Foi em 1938 que o Superman apareceu na capa da Action Comics #1 e mudou completamente a indústria de quadrinhos. Nos anos seguintes, cada editora procurava emplacar uma resposta ao sucesso do Homem de Aço – algumas puro plágio, outras mais criativas e com personalidade própria. A visão dos super-heróis foi moldada completamente pelo kryptoniano, e criou o imaginário e a cartilha dos nossos heróis. É quase impossível não associar um herói ao voo, por exemplo – mesmo que as primeiras versões do Superman não voassem, mas sim pulavam mais alto que um prédio. E, enquanto todos miravam pra cima, alguns decidiram olhar para o lado oposto. Para baixo.
A Timely Comics, atual Marvel, lançava em 1939 seu primeiro herói (ou vilão, depende de seu ponto de vista), o homem submarino Namor. E em 1941, na edição 73 de More Fun Comics, os artistas Paul Norris e Mort Weisinger apresentavam ao mundo o Aquaman. Um herói das profundezas, protetor dos mundos aquático e terrestre, que trazia novos elementos e tinha um universo muito próprio, nunca visto antes nos quadrinhos. E o Aquaman chegou em um momento de transição muito específico na More Fun Comics: a revista deixava de ser uma revista de humor para focar em histórias de super-herói. Aos poucos, conquistando o público e sendo publicado como complemento nas revistas do Superboy e em títulos como Adventure Comics, Detective Comics e The Brave and the Bold, Aquaman foi construindo sua lenda. Se tornou, inclusive, membro fundador da Liga da Justiça. Só depois de 20 anos o Rei de Atlântida conseguiu aparecer em uma capa de hq e, logo depois, em um título próprio pra chamar de seu.
E, em 2018, mais de 7 décadas depois de seu debut, Aquaman chega aos cinemas – e com alguns espelhamentos de sua história de publicação. Aquaman também traz ao público do gênero de super-herói algo novo: o mundo aquático. Está ganhando seu merecido holofote nos cinemas, depois de anos, e logo depois de fundar a Liga da Justiça. Também é um importante momento de transição. Dessa vez, do DCEU. O longa é parte importante da reformulação dos projetos da Warner/DC. Também há outra transição importante, desta vez para o personagem. Aquaman precisa deixar de ser uma piada (eternizada pela breguice e descompromisso da animação dos Superamigos e anos e anos de estereotipação) para ser um super-herói.
Cinematograficamente, Aquaman possui aspectos que poderiam ser melhorados ou tratados de forma mais refinada. Apesar de mostrar certa irregularidade (ainda que muito menos aparente) comum aos longos do DCEU, Aquaman transpõe estes erros graças ao seu carisma, espírito e coragem de se assumir como um fruto das histórias em quadrinhos. Se o tom realista da era Nolan transposto para os filmes do DCEU não agradaram boa parte do público atual do gênero, aqui em Aquaman a DC aproveita para entrar de vez na essência das histórias em quadrinhos e em suas cores, extravagâncias e absurdos – de forma que nem a atual DC e Marvel fizeram em suas fases modernas no cinema. De fato, ao pensarmos Aquaman como adaptação de um universo ficcional das histórias em quadrinhos, o longa está em pé de igualdade com o Superman de Donner e Reeve. Em energia, entrega e abordagem fantástica podemos dizer que Aquaman funciona exatamente como uma resposta (ainda que não-intencional) ao primeiro longa do Homem de Aço, assim como seu nascimento na More Fun Comics.
Quando analisamos a construção do roteiro de Aquaman podemos compreender seu sucesso como adaptação. A história é escrita primordialmente por James Wan, que vem trabalhando no desenvolvimento do personagem e de seu filme solo desde Liga da Justiça, e Geoff Johns, um dos maiores nomes da DC Comics e responsável por alguns dos runs mais memoráveis dos últimos anos na editora. Johns tem como um de seus potenciais trabalhar com personagens menos populares do grande público e reformular suas histórias, tirando sua essência e potencializando-a para atrair novos leitores e modernizar sua mensagem. Foi assim com Lanterna Verde, Shazam e também com Aquaman. O run de Johns em Os Novos 52 colocou o personagem novamente na mira dos fãs da DC, e certamente é um dos melhores em termos de técnica, desenvolvimento, arte e leitura deste momento tão amado e odiado que é Os Novos 52. Johns tem a receita pra legitimar o Aquaman e torná-lo respeitável, alguém digno do título de rei e herói. Johns ainda tem ganhado experiência no campo do audiovisual, decorrência de sua própria história nos projetos dentro da DC e que o levaram a abrir sua própria produtora.
Temos aqui um time bem afinado e interessado em contar a história de Arthur Curry com paixão e comprometimento. E o melhor: preparados para quebrar o imaginário de “heroi inútil” formado ao longo dos anos. Só isso não seria o suficiente para fazer de Aquaman uma história interessante de ser contada, por isso temos o mérito dos roteiristas Will Beall (Dia de Treinamento, Caça aos Gângsteres) e David Leslie Johnson-McGoldrick (Invocação do Mal 2, A Orfã) que optaram por uma escolha simples e muito potente. A estrutura de Aquaman é puramente contada em cima da Jornada do Herói, contada didaticamente por Joseph Campbell em O Herói de Mil Faces e presente na construção dos mitos e lendas da história humana. A Jornada do Herói é algo não apenas racional, mas intrínseco no consciente humano. Muitas obras usam a Jornada do Herói como base, mas poucas a usam assumidamente como Aquaman. Isto traz ao longa um aspecto de mito, de simbólico, e conecta-o ao espectador. Por passar assumidamente pelas etapas necessárias para a criação do herói, Aquaman é também assumidamente previsível. Sabemos o que é necessário que Arthur Curry realize para chegar ao fim de sua jornada, sabemos o que virá a seguir, e isso não estraga a experiência. Potencializa-a. E um diretor como James Wan, que sabe como gerenciar a construção do suspense, da tensão e da atmosfera, consegue potencializar este “vaticínio” do espectador para criar uma imersão emocional e quase sinestésica. Portanto, predizer o que acontecerá em Aquaman é parte de seu roteiro. A história é revelada toda ao espectador, sem pudores. O importante aqui é a elevação de Aquaman como uma figura puramente heróica e arquetípica, a construção de um homem e de sua transição em mito, em uma figura humana errante – em constante aprendizado e evolução – mas com trajetória messiânica.
Apesar de ser assumidamente heróico, o longa conta com a genialidade de James Wan – que não o desenvolve como um filme de super-herói. Ao mesmo tempo que assume a Jornada do Herói, Wan se recusa a tratar o longa como um blockbuster do gênero. Wan concebe e dirige Aquaman como um longa de fantasia e aventura. Isto não só traz um frescor ao espectador deste gênero, como também traz ao filme um tom épico. Isto potencializa a trajetória de Arthur, que consequentemente potencializa e engrandece o mundo ficcional criado.
Em Aquaman, James Wan é o grande herói. Apesar da escolha positiva do roteiro em adaptar de forma simples e visível a Jornada do Herói, o time de roteiristas peca em sua fragilidade e irregularidade. Mesmo assim, James Wan consegue dar suporte ao roteiro e suprir suas falhas, usando todo seu arsenal e experiência em movimentação de câmera e direção de atores para reger os diferentes movimentos da história. Visivelmente, Wan sente prazer e se diverte em Aquaman. Sua câmera consegue trazer urgência, dinamismo e vida para as cenas. É raro no gênero de super-herói ver movimentos tão bem orquestrados. Seus planos sequência e falsos planos sequência sugam o espectador para a ação. Em outros momentos, Wan coloca o começo de uma nova sequência de ação no final de outra, para em seguida realizar o corte. Isto traz fluidez e aumenta a percepção do espectador de que aquilo está acontecendo em tempo real, de uma única vez. Wan também aproveita a construção das cenas de ação submersas, que oferecem novas perspectivas na construção das batalhas.
A luta entre Arthur e Orm no Anel de Fogo é um bom exemplo. Além de aproveitar a dinâmica de uma luta na horizontal, as possibilidades de uma batalha na vertical, somados a fluidez da água e a influência do movimento nas diferentes condições físicas que o elemento oferece, também são estudados para oferecer alguém realmente novo e imprevisível para a audiência. Novas dimensões são estruturadas e muito bem utilizadas em Aquaman, que cria arenas de luta 360 graus, esféricas, onde a ação se desenrola. A guerra entre o exército de Orm e o povo da Salmoura, o clímax do longa, também nos oferece um múltiplo campo de batalha que, depois, é convertido novamente em uma batalha na vertical. Arthur volta a lutar em seu próprio território no final do filme, para derrotar Orm, mas os espectadores também acabam “voltando para casa” ao se verem em um ambiente com leis e lógica já conhecidos. Esta volta a normalidade constrói algo muito interessante, uma tensão do retorno. Ao passo que sabemos que Arthur está em um ambiente familiar a seu estilo de luta, nós, espectadores, já conhecemos outras possibilidades de terreno. Isto, somado ao fator emocional construído durante o longa, é o que nos deixa apreensivos pelo resultado da batalha – mesmo sabendo que a vitória de Arthur é inevitável para fechar o ciclo desta jornada.
O primor da direção também vale para os movimentos de câmera lenta, onde Wan os esgarça e apresenta ao público transformando as telas de cinema em quadros e páginas de gibis. Quase um eco da fase Snyder. Aliás, a alma de Snyder também se faz presente aqui. Além de produtor executivo do longa, Snyder e Wan mostram um belo entendimento na concepção. Enquanto que Snyder deixou elementos da história e personalidade de Arthur Curry em aberto a pedido de Wan, para que pudesse desenvolver no filme solo do herói, Wan acaba trabalhando Aquaman como uma continuação direta dos longas de Snyder. É uma presença sutil na essência do filme, que apesar de sua referência a Liga da Justiça na fala de Mera em seu encontro com Arthur, acaba por abandonar a visão e tom misto do filme esquizofrênico da equipe. Portanto, apesar de aceitar a cronologia e posicionar o espectador no DCEU, o filme se conecta em espírito e potência imagética com os longas que deram origem a este universo.
Sendo um diretor consagrado no gênero do terror, James Wan também não poderia deixar de utilizar as estruturas de seu trabalho no gênero também em Aquaman. É fácil notar como a construção da surpresa e de jump scares está presente em Aquaman, deixando o público de guarda baixa para a invasão da ação e da tensão.
Outro importante ponto a destacar em Aquaman é a construção de Atlântida e a transposição dos tons do universo do herói para a telona. A começar pelo visual, que procura verticalizar a busca da DC por cores mais fortes e vivas e abandonar o estilo sombrio e pesado dos longas anteriores. Aquaman não tem medo de trazer na identidade de Atlântida as referências a Era de Prata do herói, com visuais modernos que parecem ter sido desenhados por Ivan Reis e Joshua Middleton. E isso está presente também no design e arquitetura do mundo subaquático, nas grandes máquinas atlantes, figurinos e construções, que trazem inspirações gregas, romanas, futuristas, steampunk e na vida marinha. Além do visual, essa construção busca trazer em síntese tudo que foi feito para o herói durante as décadas. Neste caldeirão de estudos, que abordam fases como a de Peter David e as mais recentes em DC Rebirth e DC Universe, Aquaman também assume-se brega e absurdo. São características dos quadrinhos das décadas de 40, 50 e 60 que não tinham medo de ser experimentais para descobrir novos caminhos que agradassem os leitores. Hoje, até mesmo pela consolidação de uma base de fãs mais conservadores sobre o status quo dos personagens, esses devaneios criativos não são tão possíveis. Devido a essa “maxiconglomeracão” de referências, ao assistir Aquaman é possível que o espectador identifique “seu próprio Aquaman”, que certamente conheceu em alguma mídia.
Mesmo os que não conhecem o personagem a fundo saírão contemplados, pois aqui as referências não são tratadas como fanservice, mas como o caminho do estudo para criar algo puramente genuíno. Um bom exemplo é quando durante a batalha no Anel de Fogo vemos Topo, um dos Super Pets mais famosos da DC e um notório sidekick do Aquaman. Mesmo aqueles que não tenham este conhecimento específico entenderão aquilo como parte da construção do universo, como linguagem – e que ainda traz certa metalinguagem por comentar a má fama do extravagante mundo aquático do personagem, repleto de criaturas marinhas cheias de talentos e utilidades. Não é necessário nenhum diálogo, nem muitos segundos de tela. É algo que aparece e rapidamente sai de cena, e que acaba se tornando apenas um detalhe a mais que tornará mais prazeroso ao espectador o reassistir da obra. O mesmo vale para o telão que aparece em seguida, que apresenta Arthur e Orm e seus títulos para os atlantes. Também não se perde tempo explicando qual tecnologia é esta presente no fundo do mar e que permite aos atlantes projetarem, pois pouco importa também para a narrativa. São detalhes que são deixados para enriquecer o longa, e que evitam responder logicamente ou cientificamente o fantástico mundo de Atlântida. O mesmo vale para as várias tecnologias, embarcações e costumes da cidade submersa. Não explicar todo o fantástico possibilita que ele continue sendo desconhecido e, portanto, fantástico.
A mesma sutileza, infelizmente, não está presente em boa parte do roteiro de Aquaman. O filme ainda se estrutura – principalmente seu primeiro ato – em diálogos expositivos, que narram os acontecimentos sem necessidade para o espectador. Quando o longa também precisa apressar seu ritmo e realizar os movimentos necessários na história, também acaba caindo neste caminho cômodo. Na pressa, acaba por entregar informações na primeira camada. Atores como Nicole Kidmann, Willem Dafoe e Patrick Wilsom possuem experiência e envergadura dramática para entregarem o necessário para a trama e desenvolverem a trajetória de seus personagens. Já Amber Heard e Yahia Abdul-Mateen II acabam ficando mais expostos, principalmente pelo maior tempo de tela destinados a eles. O resultado de ambos, quando não auxiliados pelo roteiro, é frágil. Enquanto Yahia é obrigado a virar-se com diálogos redundantes (promessas de vingança e fúria) e fazer carões (uma muleta do DCEU e que aparece em exagero nos longas), Amber Heard precisa desenvolver uma personagem que, no roteiro, tem uma trajetória irregular. Mera possui diversos movimentos diferentes e subtextos, que acabam por não serem aprofundados com paciência e que acabam por não serem plenamente interpretados pela atriz. O roteiro até constrói bem a personagem e a preenche com propósitos. Mera é uma personagem feminina forte, que sai do lugar de sidekick e par romântico para ter um peso de igual medida com o herói protagonista. Porém, quando o roteiro se rende para convenções desnecessárias do romance entre os protagonistas, o resultado é forçado, antinatural e aquém do que começou a ser indicado ainda no primeiro ato. Seria muito melhor apostar em caminhos diferentes, estabelecendo o romance do casal de forma mais refinada no roteiro, menos padrão, para que a irregularidade da personagem (em especial, no segundo ato) não compromete-se a proposta. Falta a tal sutileza.
Essa já falada sutileza pode ser vista em outros personagens. Até mesmo no Rei Atlan, quase inexistente na narrativa. Se acompanharmos a trajetória do Rei Atlan, com base nos flashbacks, memórias e a visita ao seu túmulo, poderemos montar sua própria jornada, sua própria personalidade. Sua ascensão e queda, assim como seu sacrifício e redenção estão no filme, concretizados com a passagem de poder a Arthur e a coroação do novo rei. Aqueles que desejarem se debruçar sobre este personagem poderão estudá-lo, sem problema algum. O mesmo vale para os personagens de apoio, todos muito bem aproveitados e com jornadas e discussões próprias. Em especial, Orm e Arraia Negra, que se propõe a serem vilões com mais substância do que o habitual visto no gênero de super-herói. Suas motivações e complexidade emocional permitem que possamos entender o humano, de forma não-maniqueísta – sem ser condescendente, mas sem um fácil julgamento.
E assim chegamos ao centro de nossa história, nosso herói, o Aquaman. É interessante notar como a personalidade do personagem possui movimentos que relembram o mar. Durante sua trajetória, Arthur é tempestuoso, bruto e possui seu próprio senso de justiça. Uma força rebelde. Com sua evolução, Arthur encontra magnitude e plenitude, ao passo que compreende seu lugar mo mundo. Aprendendo com os erros de sua impulsividade, que levam a criação do Arraia Negra, Arthur acaba por entender a importância da piedade e dos efeitos de suas ações – que agora são ainda maiores, pois é um rei e um herói mítico. Arthur também recebe um olhar sensível do roteiro, James Wan e Jason Momoa, que conseguem entregar novas camadas de emoções para Arthur – não apenas o bruto catchphrase guy que vimos em Liga da Justiça.
Jason Momoa não possui grande liberdade em sua carreira, até mesmo pelo seu perfil que acaba o encaminhando para personagens com as mesmas características. Aqui, o ator encontra um grande parceiro de trabalho em Wan. A direção de Wan leva Momoa para novos lugares, e extrai do ator o que é necessário para nos conectar emocionalmente com o personagem. No Mar Oculto, enquanto conversa com Atlanna, Jason Momoa sintetiza a humanidade do personagem construída ao longo do filme com um sincero e dolorido “sim”. Este momento é o fechamento de um ciclo perfeito para o personagem. É Arthur Curry, humano e atlante, nos entregando todo seu medo e insegurança, como o garoto que conhecemos no aquário e o jovem treinando com Vulko na beira da praia. É este momento que potencializa o momento seguinte, onde Arthur se torna o Aquaman, retornando com o tridente mítico e com seu uniforme, retratado no longa também como um elemento mítico de elevação. Assim como Parzival recupera o lendário Graal, assim como o Arthur das lendas retira a espada da pedra, Aquaman completa sua transição. Herói. Falando com peixes, cavalgando orcas e de roupa laranja e verde.
Enfim…
Aquaman é um grande passo de transição para o DCEU. Apesar de suas falhas em termos cinematográficos, o longa do herói que fala com peixes cumpre seus objetivos. Além de legitimar o Aquaman, o filme captura de forma certeira a essência, energia e espírito das histórias em quadrinhos – de forma que nenhum filme da atual fase da DC e Marvel conseguiu. Ao se assumir como história em quadrinhos, junto com sua breguice, descompromisso, extravagância e convenções, Aquaman se prova audacioso, divertido e belo.
Com uma direção entregue e motivada de James Wan e Jason Momoa em um de seus melhores momentos, a ambientação e CGI impecáveis e premeditadamente artificial em certas ocasiões colabora para que o filme seja tratado mais como um filme de fantasia do que como um filme do gênero de super-heróis. Aquaman é um filme divertido, um blockbuster com propostas técnicas e desenvolvimento de personagens acima do normal, mas acerta em cheio mesmo quem é fã de quadrinhos e do universo dos super-seres. Depois de quase 8 décadas, ver o Rei de Atlântida nos cinemas é a prova de que estamos na nova Era de Ouro dos heróis – e, desta vez, o Aquaman prova que pode ser um dos grandes protagonistas e que o fundo do mar continua sendo um sopro de inovação. Viva o Rei de Atlântida!
Nota da equipe Terraverso: