Batman do Futuro | Filme estrelado por Clint Eastwood chegou perto de acontecer

    Batman do Futuro chegou às TV’s há mais de duas décadas, e mesmo com a desconfiança inicial, conquistou uma legião de fãs. Muito por conta da mão de Bruce Timm, Paul Dini, Alan Burnett e seu universo compartilhado de animações (DCAU), mas também por conta de todos os inovadores conceitos criados para a série.

    As aventuras de Terry McGinnis como Batman do Futuro, guiado por um velho Bruce Wayne, renderam três temporadas da animação, um longa – Batman do Futuro – O Retorno do Coringa, um jogo de Playstation 1 e diversas HQs. Porém, os fãs sempre se perguntaram se um dia veríamos essa versão nas telonas. E isso quase aconteceu.

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    Batman Beyond – Return of the Joker, no PS1

    Em agosto de 2000, a Warner Bros. confirmou o planejamento de um filme live action do Batman do Futuro, com o iniciante Boaz Yakin como diretor e co-roteirista, ao lado dos criadores do desenho, Alan Burnett e Paul Dini.

    Naquele momento, o estúdio ainda estava lidando com o fracasso de Batman & Robin, e assim procurando novas maneiras de revigorar o Cavaleiro das Trevas para os cinemas. Yakin, Burnett e Dini propuseram um filme mais sombrio, inspirado em Blade Runner, com o lendário ator Clint Eastwood (Trilogia dos Dólares, Gran Torino, Os Imperdoáveis) para o papel do idoso Bruce Wayne.

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    Clint durante o AFI Awards 2020

    Falando no podcast de Kevin Smith (Fatman on Batman) sobre sua experiência de trabalhar no quase-filme, Dini disse:

    “Era ambientado no futuro de Gotham, mas não tinha a visão fantástica e futurista. Era como uma espécie de amálgama. Havia um pouco de Cavaleiro das Trevas, um pouco de quadrinhos contemporâneos e havia Terry [McGinnis] e o traje e tudo mais. E o velho Bruce Wayne.”

    Enquanto a equipe trabalhava no roteiro do filme, Dini também trabalhou em um roteiro separado para a animação citada no segundo parágrafo – O Retorno do Coringa. No final das contas, a Warner Bros. decidiu seguir com o projeto do longa animado, e engavetou o live-action. Segundo informações, os executivos do estúdio não eram fãs da abordagem niilista e sombria que Yakin imaginava para a história, exigindo algo mais leve e mais familiar. Recusando-se a trabalhar dentro dos parâmetros do PG-13 (classificação etária padrão para filmes de heróis), Yakin abandonou o projeto e encerrou o desenvolvimento do mesmo.

    Terry na série animada

    No ano em que isso ocorreu, 2000, o mundo dos super-heróis no cinema ainda estava dando seus primeiros passos. X-Men estava iniciando sua jornada, enquanto as elogiadas trilogias do Batman de Christopher Nolan, e do Homem Aranha de Sam Raimi nem tinham dado às caras ainda. Portanto, é entendível a desconfiança do estúdio, pois o retorno que o suposto filme daria é muito discutível. Hoje, com a dominância dos filmes de heróis (maiorias bilheterias, mais indicações ao Oscar, etc), talvez o resultado fosse outro. Com a DC apostando em produções separadas após os resultados ruins de seu universo compartilhado nos cinemas, seria uma boa hora para Terry McGinnis dar as caras nos cinemas, né?

    Daniel Martins
    Daniel Martins
    Louco por explorar vários cantos da cultura pop, em especial filmes e HQs. Fissurado em Batman, Christopher Nolan, Zack Snyder e jogos 16 bits.

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