A série Patrulha do Destino, que apresenta uma equipe de heróis desajustados chegou ao fim da sua primeira temporada com 15 episódios e nós, fãs, só temos a agradecer por cada momento desta produção fantástica. Estamos diante de uma das melhores séries já desenvolvidas pela DC Entertainment. Personagens repletos de problemas e “fora dos padrões” carregam essa primeira temporada de forma cativante e com uma forte pitada nonsense em todos os episódios.
Todos esses personagens possuem algo em comum: Estão em busca da sua identidade. Qual o real sentido de estarem naquele mundo e condição e como suas vidas mudaram após ganharem sua forma meta-humana de existência. Durante a série, vários momentos são resgatados. Esses flashbacks sobre o passado são cruciais para compreendermos a confusão mental que assola os membros da Patrulha. A narrativa central gira em torno da procura pelo Chefe, Niles Caulder, que foi raptado pelo vilão Sr. Ninguém.
O líder da Patrulha do Destino, o Chefe, possui um nebuloso passado que pouco a pouco vai sendo desvendado. Além disso, Sr. Ninguém é um vilão que possui uma forte ligação com Niles. Entre os personagens da equipe, o destaque fica por conta da atriz Diane Guerrero, a Crazy Jane, que consegue não apenas interpretar uma personagem, mas sim 64 versões de diferentes de personalidades que habitam o seu inconsciente.
As relações entre o Homem-Robô e Jane são como pai e filha, aproximando-se da vida antiga do gigante de lata. Ao perder o contato com sua própria filha, Cliff Steele vê em Jane uma oportunidade de aplicar toda sua carga emocional paterna perdida após o seu trágico acidente de carro.
Outro ponto interessante é a diversidade representada pelo piloto Larry Trainor, o Homem-Negativo, que durante a temporada lida com uma antiga paixão que foi seu companheiro na época em que era somente um Capitão da aeronáutica. Depois do acidente, além de uma situação amorosa mal resolvida, ele também busca sobreviver em um só corpo com a presença do espírito negativo dentro de si.
Afirmo que o Ciborgue talvez seja o elo fraco da primeira temporada da série, mas nada que comprometa o enredo ou até mesmo a proposta do seu personagem, que possui uma trama em torno da relação com o seu pai Silas Stone. Talvez futuramente exista a possibilidade do Ciborgue realizar alguma aparição na série Titãs, visto que o personagem já participou da equipe em outras ocasiões.
A Mulher–Elástica interpretada pela atriz April Bowlby, ficou no quase. A personagem está na fase inicial de descoberta dos seus poderes e capacidades, então, em nenhum momento ela consegue canalizar toda sua energia e virar uma mulher gigante do tamanho de um arranha-céu, conforme suas aparições nos quadrinhos. Mas ainda sim, a proposta de desenvolvimento dela, deixando de lado sua vida de atriz como Rita Farr e se descobrindo como meta-humana é retratada de forma inteligente na série.
Patrulha do Destino é uma série que chegou para conquistar a todos. O DC Universe chegou com tudo. Atuações impecáveis, personagens e enredo bem desenvolvidos, fotografia e trilha sonora admiráveis e muito (mas MUITOOO) nonsense nas telas, Patrulha do Destino é a série do momento!
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