagens, e mostra como estão destinados a fazer seus respectivos papéis até o fim de suas vidas. Batman admite que nunca conseguirá deter o Coringa, por mais que tente. O Coringa sempre estará um passo á frente, com um novo plano. E o Coringa admite que, não importa o que faça, Batman nunca perderá a esperança. Além da rivalidade, há uma estranha parceria entre eles. A história, por ganhar um caráter de urgência, também nos faz olhar além das pessoas fantasiadas de Gotham e pensar nas pessoas que acabam tendo suas vidas alteradas pela influência dos seres sobre-humanos de Gotham. O último quadro da história tem um positivismo doído, e mostra Batman com a criança em seus braços, depois de passar por um exército de capangas, com uma frase do Coringa: “Depois dessa… Você não vai perder a esperança de novo, né?”

    Normalmente, quando pensamos no Batman, acabamos pensando naquela noite no Beco do Crime. Mas, muitas vezes, esquecemos que o Batman não é feito só daquela noite (o próprio Bruce esquece, inclusive). O Batman é a força de cada noite em que um homem se recusou a se corromper para que nenhum criança precisasse viver em um mundo sem os pais. “Missão de Fé” é uma história de esperança. Esperança do Batman. Esperança do Coringa. Esperança daquela garotinha. Esperança de nós, leitores, que também queremos acreditar.

    Rodolfo Monteiro

    Era 1992… Eu olhava a capa daquele VHS e ficava fascinado… um homem morcego, uma figura estranha e uma mulher em couro preto estavam lá. Já tinha sido arrebatado com aquele primeiro filme com o príncipe palhaço do crime. E agora era a confirmação. Batman – O Retorno era tão esperado na locadora que tinha fila de espera pra pegar a fita. E tinha chegado minha vez… eu levei a fita pra casa e aquele foi o começo de um fim de semana muito empolgante, que mesmo muitos anos depois não sai da minha cabeça. Foram pelo menos quatro assistidas que gravaram o filme na minha mente. E então veio o desenho. Batman The Animated Series é minha paixão até hoje, onde estiver passando eu paro tudo e vejo. O próximo passo eram os gibis, que me levaram a conhecer e amar o Universo DC. E esse amor perdura até hoje. Não há palavras suficientes que expressem o que sentimos, mas tenho certeza que cada um de nós já olhou pro céu noturno procurando um bat-sinal.

    Shelton Silva

    Os quadrinhos são parte importante da minha personalidade. E essa é a história de como virei parsa do Batman. Eu tinha por volta de 16 anos, na época fazia curso de eletricista no SENAI. Como a maioria dos nerds de carteirinha nasci com poucas habilidades sociais. Sempre fui muito tímido, na adolescência a parada era grave. Então passei quatro anos no curso quase sem amigos. A hora do intervalo era sempre crítica. O pessoal se reunia nas panelinhas habituais enquanto eu meio que tentava se esconder já que não conseguia me encaixar.

    Foi ai que descobri a biblioteca e pra minha surpresa lá tinham gibis. Então os intervalos passaram a ser uma das melhores partes do dia. Quando eu me reunia com a minha panelinha, formada pelo Batman e os Vigilantes de Gotham. Sim aqueles formatinhos da Abril passaram a ser minha companhia. Na época li a fase que foi de Contágio até Terra de Ninguém, e fiquei um bom tempo sem saber como acabava, quando a revista mudou de formato eles pararam de comprar, somente anos depois consegui concluir a leitura quando peguei emprestado de um amigo.

    Hoje minhas habilidades sociais melhoraram bastante (minha esposa que o diga) e os quadrinhos foram parte importante disso, alguns dos meus melhores amigos conheci por conta deles. O Batman é o vigilante incansável, sempre em alerta e pronto para ajudar. Naquele período me ajudou a não me sentir tão sozinho. Então se hoje estou rodeado de pessoas incríveis gosto de pensar que foi porquê quando precisei meu parsa estava lá.

    Willyan Bertotto

    É difícil falar sobre o Batman. Mas acredito que nesse dia especial é importante ressaltar a sua maior qualidade, que por ventura, pode ser considerada também sua maior fraqueza: Ele é humano. E por ser um humano vivendo em um mundo corruptível, repleto de pesadelos e de sujeira, o Homem Morcego é muito mais que um vigilante mascarado que luta contra criminosos. Ele luta contra o medo. Todos os dias aqui no mundo real, convivemos com o medo. Não apenas o medo da violência, mas sim medos comuns e do cotidiano: não se sair bem em uma prova, não conseguir bons resultados no trabalho, não ser aceito em um grupo de pessoas, medo de perder, medo de errar…A vida é repleta de medos e nós precisamos ter a capacidade de transforma-los em motivação, para vencer, acreditar e conquistar nossos sonhos. O Batman é a personificação desse combate. Da perda (Martha e Thomas), da superação e da luta. Que esse dia seja um símbolo para todos os fãs da cultura pop acreditarem em si e na sua capacidade de superar seus medos para transformar o mundo em um lugar melhor.

    Vida longa ao Batman!

    Willyan Bertotto
    Willyan Bertotto
    Publicitário. Diretor de Arte, Designer e Batmaníaco. Fã incondicional da DC Comics e pesquisador assíduo desse universo e todas as suas possibilidades de transformação.

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