Superman (anteriormente intitulado Superman: Legacy) é o primeiro filme oficial do novo universo DC e muita coisa pode mudar nesse universo cinematográfico compartilhado…
Escrito e dirigido por James Gunn, o longa trará David Corenswet no papel do Homem de Aço, acompanhado de Rachel Brosnahan como Lois Lane. A proposta é resgatar a essência idealista do personagem, sem ignorar a complexidade do mundo atual. Gunn afirmou em entrevistas que sua visão de Clark Kent é a de um herói que acredita nas pessoas, mesmo em tempos cínicos — algo raro no cinema atual de super-heróis. O tom promete mesclar esperança, ação e humor inteligente, com uma pegada mais emocional que épica.
Conexões e fundações do novo universo DC
Este novo Superman não é um reboot isolado, mas a fundação de todo um novo universo compartilhado. Personagens como Guy Gardner (Nathan Fillion), Hawkgirl (Isabela Merced) e Mister Terrific (Edi Gathegi) já estão confirmados no filme, o que indica que a DC pretende construir sua mitologia desde o início. Ao contrário da abordagem apressada de Liga da Justiça (2017), a estratégia agora é apresentar heróis gradualmente, com base em suas características individuais antes de grandes encontros. A aposta é que Superman funcione como o “Homem de Ferro” da DC — não no estilo, mas no impacto.
Enquanto Superman representa o lado clássico e inspirador do novo DCU, Peacemaker 2 mantém o DNA anárquico que James Gunn imprimiu na primeira temporada. Após os eventos de The Suicide Squad e da série de 2022, Christopher Smith retorna para mais missões absurdas, diálogos ácidos e críticas sociais disfarçadas de piadas. A nova temporada deve estrear logo após o lançamento de Superman, e Gunn já confirmou que ela será totalmente integrada ao novo universo — ou seja, o que acontecer ali vale para os próximos filmes e séries. Isso reforça a ideia de um DCU coeso, mas variado em tons.
Dois tons, um universo unificado
O contraste entre os dois projetos — o idealismo de Superman e o sarcasmo violento de Peacemaker — é o que torna essa nova fase da DC tão promissora. Gunn e Safran querem mostrar que um universo compartilhado não precisa ser homogêneo. Pode haver espaço tanto para a esperança luminosa de Metrópolis quanto para o caos niilista de personagens como Vigilante ou Amanda Waller. O importante é que tudo esteja conectado de forma orgânica e criativa. E, segundo o próprio Gunn, Peacemaker 2 trará consequências narrativas importantes para o DCU, apesar do tom debochado.
Com Superman e Peacemaker 2, o DC Studios dá os primeiros passos firmes em direção a um universo coeso, narrativamente forte e estilisticamente variado. James Gunn traz sua experiência com personagens “quebrados” e excluídos, enquanto homenageia as raízes heroicas que sempre definiram a DC. A promessa é de um equilíbrio entre tradição e inovação — algo que pode finalmente tirar o estúdio da sombra do MCU e colocá-lo em um caminho próprio. Se tudo correr como planejado, 2025 será lembrado como o verdadeiro recomeço da DC nos cinemas e nas telas.