Há 10 anos atrás, a série Arkham ganhava vida e todos os fãs do morcegão conseguiriam experimentar a ideia de ser o Batman. Anos depois a série de jogos lançados pela Rocksteady, continua relevante. Com bastante ousadia, dedicação e qualidade, a série Arkham mostrou como se pode inovar nas histórias do Homem-Morcego e ainda assim, ter bastante personalidade. Como os jogos da Warner poderia servir de inspiração para o futuro longa dirigido por Matt Reeves?
Ousadia
Batman é um personagem universal que transcende diversas mídias. Nos videogames, não é exatamente novidade um jogo do personagem. O primeiro game foi lançado em 1986 e muitos outros foram produzidos desde então. A Rocksteady queria fazer algo novo e para isso, convidou Paul Dini, apenas o cara por trás da animação clássica dos anos 90. Paul concebeu um roteiro original, que mesmo tendo como base as ideias principais da HQ Asilo Arkham de Grant Morrison, ousou em explorar novas ideias. Um exemplo claro disso foi transformar o Batmóvel em tanque de guerra completo que destrói inimigos enquanto faz drift. (sdds NFS Underground). Usar ótimas referências sem a necessidade de recriar exatamente igual, foi o que Nolan fez na trilogia Cavaleiro das Trevas e já sabemos o resultado.
Liberdade
Para se criar algo único, é mais do que necessário dar liberdade aos criadores. Na série Arkham, a Warner Bros. deu liberdade e poder para os desenvolvedores investirem pesado na criação dos games, incluindo nomes consagrados como Paul Dini e Mark Hammill. Em The Batman, a liberdade pode ser decisiva para criar uma nova história, sem medo de ir além (beijos Coringa).
Personagens fortes
O Batman é o herói com os melhores vilões já criados. Isso pode ser uma armadilha para roteiristas ruins, o que não foi o caso em Batman Arkham. Arlequina, Pinguim, Charada, Duas Caras, Bane, Ra’s Al Ghul, Victor Zsasz, Hera Venenosa, Vagalume, Mr. Freeze (ufa!) e muitos outros foram introduzidos de forma simples a série, provando que nem sempre é preciso explorar as origens do vilão ou como vários vilões podem habitar a mesma cidade. Gotham City deve ser ótimo no verão.
Bom Roteiro
O Batman sempre foi um destaque por ter várias histórias muito bem escritas nos quadrinhos. A Rocksteady soube usar muito bem isso e nos deu um mundo complexo, cheio de reviravoltas. Tudo bem pensado e fugindo de soluções fáceis. Se tudo isso foi possível nos games, imagina nos cinemas.
Aspectos Técnicos
O cuidado que a Warner tratou os jogos do Batman é visível nos detalhes técnicos. Fotografia, Música, Design de personagens, tudo foi muito bem feito para nos dar a imersão necessária. Ter Michael Giacchino na trilha sonora para The Batman, já é um indicio que a parte técnica será muito bem cuidada.
Coreografia das lutas
Sempre soubemos que o Batman é um ninja mortal que quebraria o Chuck Norris usando O PREPARO(™) enquanto põe o Damian de castigo e toma uma limonada feita pelo Alfred. Felizmente a Rocksteady tornou tudo isso possível e lutar com o Batman é como uma dança da morte, onde se ouve ossos quebrando e gritos de dor. Snyder já tinha percebido isso, agora é a sua vez Sr. Reeves.
Agora, só nos resta esperar que Matt Reeves e toda a sua produção, tenham jogado Batman Arkham ou ao menos, tenha visto uns vídeos no youtube, porque ninguém é de aço, ou não.
O novo filme solo do Homem-Morcego tem previsão de estreia para junho de 2021. Confira aqui os nomes já confirmados no elenco.