Liga da Justiça | Como HQ atual se conecta à Crise nas Infinitas Terras

    A saga Crise nas Infinitas Terras, de 1985, é amplamente considerada como um dos melhores eventos da DC Comics. Além de ter sido o primeiro grande evento da editora, a história épica de Marv Wolfman, George Pérez e Jerry Ordway literalmente reinventou o Universo DC, narrando o devoramento do multiverso pelo Anti-Monitor, e a saga de heróis e vilões de todas as dimensões que se uniram para parar a sua ameaça.

    Enquanto o Anti-Monitor e seu oposto, o Monitor, tiveram múltiplas aparições nas décadas seguintes, ambos permaneceram muito fiéis à forma como foram apresentados em suas primeiras histórias. No entanto, a edição Liga da Justiça Anual, de Scott Snyder e James Tynion IV, lançada no mês passado, reformula a história da dupla bruscamente – eles foram revelados como os “filhos” da nova vilã cósmica da DC, Perpetua.

    Enquanto a Liga da Justiça tenta selar a brecha no Muro da Fonte, Lex Luthor chega com Brainiac à fonte de poder que permitiu Perpetua criar o multiverso que existia antes do atual – a Totalidade. Eles impedem a Liga de cumprir sua missão, resultando na destruição do Muro da Fonte, logo após Perpetua ser libertada de sua prisão. Eles então a sequestram com a intenção de explorá-la para aprender todos os segredos do multiverso. Mas assim que Perpetua escapa, o narrador misterioso da história revela que ela não era apenas uma criadora – ela também é mãe do Monitor e do Anti-Monitor.

    Esta é uma grande revelação. Em Crise nas Infinitas Terras, a história da dupla foi completamente detalhada; o Monitor representa o multiverso de matéria positiva e o Anti-Monitor representa sua reflexão negativa (ou anti-matéria). Em suma, o Anti-Monitor queria destruir tudo, e o Monitor foi feito para impedir que o seu opositor consumisse toda a realidade, resultando em uma batalha que custou a vida de centenas de heróis, incluindo a Supergirl e o Flash.

    Em suma, eles estavam sempre destinados a parar um ao outro, embora a Crise Final tenha levado as coisas um pouco mais longe, revelando que a própria criação permitiu que energia positiva e bondade criassem o Monitor enquanto a energia negativa ou anti-matéria do mal daria origem ao Anti-Monitor.

    Aparentemente, Perpetua queria armar sua criação, e é por isso que o multiverso dela foi destruído em primeiro lugar. E enquanto os detalhes permanecem um mistério para a Liga e para a Legião do Mal (a equipe de vilões vem tendo grande destaque na fase atual da Liga), especula-se que quando o botão de “reset” foi atingido (fim do mundo de Perpetua, inicio do Universo DC), as partes boas e ruins da essência de Perpetua simplesmente se dividiram e se materializaram nesses dois filhos. Sua energia negativa pode ter vivido na Equação Anti-Vida (ou seja, sua vontade de eliminar ou controlar a realidade que a substituiu), o que provavelmente é o motivo pelo qual o Anti-Monitor foi levado à loucura, resultando em sua fome insaciável de destruir o multiverso. A vingança de sua mãe, depois de tudo, parece ter sido o motivador / catalisador do Anti-Monitor na Crise.

    Isso significaria que o Monitor poderia ter sido a força que interrompeu Perpetua durante seu reinado, aprisionou-a e possivelmente encerrou sua versão do multiverso. De qualquer maneira, esses dois Monitores não são apenas peões como pensamos inicialmente, ou entidades que foram aleatoriamente ligadas a níveis divinos. Com a Perpetua livre, podemos esperar que ela seja o plot central da passagem de Scott Snyder pela Liga. Por mais que ela esteja adormecida, Lex e sua Legião podem descobrir que além de criadora, ela também pode ser uma destruidora.

    Daniel Martins
    Daniel Martins
    Louco por explorar vários cantos da cultura pop, em especial filmes e HQs. Fissurado em Batman, Christopher Nolan, Zack Snyder e jogos 16 bits.

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