Conheça a nova origem do Reino de Atlântida apresentado em Justiça Jovem: Espectros

O universo estabelecido por Justiça Jovem em suas, agora, quatro temporadas é bastante rico e vasto. O próprio mundo ganha um status de personagem, sofrendo mudanças e interpretações. Pegando conceitos bases dos gibis, e os moldando para torná-los algo único, sem nunca descaracterizar o material fonte.

Nessa quarta temporada, intitulada Justiça Jovem: Espectros, a produção dividiu a trama em pequenos arcos protagonizado pelos heróis apresentados na primeira temporada. Cada um explorando diferentes vertentes desse universo, como Miss Marvel mostrando a sociedade marciana e Ártemis as diretrizes hierárquicas da Liga das Sombras. Atualmente, quem está a frente da série é a heroína Zatanna, que é mostrada como sendo a mentora de três jovens feiticeiros: Traci Thurston, Khalid Nassour e Mary Bromfield.

Durante o arco, é explorado o conceito dos Lordes da Ordem e do Caos, encarnações de conceitos abstratos que regem o equilíbrio do universo, sendo personificados na Terra pelos personagens Klarion e Senhor Destino. Na trama, insatisfeitos com o trabalho de Klarion, os Lordes do Caos enviam uma nova representante para substituir seu antecessor, a auto intitulada Criança.

A formação de Atlântida

Contudo, uma das grandes surpresas do arco é mostrada através de flashbacks, onde é revelado as ligações diretas entre Vandal Savage, o déspota imortal, com a criação e queda do Reino de Atlântida.

Na série, Vandal era um simples Homo sapiens até ser irradiado com a energia de um meteoro desconhecido, que o mesmo chama de “Fogo do Céu”, ganhando assim sua imortalidade, intelecto aguçado e fator de cura sobre-humano, liderando uma investida que levou a extinção do Homem de Neandertal.

Cerca de 40.000 anos após seu contato com o misterioso meteorito, o agora intitulado Vandar Adg, estabeleceu uma vila pelos seus muitos filhos e descendentes, que tinham aptidão para habilidades sobre-humanas. Esse pequeno assentamento veio a ser conhecido como Atlântida.

Com o passar dos anos, Vandar partiu para diversas incursões com a intenção de conquistar novos territórios. Porém, ao retornar à aldeia, tudo que encontrou foi ruínas e uma pilha de corpos. Uma façanha orquestrada por Klarion. Após tentar entrar em conflito com a entidade, e permanecer 300 dias e noites sendo morto por 300 formas diferentes, o imortal conseguiu chamar a atenção do Senhor do Caos, firmando um acordo onde a entidade prometeu deixar o povo de Vandar em paz por cerca mil anos, se encontrando naquele mesmo lugar.

Em cerca de cem anos, Vandar repovoou Atlântida, a tornando uma cidade grandiosa e fortificada, a deixando sobre os cuidados de seu último neto, Arion, e partindo por mais outras de suas incursões. Duzentos anos depois, agora sobre a alcunha de Varl’jat, o imortal retorna a cidade, encontrando-a agora como uma próspera cidade-estado, governada por seu neto, que revela também ser um imortal.

Arion foi escolhido pelos próprios Senhores da Ordem como seu representante na Terra e lhe concedendo uma coroa infundida de magia. Sendo um governante amado pelo seu povo, Arion implementou seu reino com feitiçaria tecnológica, graças a sua conexão com magia e uma nova linhagem sanguínea de seres com aptidão a magia e feitiçaria iniciada por ele na terra, os Homo Magi.

Com a ajuda se seu avô, Arion forjou a civilização mais poderosa existente na Terra. Porém, nada daquilo era o bastante para as ambições de Varl’jat, que planejava usar o poder da coroa de Arion para afundar a capital atlante, na esperança de que o trauma ativasse os meta genes adormecidos nos Homo Magis, os fazendo se adaptar ao novo ambiente e assim dominando os mares, algo veementemente rejeitado pelo seu neto. Só lhe restando esperar o retorno da entidade do Caos para pôr seus planos em pratica.

Mil anos depois de seu primeiro encontro, Klarion retorna a Atlântida e firma um pacto com Varl’jat, concordando em afundar Atlântida. Porém, a sede de sangue do Senhor do Caos era maior do que o imortal imaginava, resultando a queda de todo o continente atlante, causando a morte de milhões de seus descendentes, incluindo Arion.

Contudo, como previsto por Varl’jat, a tragédia ativou os meta genes adormecidos dos Homo Magis, que evoluíram até se tornarem seres anfíbios, e assim dominando os setes mares.

Pós-Atlântida e criação do Senhor Destino

Por volta do segundo milênio antes de cristo, Vandal se estabeleceu na Babilônia como o herói semideus Marduk, possuindo dois filhos, Nabu e Ishtar. Juntos, os três uniram forças para lutar contra o alienígena Starro, trazido por Klarion, que havia escravizado o povo babilônico. No final da batalha, Ishtar e Marduk derrotaram a criatura e jogaram seus restos no mar Ártico, porém, Nabu acabou morrendo durante o conflito, tendo seu espirito escolhido pelos Lordes da Ordem para ser o avatar definitivo da Ordem na terra.

Com isso, Marduk e sua filha Ishtar ficaram conhecidos como “A Luz“, por liderar seu povo durante os momentos mais sombrios.

Marduk foi visto na Babilônia pela última vez após o confronto contra o alienígena Tiamat, que tinha como objetivo encerrar o conflito entre o caos e a ordem, destruindo o mundo. Com a ajuda dos deuses da Mesopotâmia, o dito “herói”, empunhando o poder dos raios e da chuva, e do artefato Placa do Destino, derrotou e aprisionou a criatura, dando supostamente a vida no processo.